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  • Day 15

    Chile, Ilha de Páscoa 1

    August 12, 2018 in Chile ⋅ ⛅ 20 °C

    Já chegámos depois do almoço e imediatamente sentimos a diferença de temperatura e a humidade. Uma ilha longe de tudo com clima subtropical. Podem ver-se os abacateiros, as goiabeiras e as mangueiras por toda a ilha. Caminhámos em direção ao mar e desembocamos no pequeno porto de pescadores onde vemos o primeiro moai. Pequeno, mas altivo está virado para o mar. Só sete estão virados nesta direção. Tomam conta dos navios que aproximam, como sentinelas. Os restantes estão virados para terra para garantir a segurança dos seus. Era uma civilização virada para o culto dos ancestrais. Por baixo dos moai estão os ahu, que mais não são do que o local de descanso dos ancestrais. As estátuas são feitas da pedra retirada da cratera do vulcão Ranu Raraku. Estranhamente, eram esculpidas diretamente na crista do vulcão é só depois eram cortadas e transportadas para os locais de culto. Foi assim, neste transporte, feito com as palmeiras autóctones, e na construção de embarcações, que dizimaram toda a floresta e deixaram a ilha entregue aos elementos. A erosão é visível.
    Mas estava a falar do porto de pesca. Foi aqui que vimos as nossas primeiras tartarugas gigantes. Um velho pescador, com uma visível paixão por elas, anuncia a sua presença a todos que se aproximam. Diz que há muitas e que a maior mede um metro e sessenta e cinco. Não sei qual vi, mas pareceu-me imponente na sua aparente lentidão que não nos dá tempo para tirar uma fotografia logo à primeira.
    Depois desta surpresa, caminhámos em direção ao complexo arqueológico Tahai. Aqui começa a aumentar o tamanho das estátuas. Não é possível caminhar por entre elas. São sítios cerimoniais e é como se pisássemos solo sagrado. Para além disso, anunciam-nos que o material de que tudo é feito é frágil - é rocha vulcânica com todas as características que lhe estão associadas. Maravilhamo-nos com a dimensão de tudo. Com o verde e azul intensos da ilha e com a imponência destas caras sérias que verdadeiramente parecem estar de sentinela. Passamos também pelo cemitério de Hanga Roa, a capital, e também aqui as diferenças são muitas. As cruzes praticamente não existem, mas há esculturas de madeira e pedra a embelezar as campas.
    A vida é muito cara em Hanga Roa. O preço médio de um prato de comida ronda os vinte e cinco euros, mas os “completos” - cachorros quentes com molho de abacate e tomate fresco picado com cebola - ou as empanadas e fajitas de polvo, atum, camarão são deliciosas e a preços razoáveis.
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