Varsóvia num dia

Acordei eram quase 11h, a Joana e o Faban tinham ido às compras, comprar um casaco para a Joana que não trouxe nada para combater o frio polaco.
Regressaram uma hora e meia mais tarde com um saco da Zara na mão, já nós estávamos na rua à procura de um sitio para comer.
O Ricky não se conteve de fazer bullying à Joaninha que acabou por se convencer que o casaco não era adequado para o frio. O mesmo saco andou a passear o dia todo por Varsóvia, e voltou para a loja às 20h30 quando passamos em casa buscar mais agasalhos, mas voltou intacto.

Tomámos o pequeno almoço com bagels, panquecas, ovos de todas as maneiras e uns sumos naturais no Bulke, perto de casa. Um espaço muito agradável com recantos e pequenas salas aconchegantes.

Seguimos para o centro histórico, a caminho o cheiro das milhares de flores enche as ruas apesar de estarmos em Setembro. Junto ao palácio real, subimos um terraço para ter uma vista panorâmica sobre a cidade. Pouco depois estávamos à frente do palácio central a beber uma cerveja e comer batatas fritas, à espera da freetour das 16h.

Aí descobrimos que o centro histórico é património da UNESCO, não pela sua antiguidade, porque foi praticamente destruído na sua totalidade durante a segunda guerra mundial, mas porque foi reconstruída mantendo a arquitectura tal como estavam antes de ser destruída.
Aprendemos sobre a história da Polónia, as diferenças entre Cracóvia e Varsóvia, passámos à frente da casa museu onde nasceu a Marie Curie que descobriu à radioactividade e ganhou dois prémios Nobel em áreas diferentes.
O pianista polaco, Frédéric Chopin, que morreu em França ao 39 anos, tinha como desejo que lhe fosse retirado o coração, com medo de ser enterrado vivo. O coração foi removido, colocado numa urna de cristal cheia de cognac e enviado pela irmã para Varsóvia, hoje encontra - se atrás de uma parede de pedra na igreja de Santa Cruz.

Aprendemos também a reconhecer um polaco na multidão:
1. Todos têm bigode a partir dos 50.
2. Todos andam com os sapatos sujos mesmo quando estão bem vestidos.
3. Em vez de usarem mochilas, preferem andar com um sacos das compras de uma marca dee luxo, chamada a "Polish briefcase" .
4. Se perguntares a um polaco que acabaste de conhecer, como está, vai te dizer logo que está tudo mal, por mil e umas razões. Passado 3 horas são os melhores amigos, passado de 5 horas, és convidados para jantar em casa dele e serás alimentado até morrer, não há como dizer que não, ou estou cheio, porque não vai entender e vão trazer ainda mais comida.

Depois da freetour, seguimos uma recomendação do guia para comer dumplings (tipo raviolis) no Zapiecek, que apesar de ser conhecido como um prato típico, tem na realidade influência de muitos outros países a volta.

Antes de jantar no Beirut, ainda passámos no gueto judeu, onde viveram mais de 300 mil judeus, mas apenas 20mil sobreviveram. Pouco ou nada sobrou deste bairro por isso pouco ou nada vimos.Read more