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  • Day 7

    Atitlán

    January 1, 2020 in Guatemala ⋅ ⛅ 23 °C

    Para dia 1 de Janeiro tinha apenas reservado um transfer privado para o lago Atitlan, um lago rodeado por vulcões e pequenas povoações muito típicas, com algumas tradições e dialectos específicos, herdados dos Maias.

    O nosso condutor, um guatemalteco de classe média e de olhos azuis era muito mais alto do que a maioria por ser descendente de alemães. Muitos fugiram durante a segunda guerra mundial e vieram parar aqui.

    A meio caminho fomos mandados parar pela polícia que pediu os documentos do carro e do condutor. Este em vez de dar a documentação, pediu ao polícia que se identificasse e que explicasse qual o motivo da operação, coisa que ele não respondeu, criando alguma tensão. O polícia perguntou também qual era a profissão do condutor que respondeu que trabalhava na construção civil e que nos éramos amigos. A tensão aumentou mais quando a polícia pediu a identificação de todos, mandou-nos sair do veículo e o nosso condutor continuava a pedir o nome completo e identificação do polícia. Cheguei a pensar que íamos ter que chamar um táxi para nos tirar dali ou que íamos ser todos interrogados, pelo que chamei a atenção de todos para não dizerem que ele era o nosso condutor.
    No final correu tudo bem e seguimos caminho, o polícia nunca chegou a identificar-se, mas pelos vistos só pode haver operações quando estão pelo menos 3 carros de polícia, que era o caso, para impedir corrupção ou carjacking.

    Chegámos ao lago por volta das duas da tarde e seguimos de barco para a aldeia de San Pedro. Pelos vistos, todos os dias por volta desta hora, existe um fenómeno no lago que provoca uma ondulação atípica, tornando a sua travessia menos agradável. Este fenómeno tem o nome de Xocomil e está relacionado com a diferença de pressões e temperatura. A minha irmã e o Miguel que por azar se sentaram nos pior lugares do barco passaram tão mal ao ponto do Miguel querer voltar de tuktuk pelas montanhas. Pelo meio ainda insultaram o motorista.

    Acabei por convencê-los a seguir viagem nos lugares mais confortáveis. Alguns passageiros, pediram o dinheiro de volta e seguiram por terra.

    Comemos qualquer coisa por San Pedro e seguimos para San Tiago, supostamente uma povoação mais típica com muito artesanato. Infelizmente tivemos muito pouco tempo para aproveitar estes lugares, tínhamos o último barco às cinco da tarde. O regresso foi muito mais tranquilo, à hora do pôr do sol, com o barco sobrelotado de pessoas que tinham passado o fim de ano num festival em San Tiago. Notava-se wur ainda estavam sob o efeito de substâncias alucinogenicas.

    No regresso para Antígua, apanhamos um trânsito louco devido às dezenas de carros que avariaram na subida interminável para sair de Panajachel. Encontrámos de tudo, até um ciclista morto no meio da estrada.
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