Sierra Nevada 2018

January 2018
A short but fine adventure by Be Read more
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  • Day 1

    Viagem até Sierra Nevada

    January 17, 2018 in Spain ⋅ 🌙 4 °C

    Nunca é uma viagem fácil, depois de 8 horas de trabalho agarrar no carro e fazer mais 8h de viagem, com uma paragem para comer no McDonald's de Sevilha e encher o depósito. Pelo menos paga-se menos 35 cêntimos por litro do que em Portugal.
    Até Sevilha até faz se bem, depois cada km começa a custar. Tentamos passar o tempo com algumas conversas, mas com o cansaço nem as conversas são muito interessantes.
    Em Espanha é menos uma hora que em Portugal e por isso a hora prevista de chegada é 2h30 da manhã hora local.
    Tínhamos recebido uma mensagem do hotel de como ir buscar a chave do apartamento. Mas só percebemos à chegada, depois de descarregar a bagagem, que a chave estaria num cofre a uns kms do apartamento.
    Tivemos que nos dividir. O problema é que apesar de termos a morada não conseguíamos encontrar o cofre. Já não há quase ninguém na rua as 3h da manhã para além de uns bêbados que não conseguiam ajudar e queria à força que fossemos beber copos com eles.
    Fomos pedir ajuda a um hotel que também não ajudou muito para além de indicar um cofre que não seria o nosso. Claro que tentamos o código, ligamos para o contacto de emergência, que nos mandou dar uma volta.
    Mas pelo menos, ficámos a saber que estávamos à procura de um cofre muito pequeno. Na minha cabeça imaginava uma parede cheio de cofres, com um tamanho razoavelmente grande para não passar despercebido. Finalmente encontrámos duas caixinhas mais pequenas do que o meu telemóvel ao lado das quais já tínhamos passado umas quantas vezes, nunca teria pensado que aquilo poderia ser um cofre, era só abrir uma tampa e inserir um código. Voilà!
    Com tanto tempo perdido chegámos ao apartamento às 3h40 e estavam 4 graus.
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  • Day 2

    First Day - As desgraças do Cocharro

    January 18, 2018 in Spain ⋅ ☁️ 1 °C

    Dormimos muito mal, as camas são coladas com fita adesiva e fazem barulho com qualquer movimento. Acordámos com dificuldade as 9h, mas com todos os preparativos, forfait e material para alugar, conseguimos estar nas pistas depois das 11h. Antes de sair de casa os óculos do Cocharro começaram a desfazer se, a espuma caiu, tinha que andar com o plástico dos óculos diretamente na cara. Estava muito calor, uma neve espectacular. Os fixadores do Cocharro foram se desintegrando. Em cada cadeira ficava mais um pedaço. No final do dia, depois de uma cerveja e umas compras, tínhamos que apanhar o autocarro para voltar ao apartamento.
    Quase que não conseguimos apanhar o autocarro, porque uma senhora no corredor não queria deixar as pessoas passarem para a parte de trás do autocarro. As pessoas passaram por ela à força, começando uma discussão muito acesa e de baixo nível. Quando quis passar tentou ocupar o mais possível de espaço para eu não conseguir passar. Quando acabei de passar, com a ajuda de outro passageiro que me ajudou com a prancha. Ela virou-se para mim para perguntar se lhe queria cortar a perna (possivelmente toquei lhe na perna com a prancha). Obviamente que lhe respondi que claro que lhe queria cortar a perna, pelo menos não importunaria as pessoas à volta.
    A senhora sempre no mesmo sitio. Disse me: "eu e tu, lá fora resolvemos o assunto". Não sei se era muita conversa ou se ela era alguma mestre de Krav Maga. Porque ela estava mesmo a oferecer porrada a toda gente no autocarro. Os galhardetes desceram tão baixo, as 10 pessoas na parte de trás do autocarro até cantavam em coro algo como "cabra, cabra,...".
    Quando as coisas já estavam a descontrolar-se, uma senhora pediu para que as pessoas se acalmassem porque ela estava com a filha. Mas não é por isso que não me ofereceu porrada e queria gozar comigo a achar que eu não falava inglês. Quando saio ainda atirou o pau de ski para a porta de trás do autocarro. Ainda bem que o condutor fechou as portas porque os espanhóis que lá estavam, estavam pronto para desfazé-la.
    A bota do Cocharro começou a dar de si, a sola separou-se do resto, ao andar quase que se vê a meia. Chegámos ao apartamento e ele recebe o orçamento da mota que estava no mecânico. Quase que mais vale comprar outra tanto é o valor do arranjo.
    Quando mais tarde quis ir à casa de banho a porta não abria. Já ninguém da recepção atendia para ajudar. Já pensávamos que teríamos que fazer chichi no lavatório da cozinha.
    Felizmente BeQueenMacGyver chegou com uma saca rolhas e salvou a situação.

    A técnica para dormir hoje é levantar as camas e pôr os colchões no chão.
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  • Day 3

    Second Day

    January 19, 2018 in Spain ⋅ ☀️ -2 °C

    Apesar de querermos começar a surfar cedo, tínhamos que mandar arranjar as botas do Cocharro e trocar as botas do Valentim que lhe estavam pequenas.
    Apanhámos um pouco de mau tempo pela manhã, com péssima visibilidade, mas mesmo assim e como já tinha a certeza, o meu sobrinho ultrapassou-me no snowboard. O minha velocidade máxima foi de 74km/h, mas ele atingiu os 76km/h, superou em tudo, é a energia dos 16 anos.
    Ainda passamos por um tuga que devias ter a bota descolada como a do Cocharro, mas não quis gastar dinheiro e colou a bota toda com fita adesiva... Estava impecável e não pagou os 20 euros pela cola.
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  • Day 4

    Third Day

    January 20, 2018 in Spain ⋅ ⛅ 1 °C

    Começamos o dia com uma queda espalhafatosa do Cocharro, escorregou no gelo com a prancha na mão.
    Apesar de não começarmos muito cedo, porque ninguém conseguiu acordar cedo, ainda fizemos uma 37km de pistas, uns quantos saltos e corrimões.
    A goPro do nosso amigo Cocharro não quis trabalhar hoje, por isso não há filmagens para ninguém.
    Já temos receio que ele toque nalguma coisa, para não avariar.
    Somos abençoados por mais um pôr-do-sol ao chegar ao apartamento.
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  • Day 5

    Las Day

    January 21, 2018 in Spain ⋅ 🌙 0 °C

    Este é o dia da despedida, é o que da superação.
    O miúdo que começou a andar quando tinha 8 anos, hoje já é um grande atleta. O ano passado ainda, ia me mordendo os calcanhares, queixando-se que eu não travava, hoje sou eu que não o consigo apanha-lo.
    Disse-lhe que não ia atingir os 80km/h e não descansou até chegar acima dessa velocidade. Claro que com a energia de um adolescente, sem medos nem bloqueios que vêm posteriormente evoluiu sem limitações.
    Tem 16 anos e já ninguém o apanha, só quer é ir para os Alpes connosco.
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