Brazil
Conceição da Barra

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Travelers at this place
    • Day 48

      Conceição da Barra

      January 14, 2022 in Brazil ⋅ ☀️ 30 °C

      Dormimos no sofá na sala, com luz natural a entrar na sala. Não existe o hábito de ter portadas ou persianas. Nem nos quartos.

      Já toda a casa estava acordada a passear pela casa, com pequeno almoço na mesa quando tive consciência que tinha mesmo que sair da cama e deixar espaço para quem queria comer.

      A Teca tinha ido ao mercado e para matarmos a curiosidade, comprou suco de cacau (incrível), pamonha de milho cozida na folha da bananeira (tipo papa de farinha), outra de tapioca com coco, beijinhos de tapioca, tinha bolo de banana, pitanga, café quente. Eu ainda estava deitada na cama cheia de preguiça quando o Evandro cortou um pedaço de pamonha e me deu. Nem sabia muito bem o que fazer. Ficava na cama no meio da sala a comer a pamonha? Levantava-me e ia me sentar à mesa sem arrumar o sofá para as pessoas se sentarem?

      O Valentim acabou por ficar com a pamonha para eu poder arrumar tudo antes de comer.

      Passámos parte do dia na praia da Conceição da Barra, com os pais do Pedro o Evandro e o Tirso. A nós ainda se juntou o João Barrigas e a Analu com os dois filhos.

      Compraram 36 caranguejos de lama, que depois são cozidos durante 2h numa panela enorme no quintal para fazer a delícia de toda a família e amigos que se juntam no quintal só para conviver e passar um bom momento. Toda gente é bem vinda. Não há hospitalidade igual.

      A Fátima, que achou que eu era mexicana, fez um bolo de maracujá e o António (pai do Pedro) abriu o vinho que produz em Portugal.

      Eu quase que tenho vergonha. Não trouxe nada, não me deixaram contribuir com nada e o Valentim deve ter comido sozinho uns 12 caranguejos. Aqui os caranguejos comem-se quentes.
      Fico quase sem jeito. Sem saber como retribuir. Será que algum dia vou ser capaz de receber alguém assim?
      E não acabou!

      Já de noite seguimos para Itaunas, a capitaldo Forró. Onde supostamente há concertos de Forró a noite inteira e onde a Thais passou parte da adolescência.
      Só sabia que íamos para a casa do amigo do tio da Thais. Quando chegámos lá fiquei de boca aberta. Um casarão com 3 andares, todo construído à mão pelos nativos. Cada peça de madeira foi talhada com machado, criando formas irregulares e dando um charme maior à casa. A casa foi inspirada em casas orientais, sem paredes. Mais parecia um museu, com um poster, quadros, peças decorativas vindas de um canto diferente planeta.

      O Cloves, cineasta, dono da casa, comprou esse terreno há 42 anos com a sua mulher por 100$. Em vez de fazer uma viagem até ao Machu Picchu, no comboio da morte. Ele disse logo que a casa era nossa e que ele era o hóspede. Tinha um resto de moqueca capixaba, feita na panela de barro.
      A Thais trouxe umas prendas para ele e um mel de Cacau para nós, porque o Valentim tinha dito que era viciado na goma das sementes de cacau. Essa goma depois é usada para fazer o mel de cacau.

      E nós continuamos a ser levados de um sitio para o outro, sempre com as mãos a abanar e sem conseguir pagar grande coisa a ninguém.

      Fiz um gin de mel de cacau antes de seguir para o Forró na Padaria. Só não sabíamos que tinha saído um decreto a obrigar a fechar tudo até à meia noite devido a um surto de covid.
      Só deu para ver o final do concerto e provar a Catuaba, uma bebida típica parecida com sangria.

      A chegar a casa, fomos atacar a moqueca de robalo que o Cloves tinha deixado para nós.
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    You might also know this place by the following names:

    Conceição da Barra, Conceicao da Barra, কোন্সেইকয়াও ডা বার্রা, Կոնսեյսան դա Բառա, კონსეისან-და-ბარა, Консейсан-да-Барра, 康塞桑達巴拉

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