Satellite
  • Day 9

    Gansbaai to Mossel Bay

    March 18, 2018 in South Africa ⋅ ☀️ 20 °C

    Acordamos as seis e começamos a arrumar as coisas para o check-out. As sete já estávamos na White Shark Diving Company para nosso quase mergulho com tubarões. A gaiola fica amarrada na lateral do barco e entramos sem equipamentos de mergulho, apenas a máscara. Quando o tubarão se aproxima ouvimos os gritos de Down, Down, Down! Seguido por Left, Right or Front.
    O catamarã é muito rápido, e chegamos ao ponto de mergulho em 15 minutos. O problema é que fica bem cheio. Contamos sete embarcações no local.
    Após meia hora de espera uma raia manta gigante apareceu para cheirar a isca jogada para atrair os tubarões, o que gerou mais ansiedade pelos tubarões. Dez minutos depois essa raia voltou, mas com companhia, uma sombra estava nadando ao lado dela é
    e, quando se aproximaram, avistamos nosso primeiro tubarão branco.
    Aí começou a agitação, o primeiro grupo de oito pessoas entra na gaiola. Nas embarcações ao nosso redor a cena se repete pois o tubarão passou perto da isca deles também.
    O tubarão se aproximou da nossa jaula umas duas vezes durante quase 45 minutos de espera em que os oito ficaram na água gelada.
    Hora de trocar o grupo e permanecemos fora da água, para o terceiro grupo.
    Aparece mais um tubarão, mas no barco ao lado. Os dois barcos que nos cercavam estavam com um tubarão e nada no nosso.
    Quando percebo o movimento de subida das gaiolas dos barcos ao lado eu vou para perto da nossa para entrar. Percebi que tinha ficado literalmente por último.
    Os barcos vizinhos começaram a ir embora no momento em que entrei na água, extremamente gelada!
    Com a diminuição da quantidade de barcos os tubarões vieram para a nossa isca. Em 15 segundos na água vi o primeiro tubarão branco passar a centímetros de mim. Como fomos um dos últimos barcos a sair três tubarões ficaram nos rodeando. Era difícil até pra pegar ar (não usamos nem snorkel). Toda vez que um tubarão passava e eu subia pra pegar ar ouvia os gritos de DOWN! DOWN! DOWN! e voltava para água para ver mais um tubarão passando. No final o maior deles, chamado de Nemo pela tripulação pois tem uma nadadeira menor que a outra, ficou rodeando a gaiola várias vezes quase tocando a mesma. Não sabíamos se filmávamos, só assistíamos, ou se lembrávamos de deixar braços e pernas dentro da gaiola!
    Como o Nemo rodeava a jaula dava um certo desconforto pois era difícil virar para ver o que estava acontecendo atrás da gente, mas ele sempre ficou bem tranquilo e não demonstrou nenhum sinal de agressividade.
    Hora de sair da água, tremendo de frio. A empresa fornece uma toalha salvadora e quando chegamos em terra tem um chuveiro para tomarmos uma ducha e seguirmos viagem.
    Antes disso foi servida uma lasanha para o grupo, que era razoável.
    Vídeo de dentro da gaiola: https://youtu.be/lLsq00l2VgQ
    Resumindo, o passeio foi muito bom porque demos sorte de ver os animais, principalmente no final, quando eles se concentraram ao redor do nosso barco. No dia anterior nenhum tubarão branco chegou perto das embarcações, o que deve ser um pouco frustante, apesar de você ver outros animais no mar, inclusive outras espécies de tubarões.
    Hora de pegar a estrada, mais três horas dirigindo até chegar em Mossel Bay, onde nos hospedamos no Santos Express, um trem parado a beira mar com as cabines transformadas em quartos, todos com vista fantástica do mar. Localização (com a vista) e preço (100 reais a diária) são as vantagens, mas falta espaço para as coisas e o banheiro é compartilhado no início de cada vagão.
    Jantamos no restaurante do próprio hotel e fomos dormir ao som das ondas quebrando bem do nosso lado.
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