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  • Day 30

    Equador, Galápagos, Santa Cruz e Isabell

    August 27, 2018 in Ecuador ⋅ ⛅ 26 °C

    A manhã foi dedicada a Darwin. O centro com o seu nome alberga tartarugas e iguanas terrestres. É um sítio onde se pode aprender sobre os animais das diversas ilhas e também sobre o desenvolvimento do pensamento científico de Darwin. É um sítio de proteção das espécies. Com a chegada dos espanhóis vieram também animais que não eram pertencentes às ilhas. Os que mais dano causaram foram as ratazanas. Em algumas ilhas mais pequenas foi possível eliminá-las, mas nas maiores não há como fazê-lo. A solução foi recolher os ovos das tartarugas gigantes e trazê-los para este centro que serve de incubadora e berçário até aos três anos de vida. A partir daí elas já conseguem sobreviver sozinhas e são recolocadas nas ilhas de origem. É um sítio interessante para se passar um pouco da manhã. No caminho de regresso, no cais dos pescadores, apesar de já ser tarde e o espetáculo ser mais deslumbrante quando o peixe fresco chega, ainda vemos os leões marinhos junto das vendedoras. Um deles está tão alinhado com uma das mulheres que parece saber do negócio também. Os pelicanos também rondam a ver se lhes calha alguma coisa e as iguanas marinhas espraiam-se ao sol.
    Mas a bela ilha Isabella espera por nós. Depois de duas horas de lancha rápida, que podem ser de grande aventura ou tortura, de acordo com os estômagos, as iguanas alinham-se à nossa espera no simples cais de chegada. Esta ilha é mais simples, mais selvagem e os simpáticos equatorianos que gerem o Hostal Muro de Lágrimas prontamente nos dão dicas para irmos ver a reserva de flamingos e tartarugas gigantes a dez minutos a pé. É quase pôr-do-sol e os flamingos têm um rosa mais intenso. Misturam-se outras aves nesta zona de salinas. Um passadiço de madeira serpenteia pela salina e pelo mangal e vai deixando ver as Opuntias Gigantes nas parte áridas do percurso. É um sítio mais verde do que Santa Cruz.
    A praia é a menos de cem metros do hotel e do nosso quarto conseguimos ouvir o marulhar das ondas e o vento nas palmeiras. O dono do hostal não para de nos oferecer das suas bananas orgânicas e explica-me como se faz nos bananais do Equador continental onde as avionetas com pesticidas passam para deixar o veneno que mata os parasitas e, aos poucos, as pessoas. Gosta desta ilha onde tudo é natural. Vai dando dicas do que podemos fazer na ilha para a aproveitarmos ao máximo. Reclinamos a ideia da escalada ao vulcão - já o tínhamos feito em Tenerife e eu no Faial... mas aproveitamos as ideias do mergulho. Nessa noite também jantámos em restaurante esplanada, mas aqui tudo recolhe cedo depois do jantar. E nós também.
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