• Be Kyan
Nov 2021 – Mar 2022

Brasil 2021/2022

A 97-day adventure by Be Read more
  • Rio Negro

    February 13, 2022 in Brazil ⋅ 🌧 26 °C

    Esta experiência vai ser a mais luxuosa de toda a viagem. São 4 dias em que não temos que pensar em nada. Às 10h estávamos a sair de Manaus num transfer para o lodge Mirante do Gavião. Um lodge ecológico todo de madeira, no meio de uma vegetação cuidada, com uma vista incrível sobre o rio Negro.

    Um drink de boas vindas e almoço no restaurante do lodge. Já nos deixou água na boca para os próximos dias, porque era aqui que íamos comer quase todas as refeições.
    Na minha opinião até agora, a Amazónia ganha a todos os outros estados em termos de comida.

    À tarde fomos fazer um passeio de barco no meio das 400 ilhas que existem no Rio Negro nesta zona. Para além dos animais que já estamos habituados a ver, vimos uma preguiça no topo de uma árvore.
    Era suposto vermos o pôr do sol no barco mas por causa da chuva tivemos que regressar.

    Antes de jantar ainda deu para jogar uma partida de snooker, no salão de jogos com uma vista sobre a chuva a cair no rio Negro.

    Quem deu o nome a esta rio, foi o espanhol Francisco Orellana. O primeiro explorador europeu a navegar Amazónia.
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  • Tiririca

    February 14, 2022 in Brazil ⋅ 🌧 26 °C

    Choveu a noite toda e continuava a chover de manhã. Íamos almoçar na comunidade cabocla - termo utilizado para a mistura do indígena com o europeu - da Tiririca, mas tiveram que anular porque era impossível andar debaixo dessa chuva. Ficámos a jogar às cartas para passar o tempo.

    Depois do almoço, a chuva parou e seguimos de barco para fazer uma trilha fácil de 1h30 com um guia da comunidade da Tiririca. A sorte não estava do nosso lado, recomeçou a chover torrencialmente. O impermeável que tinha para a chuva nem aguentou. Mas o nosso guia não deixou de nos dar uma explicação das propriedades de cada planta e cada árvore. Quase todas com propósitos medicinais ou para a construção.

    Com conhecimento da floresta ninguém morre à fome, à sede ou precisa sequer de uma farmácia. O pau de água, por exemplo, é uma liana que consegue armazenar até 1l de água por cada meio metro. É só cortar um pedaço do tronco e escorre água filtrada, como se fosse uma garrafa de água.

    No comunidade, o guia mostrou o processo da tapioca, tucupi e da farofa (la braba). O mais incrível é que vêm todos de uma mandioca venenosa. Se não passar por todo o processo é altamente mortal. Ele já tinha visto um porco morrer por beber o tucupi que tinha escorrido no chão e não estava cozido ainda. Já houve famílias que morreram por não conhecerem as diferentes mandiocas.

    A comunidade também vive do artesanato que faz e dos turistas que vêm visitá-los.

    Ao final do dia a chuva parou e fomos com o Nigel, supostamente, fazer Animal Spoting de barco. O truque é apontar uma luz muito direcional e com grande alcance. Os olhos dos bichos refletem bem longe e eles ficam encadeados. Mas depois de meia hora sem ver nada, aproximamos de uma margem do rio bem lentamente, expectantes. Quando ele diz: "é apenas um sapo". Pensei logo que ia ser um fiasco.

    Foi tudo menos um fiasco, logo a seguir apanhou com a mão dois pássaros noturnos que estavam a namorar numa árvore.

    O ponto alto foi o jacaré que ele apanhou. Nunca pensei presenciar isso. Lentamente de barco aproximamos do jacaré na margem do rio. Só tinha os olhos de fora por isso nem sabia qual o tamanho do bicho. Antes do jacaré sentir já o Nigel tinha passado uma corda à volta do pescoço. Mas ele eram tão grande que puxou o Nigel para o rio. Voltou a subir para o barco e ficou a segurar a corda até o jacaré se acalmar, cansado de lutar contra a corda. Nessa altura com a ajuda do condutor do barco subiram um bicho enorme para cima do barco, fechando a boca com uma fita. Ele tinha quase 1.80m.

    O Nigel trabalhou para na preservação destes animais por isso estava bem habituado. Foi um misto de medo, respeito e adrenalina. Quando o libertaram esperneou-se todo e fugiu logo. São eles que têm medo de nós.

    Antes de regressarmos, o Nigel com uma perícia enorme, ainda apanhou uma giboia filhote, como eles dizem. Devia ter mais de um metro e estava no ramo de uma árvore na margem do rio.
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  • Grutas Madadá

    February 15, 2022 in Brazil ⋅ 🌧 26 °C

    Saímos cedo para visitar as grutas de Madadá. É uma trilha de mais de 3h, onde o Nigel vai falando das plantas e dos animais.
    Vimos as marcas das unhas de uma onça numa árvore. Elas afiam as unhas como os gatos. Afinal elas existem.

    Também vimos as formigas bala, as mais mortíferas à face da terra. 80% ou 90% dos cogumelos são venenosos. Aqui existem muito mais do que 1000 formas de morrer.

    No final da trilha, tinham preparado um delicioso churrasco de peixe e carne.
    De barriga cheia, fizemos a sesta no barco no caminho de regresso.
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  • Novo Airão city tour

    February 16, 2022 in Brazil ⋅ ☁️ 30 °C

    Pela manhã, fomos fazer um city tour por Novo Airão. À partida a cidade não tem grande coisa. Uma igrejinha como todas têm, um banco e uma escola. Até chegarmos a um co-work de artistas que trabalham madeira. Podem vir para aqui aprender e criar as suas peças, que depois serão vendidas e uma percentagem fica para o co-work.

    Toda a madeira é certificada vinda de árvores que caíram, uma vez que é proibido cortar qualquer árvore. Caem muitas árvores porque o solo da Amazónia é de argila e muito pobre e as raízes das árvores são muito pequenas. Só a primeira camada, tipo 1m, é que está sempre a regenerar-se com tantas folhas e plantas que caem, a chuva, o calor e a humidade.

    Seguimos para ver os botos de perto. Estão livres no rio, mas como lhes dão 20% da comida que consomem, acabam por se aproximar nas horas da comida.
    Reza a lenda, inventada pelos portugueses, que os botos são encantados, engravidam as mulheres bonitas e desaparecem com elas. Isto tudo para esconder o facto dos portugueses, vestidos de branco, que vinham para a Amazónia e engravidavam indígenas. Com vergonha algumas fugiam.

    À tarde, já em Manaus, fomos visitar a Casa das Artes. Fiquei particularmente impressionada com a exposição temporária, Arte das Cheias, que expressa o sentimento das cheias que houve em Manaus em 2019. O rio subiu 32m acima do nível mais baixo. Casas e ruas ficaram inundadas e tiveram que criar pontes e passadiços de madeira na cidade inteira para as pessoas poderem circular.

    Jantámos outra vez um delicioso tambaqui grelhado no Caxiri.
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  • São Luís

    February 17, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 31 °C

    Chegámos a São Luís por volta das 15h. Uma greve de ónibus complicou um pouco as coisas. Os ubers não chegavam ao aeroporto, tivemos que apanhar um táxi - que é quase o dobro - e muitos museus estavam fechadas porque as pessoas não tinham como vir trabalhar.

    É uma cidade ainda com uma forte presença da arquitetura da época colonial e principalmente a influência portuguesa com os seus azulejos.

    Almoçámos já tarde no Cafofinho da Tia Dica e depois de um passeio pela cidade jantámos no Flor de Vinagreira. Para terminar o dia, fomos parar ao ButiKin Recanto da Música, um bar relativamente grande com uma roda de samba. O único problema é que éramos os únicos clientes. Quando fomos embora, quase que me senti mal, por deixá-los a tocar sozinhos.
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  • São Luis Walking tour

    February 18, 2022 in Brazil ⋅ ☁️ 29 °C

    Aproveitámos a manhã para fazer um city tour com o Darlan. Esta cidade é cheia de histórias, mitos e uma cultura forte.

    Devido à localização geográfica, é um ponto privilegiado de chegada ao Brasil vindo da Europa. Pelos vistos os ventos e as correntes traziam os barcos nos tempos de colonização diretamente para aqui em 27 dias, ao invés dos 3 meses "tradicionais".

    Este estado recebeu uma enorme quantidade de escravos para trabalhar nos campos de algodão, a maior indústria do Maranhão no século XIX. Uma das maiores empresárias era uma mulher, Ana Jansen, com uma grande influência na cidade. Ela ficou conhecida pela sua crueldade com os escravos. Inclusive abusava sexualmente dos mesmos. Mas também como poder feminino, por ter chegado tão longe como mulher naquela época, depois de um início de vida nada aceite pela sociedade. Diz-se que os loucos da cidade levaram com a vela da Ana Jansen.

    Muitas das lendas estão ligadas à grande presença de escravos negros na altura colonial. A festa Bumba meu boi é uma festa que celebra o milagre da ressuscitação de um boi. Uma mulher negra grávida estava com desejo de comer a língua do boi mais querido do fazendeiro. O pai da criança acabou por cortar a língua do animal para ela comer. O boi foi encontrado quase morto e foi ressuscitado por um curandeiro indígena.

    Depois de almoçar no mercado ainda passámos no museu gastronómico, onde é bastante evidenciado a influência dos 3 povos principais do Maranhão: indígenas, negros e europeus.

    Ssguimos para Barreirinhas de transfer. 6h de viagem.
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  • Lençóis do Maranhão

    February 19, 2022 in Brazil ⋅ ☁️ 28 °C

    Às 10h da manhã estávamos a descer o rio Preguiça para um trekking de 3 dias pelos Lençóis do Maranhão. Na realidade hoje supostamente íamos apenas andar 10km à tarde.

    Antes disso parámos nos Pequenos Lençóis. Demasiado turístico, com uns macacos que atacam as pessoas, porque ninguém respeita as placas que dizem: não alimente os macacos...

    Seguimos para o farol para ver a vista 360 graus sobre o parque. Ao meio dia já estávamos em Atins para almoçar. Tínhamos mais 1h de 4x4 antes de começar o trekking por volta das 15h.

    Quando o jeep parou no cimo de uma duna, com um sol de chapa, sem uma única sombra a kms de distância, e com a barriga extremamente cheia do almoço, arrependi-me. Que estupidez pagar para fazer uma caminhada com este sol, em que a única visão dos próximos dias vai ser areia...
    Na Amazónia, os guias iam falando das árvores, das plantas medicinais, aqui vai falar do quê? Este grão de areia é branco e aquele também é branco. Senti-me desmotivada mas a fingir que estava tudo bem.

    Afinal entre as dunas há lagoas, até dá para tomar banho, o sol ficou tapado pelas nuvens e o vento refrescou. A areia era mais rija porque tem chovido muito, o que facilita a caminhada descalça. O problema é que ainda não tínhamos feito 4km e os pés já estavam a criar bolhas. O Valentim tentou com as meias, eu fui de chinelos, não sei qual deles é o melhor, mas nenhum é o ideal.

    Ficámos a dormir na casa de uns nativos na Baixa Grande que nos preparam o jantar. Esta casa de apoio tinha bebidas, cartas e snooker para passar o tempo. Uma curiosidade é que até há bem pouco tempo não chegava eletricidade a estas comunidades. Na verdade o turismo por aqui tem pouco mais de 20 anos.

    Hoje aprendemos mais um jogo de cartas (Conga) com uma miúda do Uruguai. Acompanhámos com Tiquira que é uma cachaça tradicional do Maranhão, feita da Mandioca.
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  • Dona Joana & Senhor Raimundo

    February 20, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 29 °C

    As 7h da manhã, já com o pequeno almoço tomado, um penso na bolha do pé do meu pai que rebentou, seguimos caminho.
    Foram 10km, por dunas e lagoas com um cenário maravilhoso, uma beleza indescritível, com paragem para banhos antes de chegar em casa do Senhor Raimundo & Dona Joana por volta das 11h da manhã.

    A última meia hora já estava a ficar difícil, o sol forte a bater nas pernas reforçava o cansaço que começava a sentir.
    Almoçámos um delicioso peixe frito cozinhado pela Joana. Fizemos um sesta depois de almoço antes de tentar ir ver o pôr do sol nas dunas. Mais um pôr do sol falhado por causa das nuvens, ainda assim é uma paisagem incrível.

    Ficámos a saber que para além dos porcos pretos e as cabras (quase selvagem, mas todos têm dono) que íamos vendo ao longo do caminho, também viviam aqui muitas piningas, uma tartaruga que se alimenta durante o período das chuvas e se escondem debaixo da areia durante o período da seca, como se estivessem a hibernar.

    Os lençóis do Maranhão dificilmente podem ser considerados um deserto, tendo uma camada de água bem perto da superfície, uma camada de argila e por fim esta areia toda, que se move e vai engolindo casas, vegetação e quase tudo o que encontrar no caminho.
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  • Santo Amaro

    February 21, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 30 °C

    Esta paisagem é incrível, mas requer algum esforço para poder aproveitá-la. Depois das 11h temos que estar num abrigo, porque o sol depois dessa hora é demasiado forte para se poder "andar na rua".

    Para chegar ao próximo ponto temos 18km pela frente, isso quer dizer que temos que sair antes das 5h da manhã, já com o pequeno almoço tomado. Com uma pausa numa lagoa chegamos ao ponto final perto das 11h.

    O maior problema é que o guia não trouxe comida para nós, eu estava ainda a dormir para me lembrar de trazer alguma coisa do pequeno almoço e às 8h já estava cheia de fome. Comecei a relembrar as comidas todas que tinha saudades, principalmente o queijo amanteigado, o pão alentejano e as azeitonas, coisas bem simples que não há no Brasil, ou pelo menos com a qualidade que conhecemos em Portugal.

    Os últimos km já foram bem sofridos de fraqueza por não comer. Era tão fácil o guia nos ter lembrado de trazer alguma coisa, ou ele próprio trazer alguma coisa para nós. Até porque ele foi comer uma banana e um bolo às escondidas...

    Almoçámos na Betânia, antes de seguir de 4x4 para Santo Amaro, comer um geladinho artesanal de frutas tropicais e fazer o caminho de volta para Barreirinhas.
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  • Museu do Reggae

    February 22, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 29 °C

    Antes das 9h o nosso transfer para São Luís estava à porta da pousada. O problema é que o transfer ainda tem que apanhar várias pessoas pelo caminho. Chegado a São Luís tem que deixar cada pessoa no seu destino final. Pelos visto é a nossa sina sermos sempre os últimos.

    Chegámos no nosso destino já eram que 14h. Almoçámos no mercado e seguimos para o museu do reggae.

    O reggae tem uma expressão muito forte aqui e o mais estranho para mim é que dançam agarradinhos e normalmente com pouca roupa. Os locais normalmente saíam das praias e iam directamente para os clubes reggae, ainda de bikini, e dançavam agarradinhos.
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  • Alcântara

    February 23, 2022 in Brazil ⋅ ☁️ 31 °C

    As 7h da manhã o nosso guia Darlan estava à porta da nossa pousada. Seguimos de carro até ao terminal de barco. A viagem de barco dura uma hora. O objetivo era chegar cedo para ter bons lugares porque a travessia até Alcântara não costuma ser fácil.

    E nao foi fácil. Não encontrámos bons lugares e o Valentim ainda teve que pedir um saco de prevenção. No final, acabou tudo bem.

    Valeu muito a pena esta viagem e ficámos tristes por não ficar a pernoitar aqui. É uma cidade que em termos arquitectónicos parou há dois séculos atrás. Com o seu chão de calçada, as casas antigas em relativamente bom estado, e cada uma da sua cor, dá um charme a esse lugar. As histórias que ouvimos do nosso guia já não são tão felizes, já que os colonizadores depois de expulsarem os indígenas Tapunambás, tornaram Alcântara o centro da maior economia de algodão e açúcar do Maranhão. A mão de obra eram escravos negros escolhidos pelos seus donos no pelourinho.

    Alcântara é uma das poucas cidades no Brasil que ainda mantém, a igreja, o pelourinho e a câmara na mesma praça, já que na maioria dos locais foi destruída.

    Existe uma rua chamada "das lamentações" que era onde os pais se despediam dos filhos que iam estudar para a Europa ou onde os escravos eram castigados.

    Visitámos um casarão museu, a câmara e o museu da festa do divino espírito santo. Esta festa representa a chegada de Dom Pedro II e a rainha que supostamente viriam para Alcântara mas nunca chegaram a vir. Por essa altura, começaram a construir um palacete para eles que nunca chegou a ser concluído. Inclusive, a vontade de receber o rei era tão grande que escravos "rivais" matavam-se entre si para atrasarem a obra uns dos outros.

    A volta de barco foi muito mais tranquila.
    À tarde ainda deu para visitar o teatro Arthur Azevedo, muito semelhante a alguns teatros em Portugal. Ficámos a saber que os balcões do ultimo nível, chamado de galinheiros, serviam para os escravos verem os seus donos e poderem ser chamados a qualquer momento. Quase não dava para ver o espectáculo.
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  • Tambor Criola

    February 24, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 30 °C

    Temos o voo para Salvador as 14h, mas de manhã ainda deu para visitar o museu do Tambor de Criola.Mais um museu grátis e com explicação de uma guia.

    O tambor de Criola é um movimento criado com influência do Candomblé. Onde apenas as mulheres dançam e 3 homens tocam. Em roda dançam uma de cada vez no centro e na troca de bailarina dão uma umbigada, que simboliza a fertilidade.

    O meu pai tinha o voo 2h mais tarde que o nosso e ainda bem que veio connosco para o aeroporto. Afinal a vacina dele não era válida porque tinha mais de 6meses e tinha que ir fazer o teste de covid. Foi o último a entrar no voo depois de ter corrido o aeroporto inteiro com o agente do check-in.

    Chegámos a Salvador, já passava das 19h. t
    Tive uma estranha sensação de conforto por voltar a um local e uma casa conhecida.
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  • São Lázaro

    February 25, 2022 in Brazil ⋅ ☀️ 29 °C

    Hoje foi um dia bem tranquilo para relaxar.
    Ao final do dia fomos com a Alice e o João para São Lázaro. Uma pracinha com uma igreja, várias bares e vendedores de rua a vender acarajé e bebidas, onde os locais se juntam para ouvir uma roda de samba ou simplesmente para conversar, comer e passar um bom momento.

    Pelos vistos fomos embora na boa altura, passado pouco tempo de irmos embora entrou a polícia e mandou toda gente embora.
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  • Mergulho em Salvador

    February 26, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 28 °C

    Salvador é conhecido, na comunidade de mergulhadores, pelas dezenas de barcos que naufragaram ao longo da costa e na baía de Todos os Santos. Inclusive o ano passado afundaram um ferry para passar a ser uma atracção turística.

    Fomos visitar o Ferry boat Agenor Gordilho a 24m de profundidade. Obviamente com o curso que temos não deu para entrar dentro do barco, nem chegar à parte mais baixa que fica a 35m de profundidade. Mas despertou a curiosidade. Apesar de ter apenas um ano debaixo de água, já está cheio de vida.

    No segundo mergulho fomos visitar os restos do naufrágio do barco Blackedder, este com mais de 100 anos. Cheio de corais coloridos, peixes e muitos cavalos marinhos.

    À noite fomos para a casa do João petiscar e jogar uma cartada.
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  • Carnaval

    February 27, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 29 °C

    A Alice tinha comprado uns bilhetes para ir a uma festa de carnaval. Nunca será a mesma coisa do que sem covid, mas dá um gostinho. Passámos na casa dela primeiro, para pôr umas purpurinas, alguma coisa para fingir que estávamos mascarados e seguimos para o bairro de Santo António. Supostamente a festa começava as 17h.

    O bairro boémio já estava cheio de pessoas mascaradas e as nossas purpurinas perdiam-se no meio daquelas máscaras todas. A festa com concertos e fanfarras durou até a meia noite. O perigo é que não jantámos e as garrafas de gengidrink que o Valentim comprou, juntamente com as cervejas, foi suficiente para arrumar com os 4.

    Antes de irmos dormir fomos todos comer um hambúrguer delicioso no Bravo. Foi o que nos safou.
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  • Ponta do Humaita

    February 28, 2022 in Brazil ⋅ ⛅ 28 °C

    Pela manhã fomos ao Forte Santo António da Barra ver uma exposição do Carybé, um artista plástico argentino com grande expressão em Salvador. Viveu quase 100 anos e tem milhares de obras.

    que o mesmo bilhete também dava acesso ao Forte Santa Maria, aproveitámos e fomos ver uma exposição de fotografia, com principal fotógrafo Pierre Verger. Um grande fotógrafo cujo algumas obras faziam parte da colecção de fotografias da Frida Kahlo.

    Seguimos para a Igreja da senhora do Bonfim. Erguida no século XVIII, é uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade. Também conhecida pelas fitinhas, que cada pessoa coloca em qualquer espacinho. Na realidade esta tradição vem do início do século XIX, quando um padre arranjou esta forma de angriar dinheiro para a igreja. Em Setubal existe uma réplica desta santa.

    Da igreja do Bonfim, seguimos junto ao mar até à Ponta do Humaita para ver o pôr do sol. Este caminho é na realidade dentro da favela. A rua junto ao mar é o quintal das pessoas que moram aqui. Puxam umas cadeiras, uma coluna, umas cervejas e nalguns casos um churrasco e ficam a curtir com a melhor vista para o pôr do sol.

    Quando o sol se pôs chamámos um Uber. Infelizmente o espetáculo por aqui começa depois. O céu ficou completamente vermelho. Lindo.
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  • Last day

    March 2, 2022 in Brazil ⋅ ☁️ 29 °C

    Passámos a manhã na casa da música da Bahia. É a segunda vez que visitamos este museu. Mas com tantas horas de vídeo que eles têm, dá para ir muitas vezes. Acompanhámos a história musical de 3 bairros.

    Itapagipe, de onde vinha a irmã Dulce, a santa dos pobres, que foram obrigados a viver em condições precárias e criar palafitas para servir de casa.

    Cajazeiras ou cajacity com muita influência de reggae, hiphop e onde foi criado o primeiro trio LGBT.

    E Tororo, com o seu bloco de carnal Apaxes e os 8 Orixas no dique.

    Almoçámos no Shanti, no Rio Vermelho, um restaurante marroquino e indiano. Depois de uma paragem na praia da Paciência, tivemos que ir fazer o teste de covid. Confesso que estava um pouco nervosa e quando recebi o resultado negativo fiquei muito aliviada.

    Jantámos na casa da mãe da Alice que fazia anos e aproveitámos para nos despedir da família toda. Foi muito boa surpresa a cidade de Salvador.
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  • A caminho de casa

    March 3, 2022, South Atlantic Ocean ⋅ 🌧 27 °C

    A chuva torrencial em Salvador, aumentou o transito tal e atrasou a chegada ao aeroporto ao ponto de começar a ver a minha vida a andar para trás. As estradas tinham mais de 20cm de água.
    Já no aeroporto de Salvador, sugeriram despachar a nossa bagagem de mão. Ingenuamente dissemos que sim, mas quando íamos para despachar as malas, a senhora disse logo que estávamos em excesso de peso e que ela não podia aceitar. Somos tão burros, sabíamos muito bem que tinhamos excesso de peso (eu com 13kg o Valentim com 15kg).
    O Valentim tirou os dois livros que tinha na mala e tentei fazer ver á senhora que apenas estávamos aí porque a colega tinha sugerido despacharmos a bagagem de mão porque o voo ia cheio. Ufff... ela acabou por deixar passar.
    Em São Paulo tínhamos que passar pelo mesmo processo, já estávamos cheios de ideias como tirar o peso da mala. Mas conseguimos fazer tudo no self-service e passámos sem problemas, não é a easyJet...
    Só 9h35 nos separávamos de casa.
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    Trip end
    March 4, 2022