• Maria Marques
  • Wolfi
kwietnia 2019

Marrocos

Férias de Páscoa com tempo quentinho, quem não quer? E se for bem colorida e condimentada à moda marroquina? Ainda melhor! E é isso! É esta a viagem! Czytaj więcej
  • Rozpocznij wyprawę
    10 kwietnia 2019

    Sevilha

    10 kwietnia 2019, Hiszpania ⋅ ☀️ 16 °C

    Sevilha é uma cidade maravilhosa! Depois de um sumptuoso pequeno almoço no Flamenco B&B, lançámo-nos à cidade começando pela Plaza de España em direção à Real Fábrica de Tabaco, que é agora a Faculdade de Letras da Universidade de Sevilha. É um edifício magnífico que inspirou Bizet para a sua ópera “Carmem”.
    Como o centro histórico é bastante compacto, depressa chegámos à Giralda - o minarete espanhol renascentista com uma torre sineira de estilo gótico - e à gigantesca Catedral de Sevilha onde está o túmulo de Colombo. Bem perto é também a entrada para o palácio de estilo árabe - o Real Alcazar. A fila já ia grande e, como a nossa viagem é a Marrocos, deixamos Sevilha para explorar detalhadamente num próximo fim de semana prolongado. Continuamos, por isso, para Arquivo Geral das Índias, mesmo ao lado da catedral. Este é um monumento considerado património mundial da UNESCO. Contém todos os arquivos do império espanhol, nomeadamente o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha. Daqui para Torre de Ouro - ano de 1220 - passando pela Torre de Prata, são menos de 10 minutos a pé.
    De regresso ao ponto de partida, tendo por companhia o rio Guadalquivir por uns tempos, atravessámos o Parque Maria Luísa , dedicado à monarca espanhola do reinado de Carlos III, para desembocarmos no palácio escarlate com aplicações cerâmicas e um fosso em volta que nos faz lembrar Veneza, com as suas pontes maravilhosas. Antes de partirmos para Marrocos ainda temos tempo para passar pela obra arquitetônica Metropol Parasol, que alberga o Museu de Arqueologia e tem o aspeto de guarda-sóis ou cogumelos gigantes!
    Definitivamente uma cidade a voltar!
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  • Gibraltar

    10 kwietnia 2019, Gibraltar ⋅ ☀️ 17 °C

    Gibraltar! É muito engraçado estar em Espanha e de repente, passa-se a fronteira e estamos numa rocha na ponta britânica mais a Sul da Europa onde se ouve falar inglês com um irrepreensível sotaque britânico. É uma pequena cidade inglesa com todas as suas características. Acabamos a jantar no Biancas, um simpático restaurante no porto, no complexo Ocean Village. Apontamento interessante: a cerveja Super Bock aparece na lista da cervejas especiais, pela módica quantia de 4£... Czytaj więcej

  • Tânger e Assilah

    11 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 17 °C

    Tânger é uma cidade enorme com uma Medina compacta e cheia de diversidade. É aqui que fazemos as nossas compras para o jantar e os nossos cartões de telefone com internet marroquina a 1€ por cada giga adquirido. Parece-nos bem!
    À tardinha Asilah acolhe-nos para passarmos a noite. É um vila piscatória em que a muralha foi construída por portugueses. É ainda esta muralha que contém a Medina e a cidade antiga. É um sítio muito bonito, com o encanto que têm os sítios com alma, onde os habitantes locais são os guias e controlam a movimentação na cidade. Somos estrangeiros e imediatamente notados. Há um guia local que estranhamente nos diz que explica a história da cidade de graça. Normalmente pedem sempre dinheiro. Diz que é um dos nove guias credenciados da cidade que o faz desta forma e protege os turistas de logros. Se é assim ou não... não sabemos.
    Um passeio pelo paredão rente ao mar dá para esticar as pernas dos quilómetros de carro e ver o pôr-do-sol. É divertido ver os pescadores passearem as suas carretas com peixe que vendem pela noite dentro. No passeio perto da velha Medina há também vendedores de sumos naturais e aqui voltam memórias de mais de quarenta anos com o sumo de cana de açúcar. A última vez que tinha mascado cana de açúcar tinha apenas quatro anos.
    Os legumes que compramos em Tânger resultaram num bom jantar preparado na caravana, acompanhado por um copo de vinho oferecido pelo Alex - o rapaz da agência que nos vendeu os bilhetes de ferry de Algeciras para Tânger-med.
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  • Casablanca

    12 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 16 °C

    De Asilah para Casablanca são trezentos quilómetros que partilhamos a conduzir. Numa estação de serviço encontramos os Pandilha: um grupo de portugueses que irão fazer uma prova de Marraquexe até Saidia, passando pelo deserto.
    Já em Casablanca, saímos de imediato para conhecer a cidade e fazemos o passeio sugerido pelo guia Lonely Planet. Começamos por ir até à Ville des Arts, que para minha surpresa tem no jardim uma coleção de fotos biográficas de Carlos Paredes. Seguimos para a catedral Sacre Couer, que se encontra fechada para reabilitação e de seguida para o Parque Lá Ligne Arabe. Daqui em diante foi seguir o percurso sugerido: Place Mohamed V, com centenas de pessoas a passear ou apenas a desfrutar do bom tempo; a Wilaya - o antigo quartel da polícia, agora o Palácio do Governador; o tribunal de primeira instância; a estação principal dos correios e o Banco al-Maghrib, todos com fachadas impressionantes e monumentais. Os restantes têm um ar bastante decadente e desprezado. Deixa-me bastante desapontada e triste em especial o Petit Poucet, onde figuras como Antoine de Saint-Exupéry e Edit Piaf se sentaram a criar ou apenas a conviver. É agora um espaço escuro e cheio de fumo. O único sítio onde se pode estar confortavelmente é na esplanada.
    Por fim, depois de procurarmos um sítio para jantar, acabamos no al-Mounia, restaurante marroquino gerido por uma simpática senhora francesa, onde comemos tagine de frango e amêndoas com couscous de vegetais - delicioso a preços normais europeus.
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  • Ainda Casablanca

    13 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ☀️ 20 °C

    Depois de uma noite bem dormida e do pequeno-almoço tomado, uma caminhada até ao mercado revela-nos uma cidade preguiçosa, ainda a dormitar, com alguns lojistas a abrirem os seus estabelecimentos lentamente. É sábado e vamos ao Mercado Central. É mais pequeno do que o mercado em Braga. Tem outras coisas à venda, mas não é o que eu esperava de um mercado em Marrocos.
    Próxima estação é a Antiga Medina com a sua torre do relógio a assinalar a entrada. Estão a renovar as fachadas das lojas e todas terão em breve o mesmo aspecto, com umas portas simples de madeira de pinho. É uma Medina desorganizada e espalhada por uma área relativamente pequena. À saída entramos no Rick’s Café, icónica sala do filme Casablanca, para uma água e sumo de laranja. Diga-se que os preços são bastante caros, até para padrões europeus, porém o espaço valeu a pena o gasto. Mas o nosso destino final é a mesquita de Hassan II. Esta obra gigantesca, com um único minarete, demorou seis anos a ser construída. Moisés guia-nos pela Mesquita, explicando-nos o que nela se passa, de uma forma rápida, mas eficaz. Vai respondendo às perguntas dos visitantes sem hesitar e explica-me que a razão pela qual só existe um minarete e não quatro, como em outros lugares, tem a ver com influências das invasões espanholas, portuguesas e francesas que trouxeram as igrejas católicas com a sua única torre sineira. Noutros países, em que há quatro, a aproximação é com a igreja ortodoxa.
    Ainda há tempo para ir visitar a Nova Medina, uma mistura entre arquitetura francesa e marroquina que tem um efeito muito interessante. Um bom lugar para um lanche de pão com azeitonas e sumo de laranja natural e para nos espantarmos com os talhos de carne de camelo com as suas enormes cabeças em exibição. Para pena nossa o palácio Mahatma du Pacha não estava aberto e, por isso, furamos pela multidão do mercado de rua em direção ao elétrico para vermos o pôr-do-sol em Ain Diab - a zona moderna de Casablanca, com a sua Boulevard La Corniche a percorrer a costa.
    Apontamento importante acerca do elétrico - carregar o cartão com todos os bilhetes necessários. Comprar bilhetes pode acabar em insultos, apertos e empurrões se for ao fim do dia. O conceito de fila é absolutamente inexistente em Casablanca.
    Está é definitivamente uma cidade louca e desconcertante...
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  • El Jadida e Essaouira

    14 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ☀️ 27 °C

    Deixamos Casablanca para trás em direção à cidadela portuguesa em El Jadida, património mundial da UNESCO. Campos de cereais, cultivados à mão e com arados puxados a cavalo ou burro, separam as duas cidades. Ainda é possível ver alguns acampamentos nómadas nesta planura sem fim. Rapazes montados nos seus cavalos ou burritos parecem atarefados neste domingo de manhã.
    É um sítio interessante, Mazagão - El Jadida agora. A cisterna portuguesa é imensa e acumulava água da chuva, num depósito abobadado de 34mx 34m, com uma profundidade a rondar os três metros. É um local belo e silencioso. Temos um ancião vestido de branco a explicar-nos a descoberta recente e o funcionamento deste tesouro português - 1906. O forno comunitário também nos é mostrado por um marroquino. Continuam a cozer o pão para as famílias que vivem na cidadela. Os panos de louça em cada tabuleiro de madeira definem a família que os virá recolher. Só é pena que estes guias fiquem maldispostos de imediato se não concluirmos a visita com uns dirham... Mas a cidade vale a pena a vinda e a vista para o mar, a partir dos baluartes portugueses, é magnífica.
    Separam-nos ainda mais de duzentos quilómetros de Essaouira. A temperatura ronda os 34 graus na autoestrada. A paisagem fica cada vez mais castanha, a assemelhar-se ao Alentejo em pleno verão. O país parece empobrecer a cada quilómetro. Toda a gente parece andar de burro e ainda vemos muitas terras a serem lavradas com a sua ajuda. Os arados são de lâmina simples, encavados nuns barrotes tortos de madeira. Em contrapartida, temos que ultrapassar enfardadeiras gigantes nas estradas que ondulam ao sabor das searas.
    Assim que entramos em Essaouira a maresia invade-nos e a maré baixa deixa todos os veraneantes à vontade para desfrutar da praia até bem depois do pôr-do-sol.
    Nada melhor do que terminar o dia a comer uns camarões e um linguado grelhados nos restaurantes dos pescadores ao pé do porto, seguida de uma volta pela atarefada Medina que começou a esmorecer lá para a meia-noite...
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  • De Essaouira a Oualidia pela costa

    15 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 22 °C

    Hoje foi dia de conduzir e parar a cada momento que a natureza nos pediu. Bom... paramos também para fazer a vontade à Gendarmerie Royale, que, pela segunda vez, estava cheia de vontade de nos multar, desta vez por excesso de velocidade numa estrada tão esburacada que o difícil era apenas conduzir... depois de umas desculpas esfarrapadas de que afinal não é possível ver o vídeo, somos dispensados com um maldisposto “Take care for the next time...”
    Mas a conversa não era esta... na realidade este foi um dia para apreciar o Atlântico com cores diferentes aqui no norte de África. Uma vezes acastanhado, outras de um azul turquesa ou ainda verde esmeralda, é sempre o Atlântico batido, com as suas ondas fortes na maré alta e água pelos tornozelos na maré baixa. Continuamos a avistar os lavradores com os seus burritos, os rapazes a trabalharem nos campos, algumas crianças ao longo da estrada idas ou vindas da escola e cágados a atravessar a estrada!
    Fizemos uma paragem estratégica em Safi para almoçar e visitar as construções portuguesas, nomeadamente a catedral da qual restam apenas as ruínas. É uma cidadela pequena, mas bastante característica. Acabamos por comer uma tagini acima do preço normal num erro básico de turista tonto. Apontamento futuro - acordar o preço com o dono do estabelecimento e não com uma pessoa qualquer que mais tarde desaparece de cena e passa a ser o responsável pelo negócio, ilibando o dono do excessivo preço.
    Saímos então em direção a Oualidia sempre ao longo da costa, até darmos de caras com a lagoa maravilhosa alimentada pela maré. Para além de ser uma visão idílica é escola de surf, sítio de passeios de barco ou a cavalo e local de pouso para pássaros de várias espécies. Para nós foi um lugar para relaxar, apanhar banhos de sol e apreciar os pescadores de polvos na maré baixa. Mais um dia magnífico em Marrocos!
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  • De Oualidia a Meknes

    16 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 28 °C

    Cerca de quatrocentos quilómetros separam as duas cidades. À medida que nos aproximamos de Meknes a temperatura vai aumentando, mas como é uma zona mais montanhosa, também é mais verdejante.
    Chegámos por volta das quatro. O caminho até aqui não ofereceu grande novidade porque uma parte já o tínhamos feito para Sul.
    O Riad Jardim de Bahia é fantástico! Uma casa marroquina com o pátio interior que serve para refrescar todo o edifício. Neste caso o pátio é fechado, mas cumpre o propósito na mesma. Todo ele tem o bom gosto da decoração marroquina - simples no edifício, com apontamentos decorativos de uma combinação de cores sempre tão pungente, mas equilibrada.
    Meknes, com a sua pequena Medina, tem os artesãos descontraídos e prontos a conversar com os visitares e a explicar e mostrar os seus ofícios. Há uma zona de madeiras, de bordados e zeillij - mosaico - que deixa qualquer um encantado.
    Para um ponto final certeiro, restou-nos um simpático jantar nas varandas panorâmicas com vista para a praça Al Hadim - parecida com Jamal el-Fna, em Marraquexe, mas bem mais pequena, e um voltinha final para comprarmos as tão apreciadas tajines. Parece que em casa vai haver comida nova.
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  • Meknes, Volubilis e Moulay Idriss

    17 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 20 °C

    Dia de regresso à escola! A Madraça Bu Inania - escola onde os rapazes aprendiam a recitar o Corão - é maravilhosa! Muito parecida na sua estrutura com a de Marraquexe, mas um pouco menor, tinha alojamentos para estudantes e professores. Os alunos que tinham entre 8 e 10 anos residiam em quartos duplos no rés de chão, mas os mais velhos e os professores viviam no primeiro andar. Alem disso, há um anexo que era uma sala de abluções.
    À tarde seguimos para Volubilis - aprendemos que este é o nome do sítio porque está coberto de flores de ipomoea - chamada de volubilis pelos romanos. É um complexo extraordinário! Até para os dias de hoje seria uma grande cidade.
    Seguimos para Moulay Idriss, onde se encontra o seu Mausoléu. Não pudemos entrar, naturalmente, porque não somos muçulmanos. Valeu a pena a pequena espreitadela que pudemos dar até ao primeiro pátio, no entanto. Aqui, como o contacto com o mundo não muçulmano é bastante recente, somos muito observados.
    Chegámos a Fez já perto do anoitecer para um jantar preparado “em casa”...
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  • Fes

    18 kwietnia 2019, Maroko ⋅ 🌧 15 °C

    Esta é a segunda vez que usamos o autocarro em Marrocos. Os autocarros são velhos e só os marroquinos se deslocam neles. É uma experiência bem interessante. Percebe-se que a diferença entre ricos e pobres, campo e cidade ainda são abismais. À ida a viagem não tem nada de excepcional, mas a vinda traz miúdos pendurados à sucata na porta de trás do autocarro para escaparem ao pagamento de 2,5 dirham - 25 cêntimos... bastante perigoso!
    Durante o dia vamos deambulando pela velha Medina, às vezes seguindo o nosso plano, outra vezes deixando-nos ir atrás das pessoas que parecem ter um destino bem definido. Visitamos a Madraça Bou Inania - homónima da de Meknes, mas várias vezes maior, com uma mesquita integrada, onde ainda hoje se reza o Corão. Há um pátio central retangular, com um tanque no meio, pavimentado com zellige. Em três dos lados do pátio há galerias, enquanto que o quarto se abre para a sala de orações. Esta é decorada com estuque esculpido e tem um mirabe elegante, com um arco em ferradura.
    O Portão Azul, que na realidade do outro lado é verde, é lindo e imponente, como aliás todos os portões da cidade, em especial o do Palácio Real com os seus portões dourados.
    Visitámos dois espaços diferentes de curtumes - uns mais pequenos, mas onde obtivemos a explicação detalhada do processo para curtir e tingir as peles, e os mais famosos, os de Chaouwara, que optamos por ver só de cima porque já tínhamos experimentado o cheiro nauseabundo nos anteriores e achamos ser suficiente uma só vez.
    A cada esquina espreita algo muito diferente e muito interessante para os nossos olhos europeus. Os souqs de todas as espécies - mel, henna, metal... - maravilham-nos; pequenas espreitadelas para dentro das mesquitas; o Mausoléu de Moulay Idriss II também está vedado a não muçulmanos, mas o que pudemos espreitar é fantástico. A partir de várias ruas, para que se perceba a sua dimensão, é possível ver vários espaços deste complexo, que inclui uma mesquita também.
    Tanto na visita aos primeiros curtumes, como na pausa de almoço, estivemos acima dos telhados da Medina. Que maluquice! Sítio misterioso, cheio de ruelas estreitas e difíceis de percorrer para quem não sabe movimentar-se rapidamente. É aqui que a tecnologia tem um poder fantástico e está a revolucionar as viagens pelo globo!
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  • Fez outra vez!

    19 kwietnia 2019, Maroko ⋅ 🌧 17 °C

    Trocadilho à parte, hoje foi dia de relaxar e preguiçar um bocadinho, bem à moda marroquina. Passámos pela Sinagoga Ibn Danan e pelo cemitério judeu. Voltámos à Porta dourada do Palácio Real. O dourado banhado pela luz do sol parece ter íman! À sexta o movimento da Medina é incomparavelmente menor. É como se fosse domingo para os muçulmanos.
    Limitamo-nos, por isso, a fazer compras de supermercado no Carrefour, situado num enorme centro comercial cheio de marcas europeias. O preço das coisas é igual em alguns produtos, mas noutros é incrivelmente menor. Comprámos dois tomates, uma cebola, um pimento e um punhado de salsa pela módica quantia de vinte e seis cêntimos. Apreçamos cinco quilos de tâmaras por treze euros. Ainda assim, os preços são muito caros, considerando que o rendimento anual per capita ronda os três mil e quinhentos euros.
    Chegados ao nosso cantinho ainda temos uns minutos para relaxar ao por do sol no relvado, com uma bela Super Bock e tremoços, como manda a verdadeira tradição lusitana.
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  • Bhalil, Sefrou e Al Hoceima

    20 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 11 °C

    Bhalil é uma aldeia Berber onde há vestígios de casas trogloditas. Não passámos muito tempo lá, mas deu para perceber que este é um lugar muito pobre. Há umas meninas a brincar na rua, que colecionam objetos “valiosos” que encontram no chão e colocam meticulosamente dentro de uma bacia de plástico. Com um sorriso aberto e olhares tímidos, sou agraciada com uma bolinha de brocado dourado - o objeto mais cintilante da bacia e, logo, o mais precioso, com certeza...
    Gosto de fazer compras em locais assim. Aqui as pessoas precisam mesmo do dinheiro e, por isso, os vegetais para o jantar são adquiridos numa das tendas na rua principal.
    Sefrou, por seu lado, é um sítio engraçado, com um mercado de vegetais, peixe e carne, não muito diferente dos portugueses. Bom... tirando a parte do matadouro de galinhas ao vivo, que já não é comum em Portugal. De resto, tirando a muralha que rodeia a Medina e o rio que divide o antigo bairro judeu da parte muçulmana, não é um sítio muito peculiar
    Em Al Hoceima estivemos de passagem para a Plague de Torres onde passámos a noite. Mas ainda tivemos tempo para vermos os pescadores a prepararem o barco e as redes para a faina. Rodeado de gaivotas e gatos preparados para abocanharem os restos de peixe das redes. A cinco quilómetros da cidade, na Plage Sfiha, é possível ver a pequena ilha que alberga uma fortaleza branca e imponente - El Peñon de Alhucemas. Belo pôr-do-sol!
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  • Chefchauen

    21 kwietnia 2019, Maroko ⋅ 🌧 9 °C

    A viagem de Al Hoceima até Chefchaouen é maravilhosa. Fizemos a maior parte pela costa, pelas aldeias de montanha e às vezes tendo que descer até ao nível do mar.
    Sempre imaginei a costa mediterrânea de Marrocos parecida com o nosso Algarve e, por isso, fiquei surpreendida com este serpentear de montanhas.
    À chegada a Chefchaouen ainda temos tempo para aproveitar a cidade azul. A cada passo paramos para tirar fotos. É uma cidade fotogénica, que faz com que toda a gente seja fotogénica também! Pela primeira vez não temos ninguém à nossa volta a propor-nos uma visita guiado ou a insistir que compremos alguma coisa só porque sim. Andamos aleatoriamente pelo labirinto azul até o estômago reclamar e a luz do dia já ter desaparecido.
    Jantámos uma tagine de camarões em frente ao Kashba no restaurante Twins, que, na realidade, tem mesmo dois gémeos a servir... são os simpáticos donos.
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  • Chefchouen e Martil

    22 kwietnia 2019, Maroko ⋅ 🌧 14 °C

    Chefchaouen acordou a baldes! Quero com isto dizer que ao regressar ao hotel estava com os pés ensopados! No entanto, faça chuva ou faça sol, Chefchaouen é encantador! As paredes caiadas de um anil suave avivam as suas cores com a chuva! Tivemos sorte porque conseguimos ainda assim revisitar uma boa parte com sol aberto e calor, mas a Praça Mohamed V, planeado por Joan Miró, já foi vista debaixo de chuva cerrada. Ficará sempre na minha memória como um sítio de eleição para relaxar e deambular sem destino, espreitando detalhes arquitetónicos ou artesanais a cada paragem. As lojas parecem a gruta de Ali Babá e os quarenta ladrões. Está é uma cidade localizado nas montanhas Rif, bem conhecidas mundialmente pela sua farta produção de marijuana. Por isso, não é surpresa alguma se se for abordado por alguém que queira vender bom produto local para fumar...
    A caminho para Martil, o nosso próximo poiso, passamos ao largo da imensa Tétouan - a cidade branca. Construída nas encostas das montanhas, parece abrigar-se das intempéries e ao mesmo tempo trepar por elas acima como um líquido que escorre ao contrário. É imensamente diferente do que tinha imaginado.
    Martil e uma cidade de praia ainda meia adormecida porque a época ainda vai baixa. Há milhares de conchas à beira-mar e o Mediterrâneo parece um lago de uma onda só. A Corniche - nome francês para a avenida ao longo da praia - tem um passeio largo onde os quiosques e os vendedores de sumo de cana de açúcar já têm alguma expressão, apesar de o tempo ainda aconselhar um agasalho.
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  • Tétouan

    23 kwietnia 2019, Maroko ⋅ 🌧 12 °C

    A cidade branca tem a característica Medina com áreas mais ou menos definidas para cada tipo de produto. Sem dúvida que as mais coloridas e interessantes são as dos têxteis. Tapetes e tecidos brocados chamam à atenção com tanto colorido. Mas também continua a haver a parte das peles e dos metais à mistura com as chinesices que se derramam por esse mundo fora e começam a envolver o típico numa massa descaraterizada e sem qualidade.
    Tínhamos destinado este dia para compras. Desde o início que queria comprar uma écharpe de algodão, tão características dos têxteis marroquinos. Pois bem, sai de Marrocos de mãos a abanar. Avistei uma em Chefchaouen. Repito, uma. Há lojas repletas de lenços chineses e nem nos mercados artesanais, nomeadamente nos souqs das sedas, foi possível fazer tal compra.
    Em contrapartida, continuámos a comprar os nossos alimentos frescos nos mercados. Hoje foi dia de mercado das mulheres berberes na medina de Tétouan - belo pão e belo queijo.
    Resta dizer que desta vez optamos por fazer ida e volta nos táxis coletivos - de manhã o carro tem lotação para cinco, mas leva oito; à tarde a lotação é respeitada, mas as regras de trânsito... Estranho é que o preço do táxi coletivo e do autocarro é o mesmo por passageiro - cinco dirham.
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  • Adeus Marrocos...

    24 kwietnia 2019, Maroko ⋅ ⛅ 19 °C

    Antes de sairmos de Tétouan ainda damos um saltinho à Escola de Artes e Ofícios. A entrada custa 50 dirham, mas, para além de uma sala museu à entrada, com exposição e explicação dos ofícios aí ensinados, há uma explicação interativa acerca da história de Tétouan, dos pontos de interesse na Medina e dos museus e edifícios visitáveis, bem como a sua história. Confirmo o que um lojista me explicou no dia anterior - a diferença entre Zaouia e Mesquita. A primeira era uma escola onde se aprendia não só o Corão, mas também álgebra e leitura, para além de ser um lugar de culto de santos muçulmanos, onde eventualmente se encontra o corpo canonizado. Esta era mais característica da corrente sufi. A mesquita é apenas um lugar de oração para os seguidores da fé islâmica.
    Mas, voltando à escola, o que aqui vimos foram jovens aprendizes das várias artes manuais marroquinas, acompanhados pelos seus mestres, a garantir que estas maravilhosas peças dos contos de Aladino se perpetuem no tempo e mantenham viva a identidade marroquina.
    O resto do dia foi passado em viagem ao longo do Mediterrâneo em direção a Tânger Med e mais tarde a travessia para Algeciras.
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  • Koniec wyprawy
    24 kwietnia 2019