Portimão

Retornamos a Portimão para uma estadia mais longa, optando por locar um pequeno apartamento através do airbnb. Faah iniciou o processo de regularização de sua situação em Portugal, visando viver e trabalhar, enquanto, eu me concentrei em um novo planejamento, avaliando a possibilidade de viajar para outro país, outro continente e de quebra, poderíamos retribuir experiências de hospedagem. Faah pesquisou informações tanto online quanto junto ao SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), reuniu o que tinha trazido de documentação, solicitando inclusive documentos complementares à sua irmã, em Sergipe, e, finalmente, obteve um emprego em um supermercado local, enquanto eu organizei nossas refeições e gerenciei a logística de uma viagem pelo Marrocos. Durante este período, hospedamos apenas dois surfers: o primeiro foi Andrews, cicloviajante escocês – m̶a̶c̶o̶n̶h̶e̶i̶r̶o̶ apreciador de tabaco e recitador de poesias autorais e Mary, mochileira estadunidense – recém-formada e amante de trilhas. Como Faah estava se adaptando à sua nova rotina de trabalho e desejava focar em ficar legal e economizar, informou-me que não continuaria com o mochilão. Andrews ficou apenas um par de dias, Mary ficou por quase uma semana. Neste período, percorremos toda a orla de Portimão, parando e se banhando em todas as praias – que por sinal são belíssimas, caminhávamos por trilhas sobre as falésias e terminávamos nossos dias na praia da Rocha, onde aguardávamos o pôr do sol. Um colega meu, Welder, que recentemente havia se mudado para a cidade de Lagos, me convidou para passar o final de semana de carnaval, dizendo-me que faria um churrasco tradicionalmente brasileiro. Aproveitei a ocasião para convidar Mary, que prontamente aceitou e despedi-me de Faah, dizendo-lhe que seguiria com o mochilão para o Marrocos e que lhe enviaria fotos e cartão postais, sempre que possível, quiçá um camelo.Read more