Fim do dia a ver o Spree

Depois daquela visita pesada ao memorial do holocausto decidi ir até outra parte da cidade e ver o East Side Gallery, a maior extensão e perfeitamente preservada do muro. Andei pela rua paralela ao muro, atolada de turistas, e felizmente consegui tirar uma foto à foto do beijo socialista quando uns turistas estavam a revesar a sua vez para tirar foto em frente a ele. É uma galeria de arte a céu aberto, com o trabalho de imensos artistas a cobrirem os mais de 3 km do muro. Descobri que a Rita Lee estava em Berlim quando o muro caiu e fiquei pasmada, parece que ela viveu 30 vidas. Depois sentei-me numas escadas a ouvir uma moça a cantar, enquanto via o sol a desaparecer no horizonte do Spree. Tinha os pés todos inchados e cheios de dores por ter caminhado tanto. Decidi ir para casa. Para isso, atravessei a Oberbaumbrucke, que a minha irmã me tinha dito ser super perigosa. De dia foi bastante tranquilo, apesar de sim, ela estar cheia de sem abrigos. É uma ponte bonita, e a parte central dela é feita de metal, em contraste com os seus tijolinhos vermelhos, porque foi destruída nos bombardeamentos da segunda guerra mundial. Agora que penso, há muitos monumentos com tijolinhos vermelhos em Berlim, vibe meio flup, deve ser por isso que gosto tanto da cidade. Enquanto ia para o autocarro passei pela embaixada de Angola e decidi tirar foto, não sei porque. Fui para casa, tomei um banho e fiz o jantar, massa com frango e molho de tomate. Liguei aos meus pais e dormi, porque estava exausta.Читать далее