Verão 2020

August 2020
A 17-day adventure by Be Read more
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  • Day 2

    Quinta Valdalágea

    August 15, 2020 in Portugal ⋅ ⛅ 15 °C

    Estava mesmo a precisar de férias, andamos a trabalhar a partir de casa há mais de 5 meses, feitos loucos, com pouco tempo ou quase nenhum durante a semana. Com projetos e patrões que exigem, mesmo que seja inconsciente, que trabalhemos demasiadas horas. Estou tão cansada que apesar de me ter deitado relativamente cedo hoje acordei às 11h.

    Felizmente já estava na Serra da Estrela, na casa da minha mãe, só temos uma hora e pouco de caminho para chegar a Quinta da Valdalágea onde vamos ficar hospedados durante dois dias. Não tínhamos nada marcado para o dia de hoje.

    A entrada para a quinta implica uma subida íngreme de quase 1km, pelas vinhas para chegar a uma casa centenária com uma vista deslumbrante sobre o Douro e o rio Varosa. Já chegamos tarde, claro que almoçar num restaurante a estas horas é quase impossível. Para disfarçar o almoço, fizemos uma prova de vinhos da Quinta com a Anabela com a qual acabamos por ficar a conversa por mais de duas horas.
    Já passava das 16h, quando decidimos ir até ao Miradouro de São Leonardo da Galafura, seguindo a sugestão da Anabela, como sendo o miradore mais bonito do Douro. Nunca tinha vindo para esta zona mas vale muito a pena. Dali seguimos para outro miradouro, São Domingos.

    Já não tínhamos muito tempo antes de seguirmos para o restaurante o DOC de Rui Paula as 19h30. Um restaurante requintado sobre o rio com o reflexo do pôr do sol na água. Parece me muito cedo para jantar, mas na realidade não almoçámos, estávamos esganados. Devíamos ser os clientes mais mal vestidos do restaurante. As mulheres vinham todas montadas nos saltos, eles de camisas de marca, Porsche e Bentley à porta. Ainda bem que o restaurante encheu, se não quase que tínhamos que sussurrar para não incomodar os outros clientes.

    Ficou na memória o paladar da comida e principalmente da sobremesa de chocolate, café e avelã com a vista sobre o rio.
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  • Day 3

    Quinta da Pacheca

    August 16, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 21 °C

    Depois de um pequeno almoço na nossa quinta, seguimos para a Quinta da Pacheca. Uma quinta muito conhecida, pelos seus quartos de luxo em barricas no meio das vinhas. Só não ficamos lá porque estava esgotado, mas não me arrependo nada, há demasiada gente e é demasiado comercial.

    Fizemos uma visita agradável pela Quinta, mas a explicação é um pouco agressiva em termos de marketing sobre todo o processo: desde a vindima até ao pisar a uva, onde todos podem participar. Obviamente que a participação implica pagamento. No final, a prova de vinhos também deixou a desejar, os vinhos do dia anterior eram muito melhores. Também nos deram a provar uns vinhos do Porto mas não é a minha cena.
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  • Day 3

    Pinhão

    August 16, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 25 °C

    Almoçámos em Pinhão, com muita sorte de ter arranjado um restaurante porque está tudo cheio e com filas a porta. A tarde foi passada num rabelo a subir o rio Douro. Os rabelos são os barcos usados para transportar as pipas e vinho até ao Porto.

    Antes do jantar no Castas e Pastos ainda fomos fazer uns kms até ao miradouro de São Lourenço com vista sobre o que sobra da linha do Tua.
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  • Day 4

    Quinta do Vallado

    August 17, 2020 in Portugal ⋅ ☁️ 22 °C

    Tomámos o pequeno almoço, pagámos os vinhos que queríamos levar da Quinta da Valdalágea e seguimos para o Trilho Vinho do Porto.

    Um trilho de 8 km que começam na aldeia da Samodães. A primeira parte reserva-nos uma descida acentuada e escorregadia pelo meio das vinhas até ao rio. Segue-se então o troço mais fácil ao longo do rio, antes de começar a subir. Felizmente está um tempo chuvoso e não está muito calor, caso contrário não sei como teríamos feito, porque são vários kms de subidas a pique, por entre as vinhas e os muros que separam as quintas, sempre com uma vista deslumbrante que vamos deixando para trás.

    No último quilómetro ainda apanhamos chuva, parecia mais uma chuva tropical num dia de Agosto. Pelo caminho fomos provando umas uvas e umas amoras.
    Choveu o resto da tarde.

    Seguimos a recomendação da Anabela e fomos à quinta do Vallado fazer uma prova de vinhos. Segundo ela a quinta da Pacheca já perdeu a qualidade e foi uma má escolha.
    No final tenho que concordar com ela, a abordagem não foi de todo comercial. Já começaram as vindimas e por isso tivemos a oportunidade de ver parte do trabalho da separação/selecção das uvas. Tivemos oportunidade de provar um vinho branco, que o Valentim adorou, 3 tintos (gostei especialmente do 100% vinhas velhas e do biologico Douro Superior), e claro um Porto que não amo.
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  • Day 4

    Infinity

    August 17, 2020 in Portugal ⋅ 🌧 20 °C

    Fizemos mais de uma hora de caminho junto às margens do Douro para chegar ao Douro Valey hotel. Tenho pena que esteja a chover e que a visibilidade seja muito reduzida. Nem dá vontade de parar e apreciar a vista.

    O maior objetivo era ir para a piscina infinita e ficar a ver o pôr do sol. Ficámos apenas a ver as nuvens cinzentas na água aquecida da piscina e já muita sorte tivemos nós, pelos menos a vista estava desempedida e não está frio.

    O rio calmo e sereno, no meio da vegetação até se torna mais misterioso com este tempo.

    Depois de jantar decidimos ir ver a música ao vivo que havia no bar. Sem grande esperança, nestes tipos de hotéis, os bares costumam ser muito deprimentes, os clientes costumam recolher cedo e os que sobram não estão para grandes extravagâncias.
    Quando lá chegámos, um artista a solo cantava e tocava guitarra para duas moscas mortas que se perderam pelo caminho.

    Afinal começou a chegar mais gente, o artista super versátil, conseguia imitar na mesma música, Pedro Abrunhosa, Rui Reininho, João Pedro Pais e Toy. Cantou desde Seu Jorge ao Bob Dylan e conseguiu pôr quase toda gente a cantar.
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  • Day 6

    Arrozais

    August 19, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 22 °C

    Começamos logo bem o dia. Quando a Mariama chegou, pouco depois das 9, enquanto estávamos a carregar as malas na autocatavana chegou o reboque da polícia. Pelos vistos houve uma queixa de algum vizinho ressabiado porque tínhamos estacionado a caravana um pouco em cima do passeio. Felizmente como estávamos a arrumar as coisas, só nos pediram para sermos rápidos e seguirmos.

    Fomos ao mercado de Alcácer comprar peixe fresco para o almoço. Passámos no supermercado para comprar o resto e seguimos para o Cais Palafitico da Carrasqueira onde supostamente íamos almoçar. Mas em vez de parar no cais, seguimos mais um pouco e paramos no meio do arrozal para fazer o almoço. Parecia que estávamos nos arrozais na Indonésia.

    O Valentim já tinha assado os pimentos e tinha acabado de colocar o peixe na grelha quando passou um segurança a dizer que não era permitida permanecer ali. A nossa sorte foi a simpatia dele, como tínhamos acabado de colocar o peixe na grelha, deixou nos acabar de almoçar.

    Vimos o sol a pôr-se na praia junto à lagoa de Santo André, sobre uns vagalhoes de mais de 3 metros, num mar sem vento.
    Seguimos para São Torpes, porque achávamos que podíamos pernoitar no parque de estacionamento. Só não sabíamos que não íamos poder assar as lulas que tínhamos comprado na praça. O Valentim tinha acabado de ascender o lume, quando nos vieram dizer que era um parque de automóveis. Que não podíamos estar a fazer churrasco ou usar rebarbadoras por exemplo, não percebi o exemplo.
    Acabamos por fazer uma Salada de Atum e jogar ao peixinho.
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  • Day 8

    Cabo do Sardão

    August 21, 2020 in Portugal ⋅ ⛅ 24 °C

    Acordámos tarde, fui treinar com a Mariama no meio das dunas com vista sobre o mar. Tomámos o pequeno almoço e seguimos viagem.
    Fomos até ao Pego das Pias, umas cavidades no meio das rochas por onde passa o rio, o resultado da erosão das rochas com a passagem da força do rio quando as águas estavam muito mais altas. Possívelmente vários milhões de anos. A água um pouco castanha da terra que trás mas ainda assim vale a pena dar um mergulho. Tivemos receio de ir de autocaravana, pelo que tivemos que andar 2km para ir e outros 2 para voltar. Acabámos por não ficar muito tempo porque a fome apertou e só tínhamos trazido um pacote de batatas e água.

    Antes de voltar para junta do mar, passámos no Intermarche de Odemira encher o depósito de água, o bem mais precioso na autocatavana.

    Encontrei um sítio junto ao Cabo do Sardão, para pernoitar e ver o pôr do sol. Estamos no topo da falésia com uma vista deslumbrante de gin na mão para assistir a este espectáculo maravilhoso. Já aprendemos que nestes sítios temos que chegar cedo porque ha muita gente de autocaravana e está tudo a procura e um sítio para pernoitar. Felizmente às 19h quando chegámos ainda havia um cantinho no meio de duas autocatavanas.
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  • Day 8

    Aljezur

    August 21, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 29 °C

    Esta noite foi muito mal dormida, uns miúdos ao nosso lado, fizeram uma festa até às 5 da manhã. A Mariama é que acabou por se levantar e pedir para baixarem a música.

    Antes das 9 já estava ela e o Valentim a levantarem se para ir correr. Pensava eu que iria poder dormir mais um pouco, mas passado dois minutos ouço: Madrinha tenho que fazer cocó!!!
    Grrrr... Já não tinha hipótese. Levantei-me e fomos dar uma volta junto à falésia. Quando eles chegaram, tomámos o pequeno almoço e seguimos. Com isto tudo já era quase meio dia. Passámos no mercado de Odeceixe para comprar peixe fresco e seguimos para um recanto na falésia junto a praia do Vale do Homem.

    Mais uma tarde bem passada a fazer um churrasco com esta vista maravilhosa.
    Ainda tínhamos que fazer os despejos da autocaravana, encher com água limpa, pôr gasolina e chegar a tempo de ver o pôr do sol na praia da Amoreira.
    Foi o tempo de estacionar a um km da praia onde íamos pernoitar e fazer o resto a pé junto ao rio.

    Claro que não dá para estacionar junto à praia com a autocatavana.
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  • Day 10

    Arrifana

    August 23, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 23 °C

    Está uma ventania na praia da Amoreira, de tal maneira que a maior parte das pessoas que vão para a praia acabam desistir e regressar.

    Nem tentamos ir à praia e fomos diretos fazer o que sabemos fazer melhor. Fomos almoçar ao O Zé à frente da praia Monte Clérigo.

    Seguimos para surfar na Arrifana ao pôr do sol depois da sugestão. E voltámos para jantar junto à praia da Amoreira.
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  • Day 11

    Avaria

    August 24, 2020 in Portugal ⋅ ☀️ 26 °C

    Hoje é dia de começar a regressar, para não fazer o caminho para Lisboa todo no mesmo dia. Depois do pequeno almoço, fizemos um troço do caminho. Parámos no intermarche de Odemira para aproveitar o serviço de autocaravanas e fazer compras ao mesmo tempo.
    Almoçámos um peixe assado na falésia, junto a ilha do pessegueiro e seguimos caminho.

    É verdade que encontrámos sítios lindíssimos, mas infelizmente a maioria, está contaminado de lixo e principalmente papel higiénico dos campistas e caravanistas. Os sítios mais bonitos acabam por ficar um tanto ou quanto desagradável.

    A caminho de Sines, pouco depois da sair do sítio no almoço, começámos a sentir um cheiro a queimado, passado 10min já não aguentávamos o cheiro a queimado. Parámos o carro, ligámos ao dono da caravana e, por video chamada, tivemos a fazer uma avaliação do problema. Ver a temperatura, o nível da água, o nível do óleo, tivemos a espera que o motor arrefecesse. Já estava a pensar que iríamos ter que chamar o reboque e voltar para Lisboa de táxi.

    Finalmente descobrimos que o Liam tinha ligado a chauffage e possivelmente seria disso. Seguimos caminho devagar com receio e com isso já não apanhámos o pôr do sol. Fizemos só uma paragem no supermercado para comprar o que faltava para fazer uma petiscada na praia de Santo André, onde pernoitamos.
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