• Day 3

    Sachsenhausen

    July 14, 2024 in Germany ⋅ ☀️ 21 °C

    Bem, domingo de manhã decidi levantar me bem cedo e ir até Oranienburg, para visitar o campo de concentração de Sachsenhausen. Comprei o almoço na estação e fui. Depois do comboio tive ainda de apanhar um autocarro para ir para lá. E depois caminhei 20 minutos sozinha, no meio de casinhas super queridas, super alemãs, ruas silenciosas e cheias de sol. E depois cheguei. Ao início nem estava a entender que era ali, porque a entrada é estranha, um portão meio aberto, entrei e comecei a ver mais pessoas. Tinha um pequeno museu sobre o campo, e depois segui por um corredor no meio da floresta. Até que cheguei às portas do campo. As portas dele havia um memorial aos mortos lá na floresta, cheio de lápides que comemoravam aqueles que lá foram mortos. Havia também uma casa cheia de vitrais, um monumento contra o fascismo. E depois a porta de ferro com as famosas palavras: "Arbeit macht Frei'. Entrar lá foi estranho, um arrepio subiu-me a espinha e um desconforto acumulou-se na minha coluna. Parecia que nem dava para respirar direito lá. Visitei tudo. As barracas que metade estavam perfeitamente preservadas e outra metade tinha exposições que explicavam a vida no campo. A prisão dentro do campo. A forca. A enfermaria onde se realizavam experiências médicas sem o consentimento dos pacientes. As câmaras de gás. Sachsenhausen funcionou desde 1936 até 1945 como campo nazi, principalmente como campo de treino para os membros das SS, que iam lá para aprender o que fazer quando fossem enviados para outros campos. Depois da guerra foi até 1950 um campo soviético, um acampamento especial. De 1936 a 45 morreram lá 50 mil pessoas, incluindo um dos filhos de Estaline. A operação Bernhard foi feita lá, em que os nazis obrigaram os judeus a produzir milhares e milhares de dólares e libras esterlinas. Diz se que na altura chegaram a produzir 4 vezes o valor dos cofres ingleses. Mas isto não estava mencionado em lado nenhum do campo. Contudo os horrores sofridos por polacos, judeus, homossexuais, opositores do regime e ciganos estava. Foi uma experiência importante, eu sinto. É importante relembrar os horrores que aconteceram para evitar que se repitam. Estive lá dentro quase 4 horas e depois voltei para apanhar o autocarro.Read more