Depois de tantos dias junto a costa fomos um pouco mais para o interior. Fomos para a cachoeira da Tiririca. Com o trânsito, mais 13 km de terra batida chegámos à fazenda da Boa Sorte, já passava das 11h, apesar de termos saído cedo.
São 5€ para almoçar e 5€ para o guia nos levar até à cachoeira.
Fiquei surpreendida, quando disse que era vegetariana e disseram que podiam fazer um prato com soja, feijão, arroz e salada. Éramos os únicos. Mas só por ser segunda feira. No dia anterior estava tanta gente que nem conseguiram um cantinho para tirar uma foto sem ninguém.
São quase 3km até ao topo da cascata lindíssima, com 86m de altura, com uma vista panorâmica que compensa todos os minutos da subida que quase que fizemos a correr com o guia demasiado habituado para perceber que estava a ir muito depressa para nós.
Depois do almoço seguimos para o Quilombo dos Palmares - foi o maior quilombo que existiu na América Latina. Chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes. Foi um dos grandes símbolos da resistência dos escravos no Brasil e foi alvo de expedições organizadas por portugueses e holandeses. Foi destruído em 1694 e seu líder, Zumbi, foi morto no ano seguinte em uma emboscada.
O Quilombo dos Palmares surgiu no final do século XVI, onde os escravos da região fugiam e ajudados pelos indígenas vinham se refugiar ali. Um ponto bem alto na montanha com visibilidade 360° sobre muitos km de extensão.
Esta visita faz muito mais sentido com guia, mas não sabia que era preciso contactar com com antecedência principalmente em dias de semana que tem pouca gente. A nossa sorte foi que a família que chegou um pouco antes de nós tinha contratado um, o Mano Gill, e acabámos por nos juntar a eles.
Só tive pena de não ter chegado ao início no início, porque ele tinha tanto coisa para contar que quem teve que mandar nos embora foi o guarda.Read more