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  • Day 1

    Istambul airport

    November 1, 2018 in Turkey ⋅ 🌙 14 °C

    Depois de dois dias quase sem comer por causa de um gastrenterite, o melhor é fazer uma viagem de 24h em que o perigo de estares longe de uma casa de banho ou não poder me levantar do teu lugar é grande. O primeiro voo até Istambul até correu bem, uma visita importante à casa de banho do avião mas tendo em conta que só estava a comer arroz e massa, tudo melhorou.
    Tínhamos 3horas de espera em Istambul, parecia muito até me dar conta que não tinha telefone. Adormeci no avião com o telefone ao colo e nunca mais me lembrei. Fui a correr com a Filipa para ver se conseguíamos resolver a situação, mas este aeroporto é dos maior da Europa e depois de termos andado mais de 20 min, pedindo ajuda a uma dezena de pessoas percebemos que teríamos que passar o controlo de passaporte, segurança para sair e voltar novamente. Já só faltavam duas horas para o voo, por isso decidi ir sozinha para tentar a minha sorte.
    Combinei com a Filipa que se já estivesse muito perto da hora do voo ia ter diretamente à porte de embarque.
    A hora e meia a seguir foi sempre a correr. Fui primeiro ao balcão da turkish airline, a companhia com a qual voamos. Depois de pressiona-los acabaram por ligar ao perdidos e achados que aparentemente confirmou que tinham o meu telefone. Mas isso implicava sair do aeroporto internacional, pedir um visto e ir até ao terminal de voos domésticos. Teria tempo? Segundo eles sim, se fosse rápido.

    O problema começou logo no visto, não podia pagar com cartão e também não tinha dinheiro. Felizmente o multibanco não era longe. Paguei 25 € fiquei com um carimbo no passaporte e agora só tinha que passar o controlo de passaporte.
    Foram 15 minutos a pedir a cada pessoa que me deixasse passar com um papelinho a dizer "Lost and Found" para parecer mais credível, como os mendigos que ando com um bilhete a dizer "Homeless".
    Uma vez cá fora tive que correr até ao terminal de voos domésticos. A meio da corrida já ia sem folgo, com a boca seca, mas o tempo passava e não podia abrandar. Uma vez lá, tive que pedir ajudar a mais não sei quantas pessoas. Uma senhora que também tinha perdido um computado acabou por encontrar um telefone fixo com o número para o qual teríamos que ligar para alguém nos vir buscar.
    Ela teve mais sorte que eu, foi se embora com o computador, já eu, tive mais 10minutos a olhar para o tempo a passar e nada, supostamente já tinham inspeccionado duas vezes o avião sem encontrar nada. Com isso tudo já tinha menos de uma hora e meia para o voo.
    Depois de mais umas corridas passar novamente a segurança, cheguei à porta já estavam a embarcar, com menos dois kg, menos 25€ e sem telefone.
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