• Brasil, Rio de Janeiro 2

    August 1, 2018 in Brazil ⋅ ⛅ 20 °C

    O dia começou cheio de sol! Sete da manhã e a praia estava maravilhosa com a temperatura ideal. Um passeio pelo calçadão até ao forte de Copacabana, com um encontro com Carlos Drummond de Andrade e Dorival Caymmi pelo caminho, deu para perceber como é o Rio - a pulsar de vida e de agitação, mas com um movimento lento, parecido com o bater das ondas do mar. Sem pressa, com doçura.
    À tarde escolhemos ver a cidade na companhia de um carioca de gema com a companhia de tours Be a Local. Mas o tempo decidiu mudar e foi alterando as suas caras, passando do nublado ao nevoeiro que a seguir virou chuva. Ainda assim, o Rio visto do morro de Santa Teresa ao descer do Corcovado é magnífico! Dá para perceber porque é que os portugueses aqui se encantaram e por cá ficaram. Como dizia Alex, o nosso guia Carioca: “Água, fruta e tanta mulher descascada... que mais poderiam os marinheiros querer?” Subimos a escada decorada pelo artista Chileno Jorge Selaron que deve ter servido de inspiração às escadas em Águeda. Estas revestidas a mosaicos amarelos e verdes - cores do Brasil - e enriquecidas pelos azulejos que foram sendo dados por pessoas de todo o mundo. É um tributo a um amor que cedo terminou com a morte da morena por quem se enamorou e do filho que trazia no útero. Viveu no Rio até à sua própria morte, com o seu estilo bizarro lembrando um Dali de bigode mais farfalhudo de havaianas e calções vermelhos, referindo-se a si próprio como se fosse um Ferrari.
    A catedral do Rio de Janeiro, na Lapa, é desconcertante no seu exagero de dimensões e arquitetura. Parece um sino gigante que precisou, no entanto, de ter uma torre sineira externa! À sua volta encontram-se os edifícios principais das finanças do Rio de Janeiro e a circundar esta mini zona financeira estão os sobrados do Rio de Janeiro, que mais não são do que edifícios ao estilo lisboeta dos séculos XVIII-XIX. Alexandre lembra que na época se usavam os penicos e que, de manhã, se deveria gritar “Água vai!” ao lançar os dejetos pela janela... comum também em Portugal na mesma época. Acabámos por não visitar o Pão de Açúcar. Também este, à semelhança do Cristo Redentor, estava coberto de nuvens e nada daria para ver da panorâmica sobre a cidade. A chuva perdurou forte até ao fim do dia... desta vez, obrigou-nos a comer na cantina italiana ao lado do hotel.
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