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  • Day 7

    Koh Rong

    November 20, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 29 °C

    Acordamos em Sihanoukville tomar o pequeno almoço no hotel, quem nos serve é a mulher do dono, muito mais simpática que o seu marido e quando percebe que falo francês ainda fica mais simpática.

    Um casal de meia idade que veio instalar se aqui mas a cada dia que passa tem mais vontade de voltar para a Europa, possivelmente Portugal ou Espanha. Na realidade Sihanoukville já foi em grande parte comprado pelos chineses, estes já construíram 44 Casinos e pretendem ter 80 numa cidade de 200mil habitantes. A rua do nosso hotel já foi toda comprada por chineses, que trazem a própria mão de obra mas o Khmer ainda não entendeu que lhes estão a tirar o emprego e mais cedo ou mais tarde terão de regressar para as zonas rurais.
    A outra razão pela qual este casal também se quer ir embora é pelo sistema de saúde. Pelos vistos estão limitados a levantamentos de 1500euros por semana e há menos de um ano atrás perderam um amigo, que estava com um problema pulmonar, mas como ele não tinha forma de pagar os tratamentos por mais que ele dissesse que tinha dinheiro e podia pagar depois, não efectuaram os tratamentos necessários. Há pouco tempo uma cliente também se sentiu mal, pelo que chamaram a ambulância mas não a queriam levar porque como estava quase inconsciente não conseguia mostrar os documentos necessários e principalmente forma de pagamento.
    Na realidade espero nunca estar doente num sítio destes, ontem vimos um centro de saúde aberto para a rua com um senhor sentado na maca a levar soro e a fumar.

    As 11h tínhamos que apanhar o barco, numa zona cheia de hotéis e casinos com um mau cheiro terrível, apesar das praias mesmo ao lado parecem muito giras.

    40 minutos depois chegamos ao paraíso num fast boat, 5 minutos a caminhar pela praia com as mochilas e descobrimos os nossos Bungalows (Paradise) de madeira na encosta da colina com vista para o mar e casas de banho privadas com paredes mas sem tecto, para ver o céu enquanto estamos sentados no trono. Uma osga de quase 30cm deu nos as boas vindas ao quatro.
    O restaurante das instalações também todo ele de madeira, sem paredes tinha a mesma vista sobre o mar que aparecia no meio da vegetação. Finalmente tínhamos chegado a um sítio tranquilo, longe do caos das cidades. Apesar desta ilha ser mencionada pela sua vida noturna, o facto de estarmos mais afastadas da confusão traria calma.
    Fizemos uma massagem de corpo inteiro para relaxar mais um pouco e as 19h partimos de barco, apesar da chuva para ver o plâncton, organismos microscópicos que serve de alimentação a organismos maiores e que brilham no escuro quando a água é agitada. Mesmo com chuva e trovoada eles não vão perder uma oportunidade de ganhar algum dinheiro com os turistas. O barco era animado a andar no meio do escuro, com espanhóis, russos, portuguesas e se percebi bem eslovenas.

    Pensávamos todos que íamos para uma praia escura ver o plâncton a brilhar onde as ondas quebram como nos postais. Na verdade param o barco no meio do escuro dão coletes e mascaras que não dão para todos. Fiquei sem colete e partilhei a minha máscara com a Xana. Mergulhamos e quando começamos a movimentar os braços e as pernas parecíamos sereias com milhares de estrelas a brilhar a volta, com a cabeça dentro de água as estrelas ainda se tornam mais intensas e nítidas.
    A tripulação do barco era um cambodjano com o seu filho que não devia ter mais de 5 anos mas que guiava o barco enquando o pai indicava o caminho no escuro, da proa do barco.
    De volta á praia, o filho foi para casa e as amigas eslovenas pediram ao pai se podia ir buscar cerveja.
    Tudo é oportunidade de negócio aqui, foi buscar as cervejas e quando lhe dissemos para comprar uma para ele também, foi precioso ver a cara de felicidade dele a dizer "Party, Party yeah yeah yeah"
    Tivemos direito a um show no barco, as nossas amigas estavam a demonstrar um circo hilariante que tinham visto um Siem Reap, apesar de no final aconselharem a ver porque para além de ser um ajuda para a educação das crianças, provoca emoções fortes e opostas, como a alegria e o ódio.
    No meio dessa paródia, o cambodjano quis nos levar para outro passeio de barco para ver a pesca de caranguejos e possivelmente trazer alguns para comer.
    Trouxeram um balde de caranguejos para dentro do nosso barco, e andavam a brincar com eles para nos impressionar e assustar, um deles tirou os elásticos das pinças e partiu-as com os dentes. Depois daquele espectáculo todo, queriam que fossemos comer os caranguejos na praia, era incapaz. Foi o que eles fizeram, nós, fomos para o restaurante comer uns legumes com arroz.
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