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  • День 18

    Canion de São Francisco

    15 декабря 2021 г., Бразилия ⋅ ☁️ 33 °C

    Sabíamos que precisávamos de 1h para fazer 25km de caminho até a pousada de onde partiam os barcos. Só não percebemos que era mais um caminho de terra batida em que parte estava em mau estado. Foram quase 40 min aos solavancos e quando finalmente chegámos a beira rio o carro entrou na reserva...

    O catamarã que saía as 9h, já tinha partido ou pelo menos não o vimos. Podíamos ir de lancha partilhada mas o grupo que estava a nossa frente a fazer a reserva pediu exclusividade. Assim tivemos a lancha só para nós.

    Este é o 5° maior canion navegável do mundo e o único no Brasil. Separa 3 estados: Bahia, Alagoas e Sergipe. A última parte do percurso é feito numa canoa de madeira, com remos para não perturbar a beleza do local. Durante a semana não tem quase ninguém e estivemos a maior parte do tempo sozinhos.

    Vale todo o tempo que demorámos, é um lugar incrível. Só os picos que enfiei nos pés a passear descalça é que foi menos agradável.
    O nosso guia, Jailson, antes do nosso passeio tinha deixado cair o telefone dentro do rio e estava com esperança de encontrá-lo só para recuperar a capa que lhe tinha custado 20 reais. Sendo que a visibilidade na água é quase nula, não sei, acho que a probabilidade era mesmo baixa.

    Fiquei tão sentida, que ofereci-lhe o meu ex-telefone que tinha trazido em caso de emergência - para caso perdesse ou estragasse o meu. Ficou sem palavras.

    A volta de carro até a bomba foi a suar cada km. Nem ar-condicionado ligámos com medo de ficar pelo caminho. Sobrevivemos.
    Ainda tentámos ir a mais uma cascata, mas só dava para visitar de quinta a domingo.

    Estamos neste momento a andar em direcção à Chapada Diamantina. O objetivo é conduzir algumas horas por dia e dormir onde der até porque estive a ver no booking e nenhuma destas terras tem hotéis ou pousadas registadas. Aliás muitas das terras que passamos não tinham nada. Por volta das 19h30, já de noite, chegámos a uma terra chamada Cícero Dantas, onde o primeira hotel que encontramos parecia fechado. A pousada seguinte não tinha quartos disponíveis. Pensava que íamos ter que dormir no carro. À terceira foi de vez, 10€ cada um com pequeno almoço, Wi-Fi e ar-condicionado. Que luxo.

    Comemos uma tapioca no centro, ao que o senhor perguntou:
    - Vocês não são do país, pois não?
    - Somos de Portugal.
    - O que estão fazendo aqui?

    Nunca esta terra deve ter visto um estrangeiro.
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