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  • Day 6

    Ciudad Perdida

    December 1, 2017 in Colombia ⋅ ⛅ 28 °C

    Fomos finalmente conhecer a Cidade Perdida. Afinal o acampamento ficava a 1km, mas nada é dado de graça, temos mais 1200 degraus para subir, degraus pequenos, íngremes e escorregadios. Claro que no regresso muita gente escorregou. 

    A Cidade Perdida tem vários patamares/níveis, em que quanto mais se sobe mais importante eram as pessoas que aí viviam. Hoje em dia, sobram apenas os círculos de perdras, dentro das quais construíam as casas de madeira e folhas de palmeiras. 

    A cidade Perdida, Teyuna, começou a ser construída no século  VIII e demorou 300 anos a ser construída.

    Foi construída por indígenas que vinham da América Central. Este povo que venera o sol (Sarancua), acreditava que essa localização era o centro do universo.

    Sarancua, depois de ter tido 3 mulheres  inférteis, uma branca, uma amarela e uma vermelha, encontrou uma preta com quem teve muitos filhos. As mulheres de Sarancua representam a terra, e preta é a cor da terra na cidade Perdida. 

    Viviam aqui 2 700 pessoas, um sítio rico em ouro que acreditavam ser sagrado e com os quais faziam muitos objetos e bijutaria. 

    No século XVI, quando os espanhóis chegaram a Colômbia, os indígenas trocaram peças de ouro por utensílios que os espanhóis trazia, que por falta de conhecimento achavam valiosos. 

    No entanto, a ganância do espanhol, trouxe os de volta para explorar o ouro, o que criou conflitos com os indígenas que acreditavam ser um recurso sagrado. Durante os conflitos muitos indígenas foram escravizados e outros fugiram, deixando a cidade abandonada. 

    Quando um indígena morria era enterrado por debaixo da sua própria casa com todo os seus pertences em ouro, pelo que mesmo depois de ser abandonada, esta cidade tinha muitos tesouros escondidos. 

    Em 1973, quando a cidade foi reencontrada, muita coisa foi roubada e vendida no mercado negro. Claro que onde há dinheiro, há conflitos e muitos deixaram a vida pela ganância, ao ponto da cidade passar a ser chamada de Green Hell. 

    Foi reabilitada e aberta ao público em 1976. Na altura não havia acampamentos fixos e os turistas traziam as próprias tendas para acamparem na Cidade Perdida. Devido ao caos provocado pelos turistas acabou por ser fechado ao público pelos indígenas, o que obrigou a 2 anos de negociações para ser reaberto. Na verdade, muitas empresas estrangeiras gostariam de explorar o ouro dessa área. Mas com o turismo, esta minoria ganha força para lutar contra a destruição do território. 

    No meio de tantos conflitos que este país teve, as F.A.R.C. também andaram por estas terras devido ao elevado número de plantações de coca na região e em 2003, chegaram a sequestrar 8 turistas de vários países durante 1001 dias. 

    Uma história negra e cheio de sangue para um sitio com tanta energia e uma vista imponente. 
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