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  • Day 14

    Chile, Santiago 2

    August 11, 2018 in Chile ⋅ ☀️ 17 °C

    Dia preguiçoso por Santiago. Vamos caminhando ao sabor duma rota planeada no dia anterior num caderno quadriculado que havia lá por casa.
    No Barrio Yungay detivemo-nos a fotografar e contemplar grafitti que, apesar de ser constante na cidade, não nos para de surpreender. Está uma tarde de sol e a temperatura convida a uma caminhada mais lenta. Está calor.
    La Moneda é o palácio presidencial que tem uma bandeira gigantesca do Chile num porta estandarte de uma altura considerável! Perto há uma zona pedonal de lojas de marcas multinacionais e cafés. Na rua há vendedores de sumo de laranja acabado de espremer, cachorros quentes e “mote com huesillos”, uma bebida... comida... mistura de trigo cozido com pêssego em calda e uma calda doce de água e xarope de cana de açúcar. Simplesmente delicioso e viciante assim fresquinho como o bebemos... comemos... Passamos em frente à casa Londres 38, um dos últimos pontos clandestinos de tortura do regime Pinochet a serem descobertos, que apenas se encontra aberto para visita aos de segunda a sexta, para pena nossa. Avançamos assim para o Cerro de Santa Lucia de onde se pode avistar a Cordilheira do Andes coberta de neve e também as montanhas que fazem a divisão para o Pacífico. Passámos por uma das muitas feiras artesanais que pontilham a cidade. É frequente a venda de produtos derivados de canabis a par com o artesanato sul americano. É sábado e a cidade está em modo de descanso, por isso, os seus cerca de sete milhões de habitantes andam na rua aos magotes. Claro que há turistas também, mas as pessoas que inundam as ruas da cidade são os chilenos. Quando caminhamos para o parque florestal através do Barrio Lastarria - bem conservado na sua arquitetura europeia - uma justa pausa acompanhada de uma generosa fatia de bolo de chocolate e café americano restabelece as energias e aquece-nos num fim de tarde em que a descida de temperatura faz justiça à estação do ano. Mais uma caminhada, desta vez até à casa de cidade de Neruda - La Chascona. É nesta zona que parecemos miúdos numa loja de doces. A cada passo um grafitti mais bonito do que o outro, até chegarmos a La Chascona, com a sua arquitetura invulgar e os jardins circundantes bem planeados. Cá fora, uma banda de músicos jovens toca de uma forma descontraída, fazendo a gravação em vídeo nos telemóveis. É assim que agora se criam furos de popularidade no YouTube, quem sabe. A mim pareceu-me bem. O ambiente neste bairro é fantástico! Está cheio de bares, tem um pátio enorme que funciona como centro comercial a céu aberto e uma das muitas universidades de Santiago! Fervilha de vida e bebida.
    É a véspera da Ilha da Páscoa!
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