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1° Mochilão
  • Fabio Madruga

1° Mochilão

Mochilão do Rio de Janeiro à Ciudad del Este. Les mer
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    21. april 2017
    Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Nilópolis

    21. april 2017, Brasil ⋅ 🌙 18 °C

    Alívio, foi o que senti, assim que comecei a caminhar para fora de minha rua, de minha casa, de minha zona de conforto, de meu vil e dócil refúgio...
    Haviam passado horas, dias, semanas e meses... com aquelas ideias em minha cabeça, enquanto planejava, sonhava, elaborava, remodelava e rejeitava planos e convicções; e é assim que se inicia a narrativa desta inesquecível jornada... por onde passei por cidades nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná e pelo departamento paraguaio do Alto Paraná.Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu

    21. april 2017, Brasil ⋅ 🌙 19 °C

    Agora, facilmente, noto que o que me deixara estático, era apenas o medo do desconhecido. Ou aprendo a conviver com ele ou estarei fardado ao fracasso.
    Enquanto deixava minha pequena cidadezinha para trás, a menor cidade do Rio de Janeiro e sétima menor do Brasil, pois, certamente, você já ouviu falar na escola de samba Beija-Flor de Nilópolis e̶ ̶d̶a̶s̶ ̶a̶t̶r̶a̶e̶n̶t̶e̶s̶ ̶c̶o̶m̶u̶n̶i̶d̶a̶d̶e̶s̶ ̶d̶a̶ ̶C̶h̶a̶t̶u̶b̶a̶ ̶e̶ ̶d̶o̶ ̶C̶h̶a̶p̶a̶d̶ã̶o̶,?
    Segui sobre o asfalto quente, até o ponto de ônibus; pretendia iniciar por um parque que existe na cidade de Mesquita, apesar de pertencer à cidade de Nova Iguaçu. Trata-se de um parque natural, bem frequentado, fundado em 1998, recheado de histórias e atrativos: possui ruínas de um casarão colonial – a antiga sede da fazenda Espírito Santo, que existiu até o fim do século 19 – diversas trilhas e uma cachoeira belíssima, a Véu da Noiva, com seus 87 metros.
    Cheguei ao parque e percorri alguns poços, entre fotos e caminhos de lama e pedras, prossegui desviando de belas cobras coloridas e culminei na cachoeira supracitada, para um merecido banho e descanso.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Serra do Vulcão

    21. april 2017, Brasil ⋅ 🌙 31 °C

    Após relaxar um bocado, continuei para a Serra do Vulcão, que fica a poucos quilômetros, por uma trilha conectada à cachoeira, porém, apesar do nome da serra, nunca foram encontrados evidências da existência de um vulcão, inclusive geólogos, enviados pela Unesco na década de 1990, fizeram várias pesquisas para confirmar a inexistência.
    O cume situa-se a 780 metros, de lá descortina-se uma vista magnífica da cidade de Nova Iguaçu e do relevo do Gericinó e do Mendanha, por sinal, aqui é um dos melhores pontos para voos de asa delta e parapente do estado.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Cabo Frio

    22. april 2017, Brasil ⋅ 🌧 26 °C

    Reenergizado pelos encantos do parque, parti em direção à cidade de Cabo Frio, capital da Região dos Lagos (região do litoral norte do Rio de Janeiro), conhecida pelas belas praias, pelas noites agitadas e pelos diversos dias de sol, ou seja, de frio só o nome mesmo. Hoje experimentaria, pela primeira vez, o aplicativo 𝙘𝙤𝙪𝙘𝙝𝙨𝙪𝙧𝙛𝙞𝙣𝙜, que é um aplicativo que conecta viajantes, com o objetivo de intercâmbio cultural e hospedagem solidária. Patrícia, minha anfitriã, já me aguardava na rodoviária, com um sorriso espontâneo e uma camisa reluzente do Brasil, nos cumprimentamos e seguimos à sua casa, que fica no bairro Peró, um pouco afastado do centro. À noite conversamos e gargalhamos sobre viagens e livros, ao som de música popular brasileira e goles de um estranho vinho de origem duvidosa.Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Trilha da Jararaca

    23. april 2017, Brasil ⋅ 🌧 22 °C

    Despertamos cedo e ela me convidou para uma trilha, ah, mal sabia ela que eu sou aficionado por trilhas.
    Chegamos no início da trilha, que fica no fim da Prainha, na cidade de Arraial do Cabo e costeamos a enseada até a Ponta da Jararaca – que dá nome a trilha e fiquei pasmo ao saber que a origem do nome é pela abundância de ̶c̶o̶a̶l̶a̶s̶ cobras jararacas, que surpreso fiquei!
    A trilha termina na envolvente e belíssima Praia do Forno, lugar ideal para aquele lindo descanso e se jogar em suas congelantes águas sem peixes, porquanto, nem estes animaizinhos suportam a baixa temperatura nestas águas.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Arraial do Cabo

    24. april 2017, Brasil ⋅ ☁️ 25 °C

    No dia seguinte retornei à Arraial do Cabo, queria explorar mais as praias e o pequeno centro histórico, como Patrícia estava trabalhando, recorri novamente ao 𝙘𝙤𝙪𝙘𝙝𝙨𝙪𝙧𝙛𝙞𝙣𝙜, para encontrar alguém que estivesse na mesma vibe que eu. Após alguns minutos, encontrei uma baiana de férias, que também estava afim de bater perna e ficar hipotérmica na praia.
    No trajeto do ônibus descubri que Brendha é funcionária pública e sonhava em fazer um ciclomochilão pela América do Sul.
    Passamos pela bonita e azulada Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, construída em 1503 pelos invasores portugueses, depois por muitas agências de mergulho e vendedores de passeios de barco, estes últimos cansam pela insistência. Seguimos pelas praias: dos Anjos, do Forno e Grande, nesta última, paramos para almoçar e fritar sob o sol escaldante, na verdade só ela se grelhou, fiquei ora na sombra, ora na água.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Parque Costa do Sol e Bairro da Passagem

    25. april 2017, Brasil ⋅ 🌙 24 °C

    No despertar da aurora, duelei com o galo e acabei perdendo e acordando, desjejuei e me preparei para visitar as praias menos populares do Parque Estadual da Costa do Sol. Tal como imaginei, as praias são ou estavam inóspitas, a iniciar pela singela Praia Fofa e suas pedrinhas, pedras e pedregulhos, depois a naturalista Praia Brava e a Ponta do Papagaio, de onde se avista a ilha de mesmo nome.
    Quando regressava, visitei a Caverna ̶do̶ ̶D̶r̶a̶g̶ã̶o̶ dos Escravos, um sítio arqueológico que servira de esconderijo aos escravos, e atualmente, só se escondem um amontoado de morcegos.
    É irônico e estranho, observar que as praias mais fáceis de se chegar são as mais fotografadas e promovidas, enquanto que existem outras tantas permanecendo às margens das redes sociais, assim a natureza ainda respira.
    No fim do dia, vaguei solitário pelo charmoso Bairro da Passagem, onde se iniciou a ocupação da cidade e ainda preserva casarões, monumentos e a pequena Igreja de São Benedito, erguida em 1761.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Ilha do Japonês e Praia do Forte

    26. april 2017, Brasil ⋅ 🌙 27 °C

    Para meu último dia em Cabo Frio, havia separado os dois destinos mais famosos: a Praia do Forte e a Ilha do Japonês!
    Parti cedo, só deu tempo para uns ovos mal fritos e achocolatado geladinho.
    Patrícia, mesmo atrasada, me deu uma carona até o centro histórico; surpreendente e bem sinalizado, com diversos monumentos, igrejas seculares, casarões e prédios tombados. Progredi pelo canal Itajuru, observando as afoitas gaivotas, os pacientes pescadores e os não tão pacientes promotores de passeios de barco, aliás, gostei de ver a diversidade de tons, cores e nomes nos mais variados barcos. Margeei o lado oeste do mesmo canal, passei pela Rua do Biquini, que é onde funciona o polo comercial, continuei pelo bairro nobre de Ogiva e seus condomínios fortemente guardados, pra, enfim, atingir a rua de acesso à Ilha do Japonês, ao qual poucos chegam caminhando, só se vê carros e tickets de estacionamento.
    A ilha é bem bonita, mas não condiz com a fama toda que tem, possui águas calmas e claras, que mal batem na canela, alguns poucos bares com preços abusivos e nada convidativos, para ostentar coquetéis muito bem decorados; resolvi parar um pouco e tirei algumas poucas fotos, pra assim prosseguir ao Forte São Mateus.
    A Praia do Forte está localizada no centro e é o principal destino da cidade, quiçá de toda a região, é abarrotada de gaivotas, turistas, locais, gaivotas, cadeiras, guarda-sol e mais gaivotas – creio que também seja o principal destino de veraneio destas gulosas aves.
    No início da praia está o Forte São Mateus, que foi importante na guerra entre os invasores portugueses contra os invasores franceses, ao lado do forte existe a passagem Boca da Barra, local que serve de limpeza e separação dos peixes e adivinhe quem gerencia: as gaivotas, com seu exército de pombos; extrema cautela neste local!    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Armação dos Búzios

    27. april 2017, Brasil ⋅ 🌧 24 °C

    É chegado o momento de me despedir de Patrícia e me direcionar à jovem cidade de Armação dos Búzios, popularmente chamada de Búzios. A minha primeira experiência com o 𝙘𝙤𝙪𝙘𝙝𝙨𝙪𝙧𝙛𝙞𝙣𝙜 havia sido sublime, entrei como hóspede e saí como um amigo; ela me levou para almoçar na Praia do Forte e de lá me trouxe à Búzios, onde fica uma das escolas em que ela trabalha.
    Meu anfitrião seria James, norte americano, casado com a paulistana Jackie. Assim que cheguei, conheci as duas filhas adolescentes de Jackie e as outras duas meninas que eram hospedadas. Elas estavam de saída e me chamaram no canto, confessaram sobre as brigas do casal e a bagunça que a casa se encontrava, que já havia percebido, contudo, pensei se tratar de um ciclone tropical.
    À noite encontrei James e as meninas em um bar com aspecto de pub inglês, cujo dono era amigo dele, assim o permitiram preparar drinks; ̶p̶u̶t̶a̶q̶u̶e̶p̶a̶r̶i̶u̶ palavrinhas fofas de baixo calão... passei mal pacas, havia pimenta demais e álcool de menos!    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Armação dos Búzios

    28. april 2017, Brasil ⋅ ☁️ 23 °C

    Não sou de reclamar, ainda mais demonstrar ingratidão a quem abriu a casa para mim, entretanto, a situação na casa de James não era nada favorável, Jackie se incomodava por estar um outro homem na casa, receosa por suas filhas e só não discutem quando não estão juntos.
    Aproveitei, para dar uma volta e pensar no que fazer, Brendha me enviou uma mensagem dizendo que estava hospedada no centro da cidade e me diz que havia vagas, assim facilitou bastante minha decisão!
    Expliquei à James como me sentia, que em seu jeito peculiar, compreendeu e me desejou uma boa estadia, caminhei para o hostel, onde estava rolando uma festa ou algo parecido, sabe aquela música né... "festa estranha com gente esquisita", assim me encostei em Brendha.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Armação dos Búzios

    29. april 2017, Brasil ⋅ ☁️ 22 °C

    Como acordado na festa, todos despertaram cedo, ainda com ressaca, antes das 8h estávamos caminhando pelas ruas de pedras do centro de Búzios; o tempo colaborou bastante, um sol reluzia firme acima de nossas tontas cabeças, contudo, estávamos preparados: frutas, sanduíches, biscoitos amanteigados, água e muita cerveja – é bom se hidratar sempre que possível!
    Praia após praia, fomos muito bem cortejados pelos ‘tios’ e ‘tias’ presentes – drinks e convites para festinhas duvidosas não nos faltaram! Para finalizar, fomos contemplados com um magnífico e renovador pôr do sol, na tumultuada Praia da Armação.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Rocha Leão

    30. april 2017, Brasil ⋅ ☁️ 22 °C

    Resolvi deixar Búzios um pouco mais tarde do que pretendia, afinal, havia rolado uma ótima conexão com Brendha.
    A minha próxima anfitriã Roberta, só poderia me receber após o seu trabalho. Então, chamei Brendha para uma última caminhada e nos sentamos nas areias sombreadas da Praia dos Ossos, ao passo que traçávamos planos incertos sobre um futuro improvável. Após a praia, consegui uma carona na saída da cidade, com uma certa facilidade, acho que minha caligrafia nas placas de papelão estava melhorando.
    Chegando em Rio das Ostras, joguei-me na rota do afastado bairro de Rocha Leão, onde há uma estação ferroviária colonial e belas montanhas ao redor.
    Quando cheguei à casa de Roberta, já havia petiscos e bebidas à minha espera – ela estava bem ansiosa, pois era sua primeira vez hospedando.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Mar do Norte

    1. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 23 °C

    Feriadão em plena segunda feira, que beleza! Roberta me sugeriu um passeio, visitar a praia mais distante, quase em Macaé; tô de boa, aceitando todos os convites!
    A praia chama-se Mar do Norte, selvagem, inóspita e belíssima; vegetação nativa e muitas pedras, nestas pedras existem dezenas, de ̶h̶i̶e̶r̶o̶g̶l̶i̶f̶o̶s̶ petróglifos, aqueles desenhos que nossos ancestrais faziam nas cavernas, por não terem smartphone, nem vídeo game; inclusive existia uma lenda ao qual estes desenhos foram realizados por alienígenas (nota-se que os cogumelos daqui são de uma qualidade excepcional), entretanto, um escultor local, Dunga, assumiu a autoria e disse que queria trazer beleza e arte, ufa, pois, quase acionaram os guardiões da galáxia!
    À noite assistimos filme, com pipoca amanteigada, milhos queimados e guaraná natural adocicado.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Rio das Ostras

    2. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 22 °C

    Acordei cedo, para caminhar por toda a orla da cidade, desde a Praia Abricó, na divisa com a cidade de Casimiro de Abreu, até a Praia Itapebussus, passando pela popular Praça da Baleia, onde existe uma escultura de bronze em tamanho real, de uma baleia jubarte e um mergulhador em sua cauda.
    A cidade tem um ótimo potencial turístico, contudo, é ofuscada pelas cidades mais famosas e melhores desenvolvidas da região; as praias são bonitas, porém, não me impressionam.
    À noite cozinhei para Roberta, como gratidão e tive plena certeza de que seria apenas o primeiro hóspede, muitos ainda hão de se hospedar cá.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Barra de São João

    3. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 23 °C

    Pela manhã, Roberta me deixou na rodoviária, entretanto, mudei de ideia, após perceber que são apenas 10 quilômetros de caminhada até o centro de Barra de São João, distrito de Casimiro de Abreu.
    Costeei, novamente, a orla de Rio das Ostras, para depois adentrar nas ruas bem ordenadas e sombreadas do centro histórico de Barra de São João, para, assim, margear o Rio São João.
    Este percurso faz parte do Caminho de Darwin, trajeto que ficou famoso por ter sido a rota deste famoso biólogo inglês, em 1832.
    O centro histórico é pequeno, abrangendo a Capela de São João Batista, do século 18, o Museu de Casimiro de Abreu, que é exclusivamente dedicado ao falecido poeta, que dá nome à cidade, a ponte quebrada, que é exatamente isto, uma ponte que serviria aos trens, porém, com o cancelamento do projeto, passou a ser utilizada por carros e pedestres, com o iminente desabamento, outra ponte foi construída e em alguns anos a ponte antiga desabou, tornando-se um exótico e estranho atrativo turístico.
    Após fotos e descanso às margens do rio, parei no acostamento da estrada e consegui uma carona para Iguaba Grande, onde Daisy, minha próxima anfitriã, me aguardava.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Iguaba Grande

    4. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 19 °C

    Daisy conheceu o aplicativo através da filha, que havia feito um mochilão; ela é divorciada e vive sozinha, em uma aconchegante e grande casa à beira da Lagoa de Araruama, um lugar de muita tranquilidade.
    A cidade de Iguaba Grande me é familiar, pois meu avô possuía um trailer e uma casa aqui, onde passei muitos verões e feriados, quando a cidade ainda pertencia à São Pedro da Aldeia – só se emancipou em 1993; é uma cidade bem pequena, mais barata e tranquila que suas vizinhas, mas, para ser sincero, não há muito o que fazer por aqui, apenas a nostalgia das boas lembranças me trouxe de volta.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    São Pedro da Aldeia

    5. mai 2017, Brasil ⋅ 🌙 25 °C

    No dia seguinte, peguei a bicicleta de Daisy emprestada e rumei, sob ventos fortes, para a cidade vizinha de São Pedro da Aldeia. Optei por costear a Lagoa de Araruama, observando as pequenas vilas e as bucólicas praias, com o intuito de evitar a caótica rodovia RJ 116.
    No centro da cidade, logo notei a imponente Igreja Matriz de São Pedro da Aldeia, magnífica edificação do século 18, todavia, o que mais me cativou foram os cata-ventos; há centenas por aqui, dos mais diversos tamanhos, tons e cores, queria tanto um de souvenir...    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Caminho Niemeyer

    6. mai 2017, Brasil ⋅ 🌧 23 °C

    Pela manhã, fui surpreendido com um farto café da manhã e uma carona já à minha espera, orquestrada por Daisy e sua filha; nos abraçamos por um bom tempo e segui meu destino.
    Katy, minha anfitriã em Niterói, próximo destino, é tcheca e eu já a conhecia, em virtude de já lhe ter hospedado, quando eu morava no bairro da Lapa na cidade do Rio de Janeiro. Ela estudava português e ensinava inglês online, vivia perto do centro e tão breve cheguei, fui intimado a visitar o Caminho Niemeyer.
    Um passeio tranquilo pelas obras do mais famoso arquiteto brasileiro, diversas risadas e algumas tentativas frustradas de se falar o idioma nativo do outro.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Jurujuba

    6. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 24 °C

    Antes do crepúsculo, fomos prosear e ver a vida passar na vila de pescadores de Jurujuba. Lugar ideal para deixar o tempo passar, observar as garças, as palmeiras e os pequenos e coloridos barcos, avivando um mosaico belíssimo.
    Katy é uma experiente viajante, tendo viajado pela América do Sul e Europa, apaixonou-se pelo Rio de Janeiro e queria prolongar ao máximo sua estadia.
    À noite, retribui toda gentileza com uma suculenta e cheirosa moqueca de peixe e frutos do mar – ela aprovou, amou e repetiu!    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Fortes de Niterói

    7. mai 2017, Brasil ⋅ 🌧 25 °C

    Acordei cedo, como de costume e ansioso, pois visitaria os fortes: São Luís, do Pico e Santa Cruz da Barra, todos listados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO; sempre que possível, incluo estes atrativos em minhas rotas.
    O Forte São Luís está em atividade, então, é um percurso limitado, visitando poucos recintos, por isso foi o que menos me impressionou, depois subi o Forte do Pico, que alguns ̶i̶d̶i̶o̶t̶a̶s̶ viajantes gostam de chamar de "Machu Picchu Brasileiro", detesto estas comparações, mas, desta vez capricharam na estupidez!
    O forte é um sítio arqueológico, bem conservado e detém visuais ótimos, tanto da Baía da Guanabara, quanto do lado oceânico de Niterói. Por último visitei a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, imponente e importante forte, datada de 1612, deitada de frente para o Pão de Açúcar, parece até que o espera para dormir de conchinha. A fortaleza possui visitas guiadas, é um atrativo bem popular por figurar entre as 7 maravilhas de Niterói e era a principal defesa da Baía de Guanabara.
    O dia foi muito produtivo, as visitas guiadas agregaram muito mais valor a minha experiência e recomendo bastante a visita à estes fortes.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Mangaratiba

    8. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 26 °C

    Katy e eu preparamos uma l̶a̶v̶a̶g̶e̶m̶ mistura para o café da manhã, culinária tcheca e brasileira, como se fosse uma nova sensação musical do carnaval baiano! Sem demora arrumei uma carona para a região que mais gosto do Rio de Janeiro: a Costa Verde!
    Ficaria hospedado na casa de Thiago, no centro da cidade de Mangaratiba. Assim que cheguei, fui guiado à pequena e pavorosa Praia de Santo Antônio, onde paramos para um par de cervejas e ele me disse que estava investindo em uma carreira musical, acabei contemplado com umas canções em seu rústico violão sob um belo pôr do sol.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Pedra do Urubu

    9. mai 2017, Brasil ⋅ 🌙 23 °C

    O sol me despertou pela fresta da janela, aproveitei e saí para caminhar pela orla da Praia do Centro e espreitar o cotidiano. Thiago, mais tarde, se aproximou, com sua namorada Valéria, que me convidou para almoçar em sua casa. Mesa farta, pessoas sorridentes em meio à simplicidade dos talheres e dos pratos, músicas populares ecoavam da antiga e potente caixa de som, ditando o ritmo das batidas de pés, enquanto me bombardeavam com perguntas, dúvidas e sugestões; até que me saí bem e recebi outro convite, para retornar mais tarde.
    Thiago me levou à uma leve e curta trilha que existe nos arredores e em pouco menos de meia hora chegávamos ao cume do Pico do Urubu, de onde se contempla toda a enseada do centro da cidade, de Sahy e de Ibicuí.
    Como prometido, retornamos à casa de Valéria e teve início uma noite de jogatina, risadas e bebidas; ideal para se perder nas ideias e no tempo e apenas gozar o momento.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Angra dos Reis

    10. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 29 °C

    Thiago me deixou na Rodovia Rio-Santos – a BR 101, de lá foram 2 ônibus para chegar à casa do meu próximo anfitrião, Rafael, que por sinal é meu irmão; ele mora no bairro Japuíba, próximo ao centro de Angra dos Reis. Chegando à cidade, passei um tempo no centro de informações turísticas, buscando mapas e orientações sobre algumas trilhas, cujos detalhes não encontrei na rede e em seguida, passei pelo monumento dedicado à Ayrton Senna, pelos três reis magos – que dá nome a este local e, por último, a fétida Praia do Anil, com seus belos e grandes urubus em busca de alguma carniça.Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Estrada do Contorno

    11. mai 2017, Brasil ⋅ 🌧 21 °C

    Rafael não curte passeios, então, busquei companhia no aplicativo, uma vez mais e conheci uma paulistana, Juliana, que havia se interessado por minhas ideias e rota de viagem e gostaria de me conhecer para talvez me acompanhar.
    Ela não conhecia o Rio, adorava praias, sol e 'brejas'; lhe convenci a visitar as 14 praias da Estrada do Contorno, que costeia a enseada de Angra e não são nem um pouco populares.
    Após o passeio seguimos para o centro histórico e passamos a noite tentando nos conectar e decidir o que visitar no dia seguinte.    Les mer

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  • Fabio Madruga1° MochilãoFabio Madruga

    Sertão do Taquari

    12. mai 2017, Brasil ⋅ ☁️ 22 °C

    Havíamos decididos ir a Paraty, afinal, ela havia amado as fotos que tirei dela e queria mais. Partimos por volta das 8 horas, vagarosamente contemplando a natureza, parando em mirantes, tirando fotos e comprando frutas vendidas à beira da estrada.
    Estávamos sem pressa e por isso paramos em Taquari, um bairro que queria conhecer, por ser repleto de trilhas e cachoeiras.
    Nas trilhas havia de tudo: pontes f̶e̶i̶t̶a̶s̶ ̶p̶e̶l̶o̶ ̶T̶a̶r̶z̶a̶n̶ de madeira e cipó, pedras, animais nada amistosos, crianças muito amistosas; ficamos bem à vontade, permanecendo por horas e dividindo a queda d’água com a molecada, que disputavam quem detinha o mais alto e longo pulo, até que foi divertido.
    Deixando Taquari para trás, no início da noite, chegamos ao centro da cidade para se aconchegar, esticar as pernas e relaxar sobre uma bela rede.    Les mer

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