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  • Day 15

    Maceió

    December 12, 2021 in Brazil ⋅ ⛅ 29 °C

    Acordamos sempre cedo, porque a maioria das pousadas só tem uma cortina que tapa mal a luz do dia.

    De manhã fomos passear ao mercado de Maceió. Não é propriamente um mercado para turistas e é tudo muito barato. Um cacho de banana era 20 cêntimos, 1kg de tomate 40 cêntimos, para além da incrível variedade de fruta com o cheiro a pairar no ar. Algumas pessoas fazia as suas compras de mota, paravam à frente da banca, faziam as compras sem sair da mota e seguiam caminho.

    Nessa zona da cidade existem muitas casas antigas abandonadas e degradadas. Se estivesse tudo bonito e restaurado teria a sua graça. Mas não deve haver qualquer incentivo para isso.

    Decidimos fazer uma praia urbana, para variar das praias desertas, mas posso dizer que nunca tive uma experiência numa praia com o movimento de pessoas/ comerciantes tão intensa e diversificada como esta.

    Tudo acontece nessa praia. Estávamos a ouvir música ao vivo, queriam ler-me a sina ao mesmo tempo que todo o tipo de actividade comercial e não comercial acontecia a nossa frente.
    Eram um frenesim de pessoas a tentar vender tudo o que podem imaginar, com uns churrasco miniatura faziam espetinho e queijo coalho grelhado. Outros vendiam ostras, lagostas, milho cozido na hora, Caldinho (sopa) de feijão, camarão ou polvo, algodão doce, gelado, açai, rosas, chinelos, óculos escuros, pulseira... Ainda passavam de 10 em 10 minutos pessoas para recolher as latas ou garrafas de plástico que possivelmente vendiam depois.

    No meio disso tudo o nosso vizinho (carioca) ainda tentou uma aproximação quando o Valentim foi a água sozinho:
    - Você é muito inteligente! E o seu namorado é muito ciumento!

    Não sei qual foi a base científica para essas afirmações, mas ele tinha a idade do meu pai e não soube respeitar a relação dos outros.

    No final da tarde fomos fazer um passeio de lancha até às piscinas naturais. Piscinas essas que como quase todas as outras tinha pouca visibilidade dentro de água. Mas o capitão da lancha, que nos deu uma aula de geografia do Brasil, explicou-nos também que isso tinha a ver com a lua. Ou seja na lua cheia é quando a visibilidade está melhor e a maré baixa é menor e todas as piscinas ao longo da costa ficam mais bonitas.

    Depois de todas as cervejas que bebemos durante o dia fomos jantar a um vegetariano, o Ser-Afim e bebemos um a suco de fruta para hidratar.
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