• Alemanha, urbana e campestre

    Oct 16–18 in Germany ⋅ ☁️ 12 °C

    Entre ontem e hoje passeámos por cinco dos dezasseis estados federados da Alemanha, percorrendo paisagens de grande contraste entre o rústico e o fortemente industrializado, o urbano e o rural, o antigo e o moderno.
    Fomos até Nienburg (cidade que fica entre a gigante Hamburgo e Hannover) para almoçar na casa de uma querida amiga que conhecemos no Vietname em 2020 e que não víamos desde que ela nos visitou no Torrão, no ano seguinte — ela cozinhou um Thai chicken curry para nós e depois ficámos à conversa; foi tão bom que mais parecia que estamos juntos muita vezes.
    Continuámos a viagem e, como o dia estava cinzento e chuvoso, fizemos poucas paragens (na verdade, percorremos quase 600 km). Acabámos por ficar a dormir junto a um palácio barroco, num parque de estacionamento com muitas árvores e canteiros que o Boni andou a explorar.
    A manhã hoje acordou ainda chuvosa mas isso não impediu que nós fossemos conduzindo até à primeira paragem: a pequena cidade de Tauberretersheim, que deve ser muito antiga, a ver pela velha ponte de pedra, e onde há uma padaria que fabrica um pão de trigo escuro que quase parece uma broa.
    Ao contrário de ontem, hoje sucederam-se, umas atrás das outras, paisagens rurais com pequenas aldeias e vilas rústicas com tantos carros como tratores e, entre elas, enormes campos de cereais e pomares de macieiras.
    Parámos algum tempo na cidade vinícola de Röttingen, repleta de relógios-de-sol, que tem várias torres com muralhas a toda a volta e muitas casas de enxaimel — contrastando com as antenas de TV e os cabos de eletricidade ‘espetados’ nos telhados. Ah, e foi aqui que descobrimos um sinal ‘feminista’ que nunca tínhamos visto antes :) Comprámos uma garrafa de vinho da região a um dos produtores e seguimos caminho… ora, temos um bom pão e bom vinho mas falta-nos um bom queijo! Toca de procurar uma quinta biológica nos arredores e lá fomos nós até Ochsental, uma localidade tão pequena que nem aparece nos mapas; demos facilmente com a casa do produtor mas não vimos vivalma; tocámos à porta, chamámos, mas nada. Demos com dois dos seus vizinhos mas não foram grande ajuda porque não falavam uma palavra de inglês… até que descobrimos uma cabana junto à estrada, repleta de produtos para quem se quiser aviar, e uma caixa para se deixar o dinheiro e indicações para se transferir o pagamento, se o cliente preferir.
    Feitas as compras (que foram, obviamente, mais do que o queijo que ali nos levou inicialmente), voltámos à estrada e ‘descemos’ ainda um pouco mais para sul.
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