Satellite
  • Day 5

    Jeffreys Bay - Kitchen Windows

    December 30, 2018 in South Africa ⋅ ☀️ 24 °C

    Hoje é dia de seguir para Jeffreys Bay.
    Fizemos uma escala em Joanesburgo para apanhar o segundo avião, num aeroporto enorme, senti-me na Europa.

    Aterrámos em Port Elizabeth as 15h30.
    Apanhámos o carro alugado na Avis, onde nos convenceram a fazer um upgrade para o seguro premium, com direito a um dispositivo que funcionaria activamente em caso de acidente, ou seja, com um detector de impacto. Se houvesse um acidente seríamos automaticamente contactados. Adicionalmente, tínhamos um "panic button", seria só carregar 5 vezes no botão do on do telefone, para sermos socorridos, em caso de Carjacking, por exemplo.

    Bora lá pagar, nunca se sabe, dizem que este país é muito perigoso. Cape Town foi em 2017 considerada a cidade mais perigosa de África do Sul.
    Só não explicaram que tínhamos que ter dados móveis, por isso nada feito, se estivermos em perigo, temos que ligar o Bluetooth, a localização e os dados de roaming antes de carregar no panic button.

    Chegámos já ao final do dia a JBay, as estradas até lá, são largas, limpas, as casas à beira das estradas fazem me lembrar os Estados Unidos.

    Descemos do nosso alojamento até à praia, na zona de restaurantes, onde marcamos jantar para as 20h no Kitchen Windows.
    Este restaurante, tal como esta praia têm este nome, porque os surfistas tinham as cozinhas viradas para o mar, onde podiam controlar as ondas através de pequenas janelas.

    Afinal aqui é verão e calhamos nas férias dos Sul Africanos, está tudo cheio. Cheio de brancos, loiros, aliás todos os restaurantes estão cheios mas só com brancos, na rua só andam brancos.

    Continuamos a andar e na praia só estavam brancos também. Quando de repente passamos a zona dos restaurantes e das lojas, éramos os únicos brancos. O blacks jogavam a bola e fazia churrascos. Para mim foi um choque, ver esta divisão. É como se houvesse uma barreira invisível que todos respeitam.

    Depois do jantar, o empregado acompanhou nos parte do caminho, não sei se porque tinha vontade de falar ou se era para garantir que chegávamos bem.
    Falou-nos da revolta que tinha relativamente ao governo que como quase todos rouba muito e pouco faz pelo povo, não há hospitais públicos aceitáveis, os seguros de saúde estão acessíveis a muito pouca gente. A colega dele tinha, poucas semanas antes, passado 72horas no hospital com uma criança de 4 anos para resolver um problema qualquer de saúde.
    Read more