Tukad Subakdayang

Partimos uma vez mais na nossa já familiar e castigada mota em direção à parte norte da ilha, um destino do qual ouvimos dizer que se respira tranquilidade, longe das multidões da península do sul e onde esperamos encontrar uma parte rodeado de mais natureza e de balineses dedicados às suas rotinas tradicionais e genuínas intocadas pelo lado negativo que pode ter o turismo.
Após umas quatro lentas horas em moto, passando pela caótica e disforme capital Dempassi e inúmeras estradas secundárias movidas pelo tráfico interminável, chegamos, por fim, a Medewi, o nosso primeiro destino na costa oeste. Nesta pequena povoação apenas chegam alguns aficionados do surf, onde podem encontrar a onda mais comprida em toda a ilha, sendo possível estar de pé na onda aproximadamente dois minutos. Aqui passámos três dias perfeitos. Tínhamos o nosso quarto a 50m da praia e do melhor bar/restaurante. Olhando para um lado e para o outro do areal não se via o fim dando a maior sensação de liberdade e de que tudo nos pertencia. Medewi proporcionou-nos aquilo que de melhor se pode ter na Indonésia: sol, ondas, boa comida, descontração e uma boa massagem antes de viajarmos ao próximo destino, Munduk.
Munduk encontra-se mais no interior da ilha, num vale rodeado de verdejantes montanhas. O maior atractivo aqui foi o verdadeiro buffet de cascatas, de todos os tamanhos e formas, que podemos disfrutar. Passámos por intermináveis campos de arroz, provámos com um pouco de peso na consciência, uma taça do famoso café kopi luwak e que não nos pareceu nada de especial e tivémos a opurtunidade de dormir num lugar com uma vista idílica, das mais bonitas que vimos em toda a viagem.
Visitámos também a costa norte e a cidade de Lovina, que nos pareceu sem grandes encantos e um pouco demasiado turístico, provavelmente devido à presença de plâncton bioluminescente e de golfinhos. O que sim nos deixou agradavelmente surpresos foi um dos poucos templos budistas em todo o país. A beleza dos vários edifícios, únicos coloridos e de formas extravagantes, em perfeita simbiose com a paisagem fez deste templo um dos nossos favoritos.
Saímos desta excursão, com a sensação de que ficámos a conhecer bastante bem toda a ilha e de que pouco ficou por ver mas nem por isso ficámos com menos vontade de regressar a este paraíso.
Os últimos dias passámos em Uluwatu para despedirmo-nos dos nossos amigos e apanhar as últimas ondas. Destes dias temos que destacar o dia em que fui surfar a onda ao lado da pista de aterragem do aeroporto, a 1km da costa onde para se chegar se tem que apanhar um barco e depois fomos comprar o jantar ao mercado que está ao lado. Dois enormes peixes, choco e zamburinhas que nos cozinharam ali no momento. Não podíamos ter pedido melhor despedida, rodeados de amigos, boa comida e bom ambiente, um mês perfeito o qual recordaremos sempre com muitas saudades.Read more