• Paladar Lisboa motorhome

Destino surpresa!

Para celebrar os 50 anos, o Cédric resolveu ‘raptar’ a Patrícia e o Boni para fazerem uma viagem memorável… mas só ele é que conhece a rota e o destino final. En savoir plus
  • Début du voyage
    15 septembre 2025

    Lisboa - Torrão - Oriola

    15–16 sept., Portugal ⋅ 🌙 24 °C

    A primeira paragem desta viagem foi o Torrão, para uma visita surpresa à Mãe do Cédric ;)

    Mas, pelo caminho, descobri que a viagem vai ter duas partes: a primeira em que o Cédric vai fazendo etapas diárias de uma ‘volta’ de bicicleta por ele imaginada (e eu sou o carro de apoio eheheh) e, a cada dia, ele diz-me onde é que nós nos encontramos… e uma segunda parte em que ele se supera e viajamos juntos a todo o tempo — sem eu saber a rota ou o destino final, porque essa surpresa vai manter-se 😝

    Descobri também que, na primeira parte da viagem, vamos fazer duas pegadas - uma para o percurso de bike e outra para as aventuras com a Cali!

    E hoje foi assim, a primeira etapa começou no Torrão onde o ciclista se equipou e percorremos o caminho até à recém inaugurarada praia fluvial de Oriola.
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  • 1a Etapa - Torrão / Oriola

    15 septembre, Portugal ⋅ 🌙 23 °C

    Dei início à aventura no Torrão já o dia ia longo. Estava muito calor e algum vento mas, ainda assim, pedalei tranquilamente até Oriola. Amanhã há mais mas vou começar logo cedo.

  • Oriola - Badajoz

    16–17 sept., Espagne ⋅ 🌙 29 °C

    Acordámos muito cedo, o Cédric para se fazer à estrada pela fresquinha e eu porque dei conta dos preparos dele antes arrancar.
    Bebi um daqueles cafés fantásticos que trouxemos da Delta na última viagem (este é da Nicarágua) com a vista magnífica em pano de fundo. A praia de Oriola estava formidável, absolutamente convidativa para fazer uma coisa que eu adoro: ler na praia!! Mas temos um gato 🐈‍⬛ e não um cão, e ele não gosta particularmente de praia… além de que, como não vai à água, rapidamente fica de boca aberta com o caloraço que se faz sentir por estas bandas (37°C) por isso fizemo-nos à estrada e seguimos as instruções do Cédric para nos encontrarmos já em Espanha.
    Tempo para uma curta paragem em Elvas e lá seguimos até Badajoz. Aí chegados, arranjámos umas árvores altas para estacionar a Cali e por aí ficámos o resto do dia - cortei o cabelo ao Cédric, dormi uma sesta, fizemos o jantar… até parece que estamos de férias 😂
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  • 2a Etapa - Oriola / Badajoz

    16–17 sept., Espagne ⋅ 🌙 29 °C

    Logo pela manhã estava em pulgas para montar a bicicleta e arrancar, ainda o sol estava a nascer. Surpreendente, tive que vestir um casaco porque estava fresquinho, apesar de hoje se esperarem temperaturas bem altas.
    Os primeiros 30km pedalei tranquilamente, sem a preocupação de furar um pneu mas, a partir daí, estive sempre em sobressalto devido ao mau estado das estradas e aos buracos quase maiores que a bicicleta.
    Mais ou menos a meio do percurso parei para me alimentar e hidratar e, agora sim, o quente sol já me mordia a pele.
    Cheguei a Badajoz pelas 13h e tudo correu bem.
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  • Badajoz - Coria - Santillana del Mar

    17–19 sept., Espagne ⋅ ☀️ 23 °C

    Ontem o Cédric arrancou de bike bem cedo e deixou-me indicações para nos encontrarmos perto de uma represa, em Arroyo de la Luz. E lá fomos nós (o Boni e eu), deixando o bulício de Badajoz para trás, passeando estrada fora até ao ponto de encontro.
    Lá chegados, procurámos uma árvore mais alta para estacionar a Cali à sombra (porque o calor - mesmo à sombra - é quase insuportável dentro de um carro), brincámos e enquanto o Boni dormia a sesta, desenhei e li.
    O Cedric chegou e esteve por ali um pouco connosco mas, pouco depois, decidiu que queria fazer mais uns quilómetros na bike… decidiu novo ponto de encontro, num parque em Coria, e lá arrancou pedalando.
    Na província de Cáceres quando faz calor é sempre medonho e na verdade só amaina quando o sol se põe, lá para as oito e picos, por isso este passeio não foi agradável mas a alternativa de ficar ali parqueada à sombra igualmente a torrar com o calor, não era melhor…
    Quando nos encontrámos de novo em Coria ele estava tão cansado (e ficou mal-disposto com a água gelada que bebeu) que foi logo para a caminha dormir e nem jantou.

    Decidimos que era melhor fugir ao calor e rumar a norte… e hoje o Cédric não pedalou! Até me aliviou um pouco a condução e levou a Cali durante um par de horas (nesta viagem ainda só tinha conduzido entre Lisboa e Águas de Moura!!). Claro que continuei sem saber o percurso ou qual destino final, mas 500km depois, sei que estacionei nesta pequena vila, lindíssima, a 2km do Museu de Altamira - amanhã já tenho programa 😝 - e que jantámos num restaurante bem catita. Ah, e a temperatura por aqui é bastante mais convidativa.
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  • 3a Etapa: Badajoz - Coria

    17 septembre, Espagne ⋅ ☀️ 36 °C

    De manhã, quando acordei, pus o pé fora da Cali e percebi que o dia ia ser duro. Às 7h já estava muito calor! Equipei a bike e fiz os preparativos para a alimentação e hidratação (levava 2 bidons de água). Como tínhamos combinado de véspera, ficamos de nos encontrar a 90km dali. E assim arranquei. As estradas eram bastante melhores do que as do dia anterior e fui atravessando as paisagens áridas daquela região.
    À tarde, fiz mais 71 km na dureza do calor. No percurso cruzei-me por várias vezes com paisagens queimadas de fogos recentes na zona de Cáceres, das quais tinha ouvido falar na comunicação social. Aos 50km tive que parar para comprar uma água fresca porque a que levava estava tão quente que mais parecia um caldo. Chegando ao destino tomei a decisão que enquanto estivesse este calor não pedalava mais porque não me estava a divertir.
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  • Santillana del Mar - Jaca

    19–20 sept., Espagne ⋅ ☀️ 29 °C

    O dia amanheceu chuvoso e o Cédric decidiu que não ia andar de bike. E assim, juntos, o passeio foi melhor ♥️
    Claro que era inevitável para alguém como a Patrícia, que tanto gosta de pedras, fazer uma visita ao Museu de Altamira e à réplica da gruta e das pinturas rupestres e, de facto, aqueles desenhos riscados nas pedras e as pinturas são qualquer coisa de extraordinário! (nós já sabíamos que só é permitido a especialistas o acesso à verdadeira gruta, como forma de preservar aquele património das alterações de humidades produzidas pelo efeito de milhares de visitantes - em 1979, na altura em que encerraram a gruta pela 1a vez, já se registavam mais de 170.000 visitantes)
    Regressámos à pequena cidade medieval pela trilha arborizada e até apanhámos umas folhas de louro para os temperos. Apesar de ter bastante turismo, mantêm-se muito bem preservada, impecavelmente limpa e acolhedora, com muitas torres e casas ainda em madeira.
    Mantendo sempre segredo sobre o destino da viagem, voltámos à estrada apontando aos Pirinéus; hoje vamos ficar em Jaca - que já conhecemos de outras viagens - e amanhã logo se vê!
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  • Jaca - Gornac

    20–21 sept., France ⋅ ☁️ 26 °C

    Antes de sairmos de Jaca atestámos a Cali porque preços de gasóleo assim não há para lá de Espanha.
    Entrámos em França atravessando o enorme túnel em Canfran (que nos poupa as penosas subidas dos Pirinéus), percorremos as estradas sinuosas, muito arborizadas e com um piso impecável, até que o Cédric partilhou um dos destinos de hoje: uma quinta familiar, gerida por 2 irmãos (um deles também chamado Cedric) onde fazem uns queijos fantásticos, que já conhecemos… aliás, faz pouco mais de 1 mês que ali estivemos 😃
    Depois de rechearmos o frigorífico, partimos rumando a norte, desta vez para um novo destino surpresa: a pequena quinta onde um pai e 2 filhos fazem produção de aves (que alimentam com o milho que também ali plantam) e, também não faz muito tempo que ali estivemos para, tal como hoje, comprar umas iguarias de pato e derivados.
    O Cédric decidiu que hoje também não ia andar de bike e fomos seguindo para norte até darmos conta que estávamos relativamente próximos de um cunhado que veio recentemente trabalhar para França - ligámos e acabámos por lhe fazer uma visita relâmpago num encontro que nos soube mesmo bem!!
    Para acabar o dia procurámos um parque simpático, fizemos mais um jantar supimpa e vamos descansar porque amanhã a aventura e o mistério do percurso e do destino surpresa continuam!
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  • Gornac - Treigny…

    21–22 sept., France ⋅ 🌧 14 °C

    Acordámos de madrugada com uma senhora trovoada, daquelas em que fica a dúvida se o que pede mais respeito são os raios que caem a pique na paisagem ou os trovões que ficam ribombar em eco nas montanhas… lindo!
    De manhã arrancámos ainda com a chuva miudinha, depois de limpar a cassete e de largar águas cinzentas (não precisámos de água potável); a direção foi nordeste mas o destino, claro, foi surpresa!
    Fomos atravessando França, em diagonal, apreciando as paisagens que passavam gradualmente de florestas a searas, fugindo às grandes cidades mas passando em vilas e pequenas aldeias. Acabámos por parar numa delas, com o ‘aristocrático’ nome de Treigny-Perreuse-Sainte-Colombe e com um parque de auto-caravanas simpático.
    Depois do Boni passear e brincar lá fora, tempo para um jantar vegetariano (hoje foi tomatada de brócolos e courgete), acompanhado do vinho branco que nos ofereceram ontem na quinta dos patos eheheh
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  • Treigny - Raucourt et Flaba

    22–23 sept., France ⋅ 🌧 12 °C

    Arrancámos de Treigny a meio da manhã porque nos apeteceu ficar um pouco mais na preguicite. Seguimos em direção NE mas o destino era, uma vez mais, desconhecido…
    Parámos em Vézeley, que faz parte da lista das mais belas aldeias de França e que parece um presépio que se amontoa colina acima, coroada com uma enorme igreja - é a Basílica de Santa Maria Madalena, património da Humanidade que nos recebe com uma longa nave central romana, construída de 1120 a 1140, à qual foram depois acrescentadas o nartex, também romano de 1145 e o deambulatório gótico (1145-1215)… por altura em que, numa zona afastada da Península Ibérica, um conde francês se zangava com a mãe e inventava Portugal.
    Começou a chover quando regressávamos à Cali e já não parou mais… resolvemos que o dia só estava bom era para fazer caminho. E assim viemos andando e só parámos quando achámos que era tempo de descansar e jantar — ao que parece, estamos às portas do Luxemburgo e da Bélgica mas não sei se o Cédric amanhã não troca as voltas. 🤔
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  • França - Bélgica - Alemanha

    23–24 sept., Belgique ⋅ ☁️ 12 °C

    Ontem ficámos muito perto da fronteira de França com a Bélgica, por isso hoje foi só um ‘saltinho’ para mudar de país.
    Ficámos impressionados com o tráfego de pesados de mercadorias a circular pela estradas belgas e alemãs, e pela velocidade do TGV que passou, por duas vezes, junto ao sítio onde parámos para almoçar (o Boni, que estava na relva a esticar as pernas, fugiu logo para dentro da Cali 😂).
    Atravessámos ‘um cantinho’ da Bélgica, a caminho da Alemanha, que também esperamos atravessar sem grandes demoras porque, segundo já percebi pelo nosso trajecto até agora, o destino onde vamos celebrar o aniversário do Cédric é um dos países nórdicos… não sei qual , mas não há tempo a perder, sexta-feira é o grande dia e está aí à porta!!
    Na viagem de regresso, se nos apetecer, ficamos um pouco mais por estas paragens e, quem sabe, talvez até tenhamos tempo para visitar alguns amigos.
    Hoje ficamos num parque simpático, já muito perto de Hannover, jantamos, lemos um pouco e descansamos.
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  • Hagenburg

    24–25 sept., Allemagne ⋅ ☀️ 17 °C

    Ontem, quando finalmente estacionámos, já tinha escurecido e nem nos apercebemos que o local era um parque muito bonito, com um lago, trilhos, ciclovias, zonas de desporto e uma espécie de quinta biológica, com galinhas, cavalos e pássaros. Hoje amanheceu um dia cheio de sol quando nos pusemos a caminho do destino surpresa… das duas uma: ou ficávamos por ali ou íamos para norte, para a Dinamarca 🇩🇰 Vingou a última mas tínhamos ainda que percorrer alguns quilómetros, incluindo passar junto a Hamburgo e ao enorme porto, o que não assusta porque na Alemanha é tudo auto-estradas (grátis) e túneis e 4-5 faixas.En savoir plus

  • Ribe

    24 septembre, Danemark ⋅ ⛅ 15 °C

    Não demorou muito a chegarmos à Dinamarca. As primeiras impressões é que é tudo muito amplo, imaculadamente limpo, casas baixas, tudo muito verde, cheio de ciclovias e onde toda a gente circula devagar e cumpre as regras…
    Apontámos à histórica cidade de Ribe, a mais antiga do país — fundada por vikings no século VIII — que é hoje uma pacata localidade que mantém a arquitetura ancestral, incluindo a tradição de pintarem as portas. Apesar de algumas casas já estarem muito ‘tortas’ ainda acolhem a gente que lá mora (não vimos nenhuma ao abandono). Ninguém prende as bicicletas aos postes e até as encomendas são deixadas no chão, à porta, e ninguém rouba!
    Ficámos num ótimo parque de auto-caravanas às portas da cidade e amanhã logo se vê :)
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  • Strömsnäsbruk

    25–26 sept., Suède ⋅ ⛅ 13 °C

    O dia acabou em pleno, num parque fabuloso junto a um lago… mas já lá vamos.
    Arrancámos a meio da manhã e percorremos as estradas em direção a Este, deixando a península continental (Jutlândia) para passar, primeiro, para a ilha de Fiónia e depois entrar na ilha maior (Zelândia) percorrendo a ponte, chamada de “Big Belt”, que é uma enormidade com quase 7km, e um vão de 1 600 metros… ah, e tem uma portagem que é igualmente generosa!
    Continuámos caminho mas, para deixar a Dinamarca e entrar na Suécia, tivemos que tomar a (difícil) decisão de não fazer a passagem da ponte maravilha (Øresund) e atravessá-la só no regresso, ou numa outra viagem porque, ao que parece, estamos a seguir para norte…
    E assim, apanhámos um ferry que em 20 minutos nos fez chegar ao outro lado; (para ‘encolher’ o comprimento da Cali até pusemos a bike lá dentro eheheh).
    Seguimos viagem um pouco mais para norte e escolhemos o tal parque fabuloso onde ficar. Fizemos umas compras rápidas, estacionámos a Cali em frente ao espelho de água e passeámos o Boni pela trela (que adorou andar a explorar as redondezas). Quando começámos a cozinhar o jantar, uma senhora que mora numa casa perto ia a passar no parque e, como também tem um gato preto, meteu conversa connosco e, vai daí, conversa puxa conversa, ficou a jantar connosco - foi muito bom partilhar histórias e trocar impressões sobre culturas tão diferentes como as nossas.
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  • Trångfors

    26–27 sept., Suède ⋅ 🌙 12 °C

    O dia está quase a acabar e o sol pôs-se por cima do pequeno lago onde hoje estacionámos e onde vamos fazer o jantar de aniversário do Cédric - 50 anos!
    Por falar em lagos, a Suécia tem-nos aos magotes, e são de todos tamanhos e feitios (desde uns com dezenas de quilómetros de comprimento e largura, a outros com apenas alguns metros), sempre com casinhas à beira de água… bom, casinhas, umas isoladas, outras em aldeias e cidades e até um castelo imponente.
    Até agora, o país (tal como a Dinamarca), é praticamente plano e sem grandes relevos, tem imensa floresta e parques naturais, e tudo parece muito amplo e impecavelmente limpo e organizado - e depois há coisas ‘estranhas’ como o preço do gasóleo ser bem mais barato que em Portugal (-25 cêntimos), ou o pão e outros alimentos que comprámos serem ao mesmo preço ou pouco mais caros!
    A última imagem de hoje é a de um bando de patos a voar para Este… tal como a costa sueca que amanhã vamos percorrer.
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  • Umeå

    27–28 sept., Suède ⋅ ⛅ 9 °C

    Estamos perto de uma cidade grande, chamada Umeå, mas o sítio onde vamos pernoitar fica nos arredores, num ancoradouro junto a uma pequena zona residencial, com vista para um braço de mar da costa leste, a 25 km da Finlândia… isto se fôssemos a nado 😂
    Quando aqui chegámos quase que não deu para apreciar o local — porque, aqui, os dias são bem mais pequenos e o frio acentua-se rapidamente assim que o sol se põe (pelas 18:45h)… mas amanhã, quando o Boni nos acordar (como é seu costume, todos os dias) nós afastamos os ‘black out’ das janelas e vamos ver esta paisagem lindíssima.
    Aliás, o caminho hoje foi quase sempre um intercalar entre as paisagens marítimas e as enormes extensões de floresta, a perder de vista. Pontuando, umas e outras, e sem grandes desvios da estrada que seguíamos, lá apareciam algumas localidades e uma ou outra cidade maior — a primeira foto de hoje é de um edifício notável (Ting1 ) projetado pelo arquiteto sueco Gert Wingårdh para a cidade de Örnsköldsvik.
    Ainda tínhamos esperança de ver uma Aurora Boreal esta noite mas as previsões dizem que é pouco provável… mas vamos espreitando, quem sabe!
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  • Rovaniemi, a residência do Pai Natal

    28–29 sept., Finlande ⋅ ☁️ 9 °C

    Pelo título da pegada já se vê onde é que acabámos o dia… será este o destino surpresa que o Cédric escolheu?
    Ontem acabámos por não conseguir ver Auroras Boreais — apesar do céu limpo, segundo as previsões, parece que estávamos numa latitude que ficava mesmo abaixo da zona onde podiam ser visíveis,… mas pode ser que logo à noite consigamos ver alguma.
    O dia amanheceu invernoso no local onde estávamos na Suécia e quando nos metemos a caminho, o GPS do carro voltava a indicar Norte/Nordeste… o que queria dizer que íamos a caminho da Finlândia!
    Deixámos a Suécia com as suas casinhas monocromáticas ‘tipo jogo do Monopólio’, os cavalos e os carrões clássicos, as paragens de autocarro em forma de guarita, os sinas de trânsito que alertam para passagens de alces ou de ‘snow-mobiles’ e os imensos lagos e cursos de água.
    Entrámos na Finlândia que é, afinal, muito parecida no que toca às paisagens: florestas a perder de vista, lagos e rios. Dirigimos a Cali para Norte e ficámos a 166 km da Rússia… mas não é para lá que vamos, certamente! O nosso destino hoje é a capital da Lapónia, que é também a residência ‘oficial’ do Pai Natal e onde há um parque temático engraçado onde nós nos divertimos como se fôssemos crianças (estava praticamente vazio mas daqui a 2 meses vai estar um caos de gente). Este foi também o sítio onde, literalmente, caminhámos por cima da linha do círculo polar ártico!
    Voltámos à Cali para fugir ao frio (10°C e algum vento) e para jantar… vamos esperar para ver se é hoje que conseguimos ver as ‘luzes do norte’.
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  • Jukkasjärvi - o hotel de gelo

    29 septembre, Suède ⋅ ☀️ 11 °C

    Quando saímos de Rovaniemi tínhamos a possibilidade de ir para sul e conhecer mais da Finlândia… mas não, por incrível que pareça, continuámos a seguir para Norte/Noroeste.
    Saímos da Finlândia mas não da Lapónia. A paisagem é lindíssima, de uma Natureza ainda mais selvagem (vimos renas selvagens, uma corça, um esquilo, entre outros) e florestas com as cores vibrantes do outono e chuvas de folhas amarelas com que, tantas vezes, as árvores nos saudaram! Lindo.
    Voltámos à Suécia, mas agora acima do círculo polar ártico e a direção foi esta pequena localidade conhecida pelo… gelo! 🥶 Em concreto, pelas pistas de gelo selvagens e pelo hotel de gelo que fomos visitar. A sorte é que na receção emprestam aos visitantes umas capas para o frio porque a temperatura, em todo o hotel, oscila entre os -5°C e os -10°C!!
    O hotel é surpreendente e de uma originalidade fantástica: todos os anos convidam artistas de vários países para trabalharem numa das suites (e cada qual escolhe o tema), ou no bar do hotel (em 2025 dedicado à era espacial), usando as águas geladas do rio Torne, que nós já conhecíamos porque é o que serve de fronteira entre a Finlândia e a Suécia.
    Valeu a pena a visita!
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  • Kiruna e as ‘luzes do norte’

    29–30 sept., Suède ⋅ 🌙 8 °C

    Depois do Hotel do Gelo viemos até Kiruna, uma cidade que cresceu em torno de duas minas gigantes de ferro e que, atualmente, tem alguma dimensão - precisávamos de abastecer a Cali e o nosso frigorífico. Pelas ruas encontrámos um trono de granito que serviu para coroar o Cédric como ‘rei dos destinos surpresa’.
    Começava a escurecer e, ao consultar as aplicações com as previsões sobre Auroras Boreais, descobrimos que esta noite havia uma forte probabilidade de as ver… dirigimos a Cali para os arredores, até ficarmos longe da claridade da cidade e, pouco tempo depois, começou a dança das luzes. É um fenómeno fantástico e não há nem fotografias nem vídeos que captem a beleza e a experiência de as ver!
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  • O lago Gálggojávri

    30 sept.–1 oct., Norvège ⋅ 🌙 2 °C

    Ontem adormecemos com a clarabóia aberta, a ver dissiparem-se as últimas ‘luzes do norte’ da noite.
    Hoje de manhã, depois da rotina matinal, voltámos à estrada - até parece que ainda não estávamos suficientemente a Norte, porque foi exatamente essa a direção que tomámos.
    À medida que íamos andando, a paisagem começou a alterar-se gradualmente, passando de planícies com florestas de árvores altas para colinas e montanhas salpicadas de neves perpétuas, com uma vegetação bastante mais esparsa e rastejante, muita típica da tundra ártica.
    O dia esteve novamente lindo, cheio de sol mas aqui, a temperatura máxima que apanhámos foram os 10°C que nos aqueceram numa pausa à beira de um dos milhares de lagos da região — e onde o Boni adorou ficar a brincar, principalmente com um bando de pardais destemidos.
    Depois de almoço atravessámos a fronteira e entrámos na Noruega. Resolvemos não avançar muito mais porque estamos próximos do ponto de partida de uma caminhada que o Cédric quer fazer amanhã. Achámos um parque lindíssimo junto a este lago e por aqui ficámos a relaxar... até ao pôr-do-sol e ao nascer das Auroras Boreais, que hoje ainda foram mais espetaculares por estarmos tão a Norte e por não haver a claridade de nenhuma localidade próxima.
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  • O marco dos 3 países e os fiordes

    1–2 oct., Norvège ⋅ ⛅ 8 °C

    O Cédric iniciou a caminhada pouco passava das 6:30h (e de 1º C) ainda o sol não tinha acordado, apesar do dia já clarear. Logo ao princípio, o caminho tinha muita geada e gelo que se foram dissipando com o passar dos quilómetros, mas as pedras soltas e escorregadias persistiram durante todo o trajeto que implicou, também, atravessar (sem se encharcar) alguns ribeiros de águas límpidas. O percurso linear fez-se atravessando paisagens de uma natureza deslumbrante, até chegar a um marco, que é o ponto onde se juntam as fronteiras da Suécia, da Noruega e da Finlândia, e que fica dentro de um lago chamado Golddajávri. Passaram 8 horas quando regressou e se juntou à Patrícia para continuarem viagem.
    Para onde é que vamos? Ora, continuamos para Norte, claro!
    A estrada por onde seguimos é, provavelmente, a mais panorâmica, mais cinematográfica e a mais
    deslumbrante que alguma vez percorremos! Na primeira parte do trajeto a estrada acompanha o ondular das montanhas imponentes, cobertas de florestas com árvores de folhas amarelas, castanhas e vermelhas, interrompidas por quedas de água em cascatas com muitos metros de altura (várias!) e com os rios que correm lá em baixo. E de repente as montanhas terminam abruptamente no mar e a estrada segue pelos fiordes, serpenteando ao longo da costa, com as montanhas cheias de florestas e neve de um lado, o mar e o pôr-do-sol do outro…
    Hoje vamos dormir no pontão de uma pequena localidade piscatória (Sørkjosen) e estacionámos a Cali bem de frente para o mar para ver as Auroras Boreais mas elas pregaram-nos a partida de aparecerem a sul, por cima das montanhas que as esconderam…
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  • A região de Alta e os petroglifos

    2–3 oct., Norvège ⋅ ☁️ 5 °C

    Afinal esta viagem não tem um destino surpresa, tem muiiittttoooossss!

    O dia amanheceu pleno de sol e o caminho pela E6 continuou lindíssimo, com mais paisagens de fiordes tão deslumbrantes como as que vimos ontem.
    Claro que estando por estas bandas, era impensável não ir visitar o Museu de Alta e ver, ao vivo e a cores, as centenas de desenhos da Idade do Bronze, gravados nas pedras à beira-mar (são uma antiga mas profunda paixão da Patrícia e serviram de inspiração para um vasto corpo de trabalho que ela fez em 2019)…
    O museu conta-nos a história desses homens e mulheres que desenhavam nas pedras, dos povos Sami e da sua cultura, das invenções e dos cientistas que mapearam as ‘luzes do norte’, entre outras coisas.
    Como sabemos que o tempo vai mudar e vamos apanhar chuva e ventos fortes durante um ou dois dias, resolvemos não ir ao Cabo Norte e, em vez de continuarmos a seguir para Nordeste, arrepiar caminho e ir conhecer algumas localidades na costa Oeste.
    A noite trouxe com ela umas nuvens altas que quase esconderam as Auroras Boreais mas, mesmo assim, ainda deu bem para as ver dançar no céu refletido na baía que vemos do parque onde hoje vamos ficar. Hoje de manhã, quando arrancámos, estavam 3°C mas, com a chuva, as temperaturas devem subir um pouco… de qualquer forma, a tarde de maçã que fizemos vai saber bem, assim quentinha!
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  • Os ‘Alpes de Lyngen’ e Tomsø

    3–4 oct., Norvège ⋅ ☁️ 9 °C

    Hoje de manhã pudemos realmente apreciar a paisagem a partir do miradouro de Utsiktspunkt onde ficámos esta noite, com a pequena ilha de Skorpa logo em frente (e mais 3 outras ali bem perto), viveiros de peixe, barcos… e as montanhas a separar o céu e o mar deste fiorde de nome impronunciável. Uma imensidão de beleza com uma escala que não cabe nem em fotos ou vídeos, tal como a luz, as cores, os sons ou os cheiros.
    Preparámo-nos para ter que ficar parados durante dois ou três dias se o vento ou a chuva chegarem em força, como ameaçam as previsões: vazámos águas sujas, atestámos de água potável, carregámos as baterias, fizemos algumas compras e apontámos para Tomsø, a nona maior cidade da Noruega.
    Pelo caminho, fomos parando muitas vezes para apreciar a paisagem da cordilheira a que chamam ‘Alpes de Lyngen’, que é uma Reserva Natural, área protegida com mais de 140 glaciares e lagos azul turquesa, cascatas, floresta, fauna e flora selvagem.
    Chegámos a Tromsø ao entardecer e tratámos de lavar toda a roupa. Enquanto esperávamos que as máquinas fizessem o serviço, demos uma voltinha pela cidade, comprámos um queijo típico chamado Brunost (boa dica de uma amiga), vimos uma Aurora Boreal numa pequena aberta entre as nuvens, fomos recolher a roupa e guiámos a Cali para um parque tranquilo, nos arredores.
    Amanhã voltamos para conhecer melhor.
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  • Sommarøy e Senja

    4–5 oct., Norvège ⋅ 🌬 12 °C

    Foi outro dia cheio de sol, apesar dele não subir mais no horizonte do que o equivalente ao que vemos às 10h em Portugal. Mas a meio da manhã o vento foi ficando cada vez mais forte e as previsões não eram famosas…
    Resolvemos não voltar a Tromsø e continuar a seguir para Oeste, para visitar a pequena ilha de Sommarøy, famosa pelas praias de areia branca com águas turquesa e muitas montanhas, o que nos fez lembrar as paisagens da Córsega. Como lá chegámos perto da hora de almoço, fizemos um brunch num barracão de pesca onde uma senhora local, muito simpática, só serve comida caseira: provámos uma tarde de rábano divinal e uma sopa de legumes que estava de chorar por mais… aliás, acabámos por trazer 2 doses para o nosso jantar!
    Estava-se bem ali e fomos ficando. Depois, demos uma voltinha pela ilha que é tão bonita como esperávamos e que, apesar de algum turismo (maioritariamente interno), se mantém sem grandes alterações e muito fiel às tradições antigas de pesca. Só não pudemos apanhar umas banhocas de sol porque o vento, por esta altura, já era muito desagradável.
    Decidimos rumar a Sul e apanhar o ferry para ir conhecer a segunda maior ilha da Noruega, Senja.
    Enquanto esperávamos, as rajadas de vento eram tão fortes (~50 km/h) que tememos que o serviço fosse cancelado. De tal forma, que o barco quando chegou precisou de fazer três tentativas para atracar no pequeno cais. Mas lá fomos e afinal a viagem até foi tranquila, ufa!
    Chegámos à ilha de Senja já o sol se estava a esconder atrás das montanhas mas, ainda assim, deu para ver a beleza natural destas paisagens que se mantém ao longo das estradas que acompanham o contorno dos fiordes, sempre junto ao mar, e nas habitações típicas que se repetem nas pequenas localidades.
    Esta noite ficamos num parque com vista para a enseada e para as montanhas de um fiorde e, claro, para as ‘luzes do norte’ (nos últimos vídeos, um é uma coletânea de fotos e o outro é um ‘time-lapse’ onde podemos ver como elas se ‘mexem’).
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  • Senja

    5–6 oct., Norvège ⋅ ☁️ 9 °C

    O final do dia presenteou-nos com um magnífico pôr-do-sol, em tons de rosa e laranja, refletidos no céu nublado que hoje, infelizmente, não nos vai deixar ver as Auroras Boreais :(
    Atravessámos toda a ilha e viemos ficar a Sudeste, num porto de abrigo que, esperamos, nos proteja das rajadas de vento, que hoje foram ainda mais fortes que as de ontem (~70 km/h) — como a nossa Cali é um veículo muito alto, os ventos fortes dificultam a condução e, por isso, resolvemos não arriscar e percorrer uma distância mais curta.
    Mas o trajeto nem por isso foi menos espetacular, ou não fosse esta ilha de Senja conhecida como “a Noruega em miniatura" já que consegue ter uma diversidade de paisagens tal, que reflecte a natureza de todo o país.
    Circulámos pelas estradas cénicas que contornam os fiordes, passámos pelas montanhas interiores salpicadas de cascatas, e pelas outras junto à linha da costa — incluído a cordilheira dos imponentes “dentes do diabo” — atravessámos velhos túneis escavados a picareta e fomos parando, às vezes cá em baixo, nas praias de areia branca, e outras vezes lá em cima, nos miradouros panorâmicos.
    Até uma instalação artística encontrámos! A obra chama-se “Music on display” e, segundo o autor, consiste em proporcionar música em espaços públicos e no meio da Natureza, sem ter que aplaudir o artista/performer — neste caso, a intervenção era através de um piano automático que podíamos por a tocar sozinho enquanto apreciávamos a paisagem.
    Sabemos que amanhã o tempo melhora mas ainda não sabemos o rumo que vamos tomar.
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