Camboja 2017

November 2017
A 11-day adventure by Be Read more
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  • Day 2

    Siem Reap, Cambodja

    November 15, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 29 °C

    Saio para 25 dias de férias que começam com uma viagem de 22h até Siem Reap, Camboja. Feliz por merecer mas com uma nostalgia de deixar para trás um negócio que deu tanto trabalho a construir.
    Depois de 2 anos no Airbnb com problemas com os vizinhos que me queriam pôr em tribunal, decidi finalmente vender a casa, mas com todos os atrasos a escritura ficou marcada para dia 24 de Novembro, quando ainda estiver no Camboja.
    Foram alguns dias de stress para deixar tudo organizado, mudanças, procuração, etc... Agora é aproveitar.
    Mas antes, passar muitas horas em 3 aviões, sendo que o percurso mais longo de Paris para Cantão são 11h seguidas.
    Saimos de Lisboa as 5h30 da manhã e com a diferença horária chegamos á China as 6h30 da manhã hora local para a última escala, sem saber se deveríamos estar a tomar o pequeno almoço ou jantar, com o cansaço e as diferenças horárias tudo se torna confuso. Acabamos por comer uns noodles e bebi uma cerveja.
    Vi quase uma temporada de Better call Saul enquanto elas dormiram no avião da pior companhia de longo, China airline.
    Aterramos finalmente em Siem Reap, num aeroporto que mais parece um hotel 5 estrelas, para chegar ao hostel pouco tempo depois.
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  • Day 3

    Kampong Phluk, Cambodja

    November 16, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 31 °C

    Depois de algumas negociações chegamos a um acordo. Tínhamos que estar prontas as 14h.
    Deu para relaxar um pouco comer qualquer coisa e seguir.
    Com a cansaço acabei por adormecer na carrinha a caminho de Kampong plunk. Acordei quando mudamos para o barco. Afinal Kampong plunk é uma aldeia com quase metade das casas flutuantes. As escolas primárias e secundária, tal como a junta de freguesia também o são. As crianças guiam os barcos sozinhas na que é o único meio de ser movimentar. Vivem do turismo e da pesca, mas quase nada têm. Uma parte do passeio é feita em pequenas embarcações com apenas dois passageiros e um aldeão a remar como forma de os apoiar financeiramente.
    Na hora do pôr do sol fomos para o Lago Tonlé Sap para apreciar o espectáculo de cores.
    Ao regressar para o local onde se encontrava a van, passamos por todos os aldeões que de barco devem regressar a casa antes do anoitecer já que não tem electricidade. Só têm duas horas por dia de electricidade a um preço demasiado caro.
    Claro que dormimos todas na viagem de regresso, mas ainda deu para ir até ao night Market fazer uma foot massage e comer um dos melhores caril verde de tofu e vegetais que já comi.
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  • Day 4

    Angkor Wat, Siem Reap, Cambodja

    November 17, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 28 °C

    Acordamos as 4h15 da manhã para um dia longo para ver ruínas de templos budistas construídos no século IX. Supostamente o nascer do sol  é o momento do dia mas especial para esta visita mas antes disso temos que fazer a fila com mais meio milhão de outros turistas para tirar uma foto que será impressa no bilhete personalizado de 37$.

    À chegada ao local ainda meio escuro, decoramos qual era o nosso condutor: camisa azul as riscas, óculos, cabeça redonda, nada que enganar. 

    Vimos o nascer do sol em Angkor Wat, na realidade não se vê muito, árvores a tapar, nuvens baixas. O que torna especial é a luz matinal refletida nos lagos, nas ruínas e nas árvores. 

    Depois de mil e umas fotos cada uma, uma água de coco para refrescar voltamos para o parque de estacionamento onde tínhamos combinado com o nosso motorista as 8. No meio de tantos tuktuks não é fácil encontrar o nosso. Quando um deles veio ter connosco a chamar nos, de camisa as riscas rosa e óculos escuros, ignoramos primeiro, mas tendo em conta a insistência dele a dizer "why not?", acabei por lhe dizer "we already have our driver". Só com mais insistência da parte dele a dizer que vínhamos do hostel Pool Party é que a nossa inspectora Filipa Maurício verificou uma marca do capacete que se lembrava e garantiu nos que era o nosso tuktuks. Seguimos para Angkor Thom e terminamos a visita com Ta Prohm onde foi filmado Tom Raider, são ruinas onde árvores gigantes abraçam os restos de muros com as suas raízes. Claro que nessa altura do dia, o cansaço e a fome já nos tinham vencidas, já trocavamos poucas palavras e estávamos mais a pensar no almoço do que a apreciar a visita. 

    De volta ao centro de Siem Reap, na Pub Street almoçámos por 4 euros. Estávamos tão cansadas que voltamos para o hotel para dormir a noite que não dormimos, 7h seguidas de sono profundo. Só acordámos as 20h para jantar. 

    Depois de jantar a pub street enche-se de motinhas com atrelados transformados em bar onde se bebe cocktails a 1.5$ e escolhes a tua própria música. Claro que fazes concorrência a todos os outros atrelados a 1m de distância com música altíssima. Já saímos com os copos e surdas por volta da 1 e tal da manhã. 

    #milmaneirasdemorrer: "Angkor Wat O melhor sítio para apanhar malária "
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  • Day 5

    Phnom Penh, Cambodja

    November 18, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 29 °C

    Às 8h30 estamos prontas para apanhar o tuktuk que reservamos de volta para o aeroporto.
    Os tuktuks aqui são motas, que apesar de dizer 125 parecem umas 50, com rodas de bicicletas e um atrelado. Neste caso leva 3 pessoas mais as malas, claro que não passa dos 20km o que faz que com demore quase meia hora para o aeroporto que é já ali.
    Depois de 40min de voo, chegamos ao caos no trânsito de Phnom Penh. Uma hora para chegar ao hotel, outra hora para chegar ao Choeung ek genocidal center, os Killing fields.
    Uma história de terror com tão poucos anos que matou um terço da população do Camboja em 1975.
    Esta história é relatada nesta visita com áudio, quando Pol Pot, à frente do Khmer Vermelho, pretendia despovoar os centros urbanos e triplicar a produção agrícola através de trabalhos forçados de toda a população.
    Os seus soldados eram camponeses a quem ele dizia que os citadinos eram uma ameaça para eles e as suas famílias. Qualquer indivíduo que poderia representar uma ameaça era morto num centro como este, todos os membros das famílias de alguém era morto também seguiriam o mesmo destino para não haver revoltas. Não eram usadas armas de fogo por ser demasiado caro, eram degolados, espancados com qualquer objeto. Todo este terror era mascarado com uma música nos altifalantes para não se ouvir os gritos e com produtos tóxicos que se sobreponha ao mau cheiro.
    Para mim a visita começa a ser dura quando chegamos ao local onde foram assassinados os bebés e a forma como foi executado, eram segurados por uma perna para esmagar o crânio contra uma árvore. Será possível o ser humano ser tão cruel? Se não fossem as crianças eram os prisioneiros, no meio desse terror eles só executavam ordens.
    Com o coração apertado, quase sem conseguir engolir a saliva de tanto horror a visita termina com um templo cheio de crânios encontrados em homenagem às vítimas.
    Mais uma hora de volta ao centro no meio do trânsito onde nem as motas conseguem passar.
    Bebemos uma cerveja com vista para o Rio Mekong, passamos pelo night Market que parece a feira de Carcavelos, fizemos uma massagem de corpo inteiro e voltamos para o hotel.
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  • Day 6

    Sihanoukville, Cambodja

    November 19, 2017 in Cambodia ⋅ ☀️ 25 °C

    Um dia banal. Acordar as 6h da manhã, tomar o pequeno almoço no hotel para ficar mais de uma hora a espera do minibus que nos levaria para Sihanoukville. A paisagem é de lixo e pobreza por isso o melhor é dormir. A última parte da viagem quando o terreno se torna mais montanhoso e menos povoado já se torna mais bonito.
    Perto das 14h chegamos ao nosso hotel longe do centro e da confusão, este hotel fica num monte com vista para o mar (the harbor Light). O dono, francês muito rude e antipático.
    Pousamos as malas no quarto e seguimos de tuktuk para Otres Beach, n°1 no TripAdvisor. Ou os nossos padrões, são elevadíssimos ou as chuvas têm trazido muita terra, muito lixo e hippis malucos.
    Mal chegámos, começou a chover torrencialmente. Almoçamos o nosso caril, ainda ganhei um cerveja com a carica de uma das latas de cerveja. Desde do primeiro dia que nos aconselham a beber cerveja de lata porque podes ganhar prémios ao abrir a carica.
    Apesar da chuva as cores eram vivas, algumas pessoas tomavam e pescadores tentavam a sorte deles. Só não fomos ao mar porque não tínhamos roupas suplentes.
    Regressamos num tuktuk que não conseguia ter potência para as subidas, aqui ao contrário dos outros sítios onde tivemos é só montanhas. Ao contrário deste a maioria dos tuktuks aqui são carros com o telhado cortado e subidos.
    A chegar ao hotel não havia electricidade, fomos para o quarto, cada uma a ler ou a entreter-se mas passado 10 minutos estamos todas a dormir, eu não li uma página e meia do meu livro, 7h da tarde e já dormiamos. Claro que as 4h da manhã tínhamos insónias.
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  • Day 7

    Koh Rong

    November 20, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 29 °C

    Acordamos em Sihanoukville tomar o pequeno almoço no hotel, quem nos serve é a mulher do dono, muito mais simpática que o seu marido e quando percebe que falo francês ainda fica mais simpática.

    Um casal de meia idade que veio instalar se aqui mas a cada dia que passa tem mais vontade de voltar para a Europa, possivelmente Portugal ou Espanha. Na realidade Sihanoukville já foi em grande parte comprado pelos chineses, estes já construíram 44 Casinos e pretendem ter 80 numa cidade de 200mil habitantes. A rua do nosso hotel já foi toda comprada por chineses, que trazem a própria mão de obra mas o Khmer ainda não entendeu que lhes estão a tirar o emprego e mais cedo ou mais tarde terão de regressar para as zonas rurais.
    A outra razão pela qual este casal também se quer ir embora é pelo sistema de saúde. Pelos vistos estão limitados a levantamentos de 1500euros por semana e há menos de um ano atrás perderam um amigo, que estava com um problema pulmonar, mas como ele não tinha forma de pagar os tratamentos por mais que ele dissesse que tinha dinheiro e podia pagar depois, não efectuaram os tratamentos necessários. Há pouco tempo uma cliente também se sentiu mal, pelo que chamaram a ambulância mas não a queriam levar porque como estava quase inconsciente não conseguia mostrar os documentos necessários e principalmente forma de pagamento.
    Na realidade espero nunca estar doente num sítio destes, ontem vimos um centro de saúde aberto para a rua com um senhor sentado na maca a levar soro e a fumar.

    As 11h tínhamos que apanhar o barco, numa zona cheia de hotéis e casinos com um mau cheiro terrível, apesar das praias mesmo ao lado parecem muito giras.

    40 minutos depois chegamos ao paraíso num fast boat, 5 minutos a caminhar pela praia com as mochilas e descobrimos os nossos Bungalows (Paradise) de madeira na encosta da colina com vista para o mar e casas de banho privadas com paredes mas sem tecto, para ver o céu enquanto estamos sentados no trono. Uma osga de quase 30cm deu nos as boas vindas ao quatro.
    O restaurante das instalações também todo ele de madeira, sem paredes tinha a mesma vista sobre o mar que aparecia no meio da vegetação. Finalmente tínhamos chegado a um sítio tranquilo, longe do caos das cidades. Apesar desta ilha ser mencionada pela sua vida noturna, o facto de estarmos mais afastadas da confusão traria calma.
    Fizemos uma massagem de corpo inteiro para relaxar mais um pouco e as 19h partimos de barco, apesar da chuva para ver o plâncton, organismos microscópicos que serve de alimentação a organismos maiores e que brilham no escuro quando a água é agitada. Mesmo com chuva e trovoada eles não vão perder uma oportunidade de ganhar algum dinheiro com os turistas. O barco era animado a andar no meio do escuro, com espanhóis, russos, portuguesas e se percebi bem eslovenas.

    Pensávamos todos que íamos para uma praia escura ver o plâncton a brilhar onde as ondas quebram como nos postais. Na verdade param o barco no meio do escuro dão coletes e mascaras que não dão para todos. Fiquei sem colete e partilhei a minha máscara com a Xana. Mergulhamos e quando começamos a movimentar os braços e as pernas parecíamos sereias com milhares de estrelas a brilhar a volta, com a cabeça dentro de água as estrelas ainda se tornam mais intensas e nítidas.
    A tripulação do barco era um cambodjano com o seu filho que não devia ter mais de 5 anos mas que guiava o barco enquando o pai indicava o caminho no escuro, da proa do barco.
    De volta á praia, o filho foi para casa e as amigas eslovenas pediram ao pai se podia ir buscar cerveja.
    Tudo é oportunidade de negócio aqui, foi buscar as cervejas e quando lhe dissemos para comprar uma para ele também, foi precioso ver a cara de felicidade dele a dizer "Party, Party yeah yeah yeah"
    Tivemos direito a um show no barco, as nossas amigas estavam a demonstrar um circo hilariante que tinham visto um Siem Reap, apesar de no final aconselharem a ver porque para além de ser um ajuda para a educação das crianças, provoca emoções fortes e opostas, como a alegria e o ódio.
    No meio dessa paródia, o cambodjano quis nos levar para outro passeio de barco para ver a pesca de caranguejos e possivelmente trazer alguns para comer.
    Trouxeram um balde de caranguejos para dentro do nosso barco, e andavam a brincar com eles para nos impressionar e assustar, um deles tirou os elásticos das pinças e partiu-as com os dentes. Depois daquele espectáculo todo, queriam que fossemos comer os caranguejos na praia, era incapaz. Foi o que eles fizeram, nós, fomos para o restaurante comer uns legumes com arroz.
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  • Day 8

    Koh Rong Saloem - Mergulho

    November 21, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 29 °C

    Hoje é dia de mergulho, acordar cedo depois de uma noite de chuvas torrenciais, tomar o pequeno almoço no novo hotel para estar às 9h30 no centro de mergulho.
    A minha instrutora é chinesa, mora na ilha num quartinho com casa de banho porque pelos vistos é muito difícil de arranjar um sitio com cozinha como esta queria. Depois do briefing seguimos de barco para Koh Rong Saloem. Tendo em conta que não tenho curso como sempre fazemos os exercícios dentro de água para tirar água da máscara, etc... E segue se um mergulho de 5m de profundidade.
    Para além dos corais de todos os formatos e feitios o que há mais são ouriços do mar com picos de mais de 20cm, mas claro vimos muitos peixes, conchas, búzios, caranguejos, etc...
    Almoçamos no barco, tínhamos uma hora de descanso antes da segunda descida, que ainda deu para salvar dois turistas que se tinham aventurado a nado para uma ilha pequena desabitada à frente de Saloem. Contornámos ligeiramente a ilha para o segundo mergulho desta vez de 12m. Vimos peixes como raia, great barracuda, giant pufferfish, Murray...

    De volta a ilha por volta das 16h, foi só pousar as coisas no novo bungalow e seguir para outro barco para vermos o pôr do sol, Long beach do outro lado da ilha e voltar a ver plâncton, afinal fazia tudo parte do mesmo pacote. Essa viagem era acompanhada de música altíssima ao bom gosto do casal chinês que vinha connosco no barco. Para além da música ainda tínhamos direito a luzes psicadélicas. O nosso dia acabou cedo, a seguir ao jantar, descansamos na nossa varanda em cima da praia a ouvir o som do mar e a música cambojiana de um bar de praia mesmo ao lado.
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  • Day 9

    Koh Rong - Last day, beach day

    November 22, 2017 in Cambodia ⋅ 🌙 13 °C

    Infelizmente não vi o nascer do sol como a Xana, porque fiquei às voltas na cama. Nestas cabaninhas de madeira em cima da praia com a melhor localização e vista que se podia ter, a luz do dia entra às 6 da manhã, os pássaros começam a cantar e pelo menos para mim já não é possível dormir. Mas às 9h temos que fazer o check-out por isso também temos que nos levantar relativamente cedo.
    Tomámos o pequeno almoço na praia mesmo ao lado da nossa cabaninha e subimos os 120 degraus para o Sky Bar.
    Na verdade, tivemos conhecimento desse sítio através duma tipa, já um pouco queimada pelas drogas, que nos tentou vender bilhetes para um pub crawl, guiado e animado por ela. É um rally das tascas moderno, que começava no Sky Bar, uma vez que a subida de degraus altos não é fácil e com os copos já ninguém ia querer subir. Mas vale tanto a pena subir e chegar naquele sitio todo de madeira com uma vista de cortar a respiração, onde claro, tens que tirar os sapatos para entrar, tal como em muitas lojas e hostels. À hora que fomos a temperatura com a humidade, faz nos suar até do bigode.
    Passamos o dia na praia, já contávamos o dinheiro que tínhamos para garantir que pelo menos conseguimos comer, pois na ilha não havia multibancos e não estava previsto ficarmos tanto tempo. Quem precisa mesmo de dinheiro pode efetuar um pagamento com cartão e receber o dinheiro pagando 8% do valor.
    As 16h45 apanhamos o barco para Sihanoukville onde jantámos na praia ao pé do cais com todos os turistas chineses. Ficámos por ali a beber um copo e dar um pezinho de dança. Mas faz muita confusão estarmos a beber copos e dançar com música altíssimo e ter miúdos de 2 a 5 anos a pedir no meio da pista de dança ou a tentar vender flores.
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  • Day 10

    Siem Reap, Cambodja

    November 23, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 24 °C

    Mais um dia a acordar às 7 da manhã e seguir para uma hora de viagem de tuktuk para um mini aeroporto internacional em obras, onde só devem aterrar voos da China. A companhia Bayon Airline que nos leva para Siem Reap está proibida de voar para a Europa, porque não tem os mesmo padrões de segurança. Ficámos sentadas nos lugares da saída de emergência e no briefing, quando a Filipa disse que era hospedeira, a hospedeira disse:"Very good, we depend on you!". Not good.

    A caminho do hotel, organizamos já a ida do dia seguinte às cascatas com o nosso motorista.
    A seguir, queríamos ir ao old Market que a Filipa tinha visto na net como um sitio a não perder, quando lá chegámos e vimos que não era nada do que tínhamos visto nas fotos, mostrámos ao motorista que se riu de nós, o que estávamos a ver nas fotos era em Phnom Penh, grii... grii...

    Tinha comprado bilhetes para o circo as 17h por isso não sobrava muito tempo, foi o tempo suficiente para almoçar e ver a loja de Bayon Bamboo Tradicional Tattoo para ganhar coragem. Desde o início da viagem que falávamos em fazer uma tattoo mas não tinha pensado fazer com bamboo.

    Fomos ver o circo Phare, que tem como missão social providênciar educação gratuita a crianças carenciadas. Esta escola de art tem neste momento mais de 1200 estudantes e foi fundada por refugiados cambojanos que voltaram depois da queda do governo do Khmer Vermelho. 

    Ficamos de boca aberta ao ver a qualidade do espectáculo coreógrafa e composto por eles, uma sátira da relação dos locais com os turistas que todos os dias chegam ao Camboja e encontram um povo pobre que pouco fala inglês mas que identifica cada momento como uma oportunidade de negócio e têm ideias brilhantes para resolver os problemas com o pouco que têm. Retratam desde o picante que muitos turistas se devem queixar, como os cortes de electricidade, a dificuldade de comunicação e a melhor de todas, o facto de eles andarem na rua de pijama. Quando a noite cai, muitos andam na rua de pijama, pelos vistos é uma peça de roupa que nunca usam porque está demasiado calor em casa, pelo que exibem os seus pijamas na rua. Era um espectáculo tanto de dança, como de teatro e acrobacias. Foi de chorar a rir. 

    Depois do espectáculo, fomos para a loja de tattoos, tive que levantar dinheiro, na volta do multibanco, com os nervos andei mais dois quarteirões do que era suposto. 

    A tatuagem de bamboo na realidade não é feita com bamboo, são como se fossem tacos de snooker de 60cm em que as agulhas são colocadas na ponta com a ajuda de uma linha. No meu caso, tive direito a dois tacos, um com apenas uma agulha para as letras e outra com um conjunto de agulhas em fila para fazer as linhas. O taco segura-se quase como um taco de snooker, com uma mão para fixar o taco e a outra para fazer o martelar contínuo. Para mim a parte de cima das costas é uma zona pouco sensível, por isso aguentei-me bem, excepto nas omoplata, que foi duro. As letras no interiores dos quadrados nem foram calcadas, foram feitas a olho. Com a técnica e concentração do tatuador, acho que não demorou mais do que uma hora e meia. Pelos vistos as tatuagem manuais são de cicatrização rápida e fácil não precisa de cremes, apenas não pode levar com champô ou gel de banho.

    Fomos comer o melhor caril verde no mesmo restaurante onde jantámos no primeiro dia. 
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  • Day 11

    Last day Phnom Kulen - Big waterfall

    November 24, 2017 in Cambodia ⋅ ⛅ 23 °C

    Para acabar em grande neste último dia, vamos para as Kulen Mountain, tomar banho na água sagrada do rio junto às cascatas. Temos mais de uma hora e meia de viagem no nosso táxi que não passa dos 60km/h mesmo quanto à estrada é boa, aqui ao contrário de outros países asiáticos, são muito calmos a conduzir, até calmos demais as vezes. Paga-se 20 dólares por turista para entrar no parque natural e ver a cascata, os locais não pagam. Ainda bem que viemos um dia de semana porque pelos vistos muitas famílias se juntam nesse sítio ao fim de semana. 

    O sítio é encantador, a cascata principal, imponente encontra-se no meio de uma vegetação densa, claro que cada um tenta fazer o seu negócio, um baloiço de madeira com flores no melhor sítio para tirar A foto, um dólar, uma caixa de metal com um cadeado a servir de cacifo, um dólar, uma foto pequena numa impressão de merda, um dólar, naquele espaço minúsculo junto à cascata ainda vendem calções de banho para os mesmos prevenidos. A nossa sorte é que pouca gente entra na água por isso pelo menos quando lá estivemos era quase tudo nosso. 

    Purificamos o corpo e a alma das águas agradas, tomamos um banho de sol para aquecer um pouco e tínhamos que regressar para ainda parar para almoçar e seguir diretamente para o aeroporto. 

    Claro que o nosso motorista deixou parou num sitio super turístico com artesanato para almoçar, provavelmente não paga para comer a ainda recebe uma comissão de comprarmos alguma coisa, mas não sabem que os portugueses também são pobres. Era mais para as carteiras dos chineses, aliás a comida parecia chinesa, diria que foi o pior sitio onde comemos e mais caro, 7 euros o prato. Estamos mal habituados depois de 10 dias no Camboja a pagar entre 3 a 5 euros no máximo por prato principal. 

    São 18h30, agora só nos faltam 25 horas de voo para regressar a Lisboa. 
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