• Poço Encantado

    19. joulukuuta 2021, Brasilia ⋅ ☁️ 25 °C

    Ainda há coisas incrédulas a descobrir por este mundo fora.

    Ao chegar ao poço Encantado estacionamos no primeiro estacionamento que encontrámos. Mal estacionámos, um senhor simpático abordou-nos tirando todas as dúvidas. Pelos vistos já tinha descido um grupo e tínhamos que esperar um pouco que o grupo subisse. Estava convencida que ele seria o nosso guia.

    Bebemos uma água de coco e ele estava a incentivar para marcarmos também o almoço. Quando perguntei se lhe pagava a entrada para o poço disse que tinha que ir na bilheteira um pouco mais a baixo.

    Quando lá cheguei e disse que o nosso guia tinha dito que devia comprar os bilhetes aí. Eles só me disseram aí não há guia nenhum, a única empresa que faz a descida para a gruta é do outro lado da estrada.
    Foi apenas uma grande manobra de charme, ele nunca disse que era guia e na realidade não estava ninguém a descer quando chegámos.

    Independentemente disso, é um lugar mágico, encantado, as águas são tão transparentes que conseguimos ver a 60m de profundidade como se não houvesse água. E o azul quase fluorescente da água deve-se apenas a uma elevada quantidade de magnésio e cálcio com a luz do dia a entrar por uma fenda.

    Antes de sair descobri os deliciosos pastéis de palma e queijo, pelos vistos palma é um cacto comestível.

    A caminho de Igatu, uma vila bem charmosa e pitoresca com muitas casas de pedra, algo raro pelo menos nesta região, tivemos que fazer 2km de estrada da pedra aos solavancos com subidas e descidas íngremes. Por momentos pensei que o carro não chegaria ao destino. Comi mais um pastel, neste caso de jaca, tipo palmitos, numa pequena esplanada de duas mesas que na realidade era o pátio da casa do senhor que nos serviu.

    Seguimos caminho para a Guiné onde vamos passar a noite antes de fazer uma caminhada de 4 dias, sem rede, e vendo o tempo, muito provavelmente a chuva. O nosso ânimo está em baixo, quase que temos vontade de desistir e esquecer o dinheiro que pagámos. O pior é que para chegar a esta pousada tivemos que fazer mais 30km em terra batida debaixo da chuva. Se calhar devíamos era ter alugado um jeep.

    Entre Igatu e Guiné, já com chuva, ainda passámos por um cemitério gótico bizantino. Este cemitério foi criado no século XIX, depois de uma epidemia de colera em Mucugé, foi proibido o enterro nas igrejas como era comum. E os barões dos diamantes contrataram arquitectos para desenhar as suas sepulturas.
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