Marrocos

April 2019
Férias de Páscoa com tempo quentinho, quem não quer? E se for bem colorida e condimentada à moda marroquina? Ainda melhor! E é isso! É esta a viagem! Read more
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  • Day 10

    Fez outra vez!

    April 19, 2019 in Morocco ⋅ 🌧 17 °C

    Trocadilho à parte, hoje foi dia de relaxar e preguiçar um bocadinho, bem à moda marroquina. Passámos pela Sinagoga Ibn Danan e pelo cemitério judeu. Voltámos à Porta dourada do Palácio Real. O dourado banhado pela luz do sol parece ter íman! À sexta o movimento da Medina é incomparavelmente menor. É como se fosse domingo para os muçulmanos.
    Limitamo-nos, por isso, a fazer compras de supermercado no Carrefour, situado num enorme centro comercial cheio de marcas europeias. O preço das coisas é igual em alguns produtos, mas noutros é incrivelmente menor. Comprámos dois tomates, uma cebola, um pimento e um punhado de salsa pela módica quantia de vinte e seis cêntimos. Apreçamos cinco quilos de tâmaras por treze euros. Ainda assim, os preços são muito caros, considerando que o rendimento anual per capita ronda os três mil e quinhentos euros.
    Chegados ao nosso cantinho ainda temos uns minutos para relaxar ao por do sol no relvado, com uma bela Super Bock e tremoços, como manda a verdadeira tradição lusitana.
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  • Day 11

    Bhalil, Sefrou e Al Hoceima

    April 20, 2019 in Morocco ⋅ ⛅ 11 °C

    Bhalil é uma aldeia Berber onde há vestígios de casas trogloditas. Não passámos muito tempo lá, mas deu para perceber que este é um lugar muito pobre. Há umas meninas a brincar na rua, que colecionam objetos “valiosos” que encontram no chão e colocam meticulosamente dentro de uma bacia de plástico. Com um sorriso aberto e olhares tímidos, sou agraciada com uma bolinha de brocado dourado - o objeto mais cintilante da bacia e, logo, o mais precioso, com certeza...
    Gosto de fazer compras em locais assim. Aqui as pessoas precisam mesmo do dinheiro e, por isso, os vegetais para o jantar são adquiridos numa das tendas na rua principal.
    Sefrou, por seu lado, é um sítio engraçado, com um mercado de vegetais, peixe e carne, não muito diferente dos portugueses. Bom... tirando a parte do matadouro de galinhas ao vivo, que já não é comum em Portugal. De resto, tirando a muralha que rodeia a Medina e o rio que divide o antigo bairro judeu da parte muçulmana, não é um sítio muito peculiar
    Em Al Hoceima estivemos de passagem para a Plague de Torres onde passámos a noite. Mas ainda tivemos tempo para vermos os pescadores a prepararem o barco e as redes para a faina. Rodeado de gaivotas e gatos preparados para abocanharem os restos de peixe das redes. A cinco quilómetros da cidade, na Plage Sfiha, é possível ver a pequena ilha que alberga uma fortaleza branca e imponente - El Peñon de Alhucemas. Belo pôr-do-sol!
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  • Day 12

    Chefchauen

    April 21, 2019 in Morocco ⋅ 🌧 9 °C

    A viagem de Al Hoceima até Chefchaouen é maravilhosa. Fizemos a maior parte pela costa, pelas aldeias de montanha e às vezes tendo que descer até ao nível do mar.
    Sempre imaginei a costa mediterrânea de Marrocos parecida com o nosso Algarve e, por isso, fiquei surpreendida com este serpentear de montanhas.
    À chegada a Chefchaouen ainda temos tempo para aproveitar a cidade azul. A cada passo paramos para tirar fotos. É uma cidade fotogénica, que faz com que toda a gente seja fotogénica também! Pela primeira vez não temos ninguém à nossa volta a propor-nos uma visita guiado ou a insistir que compremos alguma coisa só porque sim. Andamos aleatoriamente pelo labirinto azul até o estômago reclamar e a luz do dia já ter desaparecido.
    Jantámos uma tagine de camarões em frente ao Kashba no restaurante Twins, que, na realidade, tem mesmo dois gémeos a servir... são os simpáticos donos.
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  • Day 13

    Chefchouen e Martil

    April 22, 2019 in Morocco ⋅ 🌧 14 °C

    Chefchaouen acordou a baldes! Quero com isto dizer que ao regressar ao hotel estava com os pés ensopados! No entanto, faça chuva ou faça sol, Chefchaouen é encantador! As paredes caiadas de um anil suave avivam as suas cores com a chuva! Tivemos sorte porque conseguimos ainda assim revisitar uma boa parte com sol aberto e calor, mas a Praça Mohamed V, planeado por Joan Miró, já foi vista debaixo de chuva cerrada. Ficará sempre na minha memória como um sítio de eleição para relaxar e deambular sem destino, espreitando detalhes arquitetónicos ou artesanais a cada paragem. As lojas parecem a gruta de Ali Babá e os quarenta ladrões. Está é uma cidade localizado nas montanhas Rif, bem conhecidas mundialmente pela sua farta produção de marijuana. Por isso, não é surpresa alguma se se for abordado por alguém que queira vender bom produto local para fumar...
    A caminho para Martil, o nosso próximo poiso, passamos ao largo da imensa Tétouan - a cidade branca. Construída nas encostas das montanhas, parece abrigar-se das intempéries e ao mesmo tempo trepar por elas acima como um líquido que escorre ao contrário. É imensamente diferente do que tinha imaginado.
    Martil e uma cidade de praia ainda meia adormecida porque a época ainda vai baixa. Há milhares de conchas à beira-mar e o Mediterrâneo parece um lago de uma onda só. A Corniche - nome francês para a avenida ao longo da praia - tem um passeio largo onde os quiosques e os vendedores de sumo de cana de açúcar já têm alguma expressão, apesar de o tempo ainda aconselhar um agasalho.
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  • Day 14

    Tétouan

    April 23, 2019 in Morocco ⋅ 🌧 12 °C

    A cidade branca tem a característica Medina com áreas mais ou menos definidas para cada tipo de produto. Sem dúvida que as mais coloridas e interessantes são as dos têxteis. Tapetes e tecidos brocados chamam à atenção com tanto colorido. Mas também continua a haver a parte das peles e dos metais à mistura com as chinesices que se derramam por esse mundo fora e começam a envolver o típico numa massa descaraterizada e sem qualidade.
    Tínhamos destinado este dia para compras. Desde o início que queria comprar uma écharpe de algodão, tão características dos têxteis marroquinos. Pois bem, sai de Marrocos de mãos a abanar. Avistei uma em Chefchaouen. Repito, uma. Há lojas repletas de lenços chineses e nem nos mercados artesanais, nomeadamente nos souqs das sedas, foi possível fazer tal compra.
    Em contrapartida, continuámos a comprar os nossos alimentos frescos nos mercados. Hoje foi dia de mercado das mulheres berberes na medina de Tétouan - belo pão e belo queijo.
    Resta dizer que desta vez optamos por fazer ida e volta nos táxis coletivos - de manhã o carro tem lotação para cinco, mas leva oito; à tarde a lotação é respeitada, mas as regras de trânsito... Estranho é que o preço do táxi coletivo e do autocarro é o mesmo por passageiro - cinco dirham.
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  • Day 15

    Adeus Marrocos...

    April 24, 2019 in Morocco ⋅ ⛅ 19 °C

    Antes de sairmos de Tétouan ainda damos um saltinho à Escola de Artes e Ofícios. A entrada custa 50 dirham, mas, para além de uma sala museu à entrada, com exposição e explicação dos ofícios aí ensinados, há uma explicação interativa acerca da história de Tétouan, dos pontos de interesse na Medina e dos museus e edifícios visitáveis, bem como a sua história. Confirmo o que um lojista me explicou no dia anterior - a diferença entre Zaouia e Mesquita. A primeira era uma escola onde se aprendia não só o Corão, mas também álgebra e leitura, para além de ser um lugar de culto de santos muçulmanos, onde eventualmente se encontra o corpo canonizado. Esta era mais característica da corrente sufi. A mesquita é apenas um lugar de oração para os seguidores da fé islâmica.
    Mas, voltando à escola, o que aqui vimos foram jovens aprendizes das várias artes manuais marroquinas, acompanhados pelos seus mestres, a garantir que estas maravilhosas peças dos contos de Aladino se perpetuem no tempo e mantenham viva a identidade marroquina.
    O resto do dia foi passado em viagem ao longo do Mediterrâneo em direção a Tânger Med e mais tarde a travessia para Algeciras.
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