• Argentina, Buenos Aires 2

    6. august 2018, Argentina ⋅ ⛅ 15 °C

    E depois, e depois há o dia seguinte com toda a cidade a pulsar vida e também morte, no Cemitério da Recoleta, onde descansa Evita. A livraria El Ateneo Gran Splendid faz justiça ao seu nome. É um teatro recuperado com salas de leitura nas coxias e um café chic no palco. Sento-me e fico virada para um escaparate onde está exposto um livro de nome Voces de la Saudade... e cá está ele: Pessoa também na Argentina. Á entrada há uma explicação sobre a classificação da livraria. Segundo o The Guardian, esta é a segunda livraria mais bonita do mundo. A primeira é em Maastrich. A terceira é a nossa Lello, no Porto.
    Vamos a Puerto Madero para confirmar a nossa saída para o Uruguai. É uma zona de docas que tem agora mais de cem lojas de marcas internacionais e restaurantes de aparência elegante.
    Temos ainda tempo para um par de horas em La Boca, a zona artística da cidade, onde cresceu Maradona. O Caminito é famoso pelo seu colorido e pelos pequenos atelieres de artesãos argentinos com os seus produtos de lã, couro ou ainda as suas pinturas cubistas coloridas. Crianças em ringues de cimento jogam futebol para serem os novos heróis e as ruas laterais ao centro colorido del Caminito mostram a degradação da América Latina a que já nos vamos habituando...
    Les mer

  • Argentina, Buenos Aires 1

    5. august 2018, Argentina ⋅ ☀️ 13 °C

    Buenos Aires é enorme vista do ar! Plana, com o Rio de la Plata que mais parece um mar com o seu estuário que se alarga por vinte quilómetros.
    À saída do aeroporto empunho o telemóvel para confirmar direções. Um velho careca roda o indicador na têmpora e chama-me “chica loca”. Manda-me guardá-lo. Porém, nos dois dias que aqui passamos, nunca senti que alguém quisesse ficar com ele. As pessoas caminham normalmente de telemóvel na mão a falar ou a ouvir música, e todas parecem ter um telemóvel melhor que o meu 😁.

    Ficamos no coração da cidade, numa perpendicular à Av. 9 de Julio, com as suas vinte faixas de rodagem e milhares de carros e autocarros que circulam constantemente. A rede de metro é insignificante comparada com os autocarros que inundam as ruas da capital. E é de autocarro - omnibus - que nos deslocamos normalmente. Nem sempre é fácil. O 33 tem um rota definida, mas nem todos os 33 chegam ao final da rota. Assim é com qualquer carreira. É preciso perguntar sempre e anunciar o nosso destino ao condutor que digita o código certo antes de colocarmos o cartão SUBE para descontar o valor certo. Após dois dias percebemos o funcionamento, mas penso que levaria meses a afinar até chegar à mestria da rede rodoviária de Buenos Aires.

    Domingo é dia de San Telmo. A rua está fechada ao trânsito e há tendas de comida mexicana e equatoriana dos dois lados. Ao fundo um palco com danças típicas a decorrer. Há também postos de recenseamento e apoio aos imigrantes do México e do Equador.
    Por trás do palco já conseguimos ver a Casa Rosada, de onde Evita Peron fez o seu famoso discurso. Maradona também a usou para agradecer aos seus fãs.
    Passeamos pela zona pedonal da Flórida e reservamos o nosso show de tango. Temos ainda tempo para descansar um pouco no apartamento de estilo descontraído onde ficamos. Gisela, a proprietária, conta-nos que era o apartamento dela, mas que optou por morar nos subúrbios, em Palermo, por ser mais sossegado. É um apartamento com alma. No primeiro andar, tem um pé direito enorme, uma sala e uma copa espaçosas, um terraço magnífico cheio de plantas, espreguiçadeiras e mesa para jantar e ainda dois jardins interiores que devem ser fresquinhos no verão. Os livros das viagens que fez e que os viajantes vão deixando tornam este espaço cheio de vida. É só nosso. É época baixa e, por isso, o outro quarto está vazio. Cláudia, é a nossa anfitriã durante o resto do tempo. Prepara-nos o pequeno almoço e o quarto de maneira zelosa, sempre com um sorriso pronto.
    Mas, estava a falar de tango. Ainda que se vejam competições de tango argentino na televisão, o tango aqui não é uma competição. É como ir ao teatro. O espetáculo conta uma história. As bailarinas não parecem ter ossos e atiram as pernas como se delas se quisessem ver livres. É até um pouco violento e dorido. Tem doçura também na voz dos cantores e nos rostos vincados dos homens que parecem ao mesmo tempo implorar a atenção das mulheres com quem dançam. Uma das danças é na primavera, um enamoramento... maravilhoso. Apesar de não haver cenário consegui imaginar a paisagem bucólica por trás do bailado. Era uma dança de homens que passou a acolher mulheres e é assim que o espetáculo começa... homem com homem.
    Les mer

  • Brasil - Argentina, Iguaçu - Iguazu

    4. august 2018, Argentina ⋅ ☁️ 18 °C

    Aterrámos na noite anterior em Iguaçu. Não vimos nada das Cataratas, mas o dia seguinte compensou. A natureza indomável. Não há palavras suficientes para descrever o que os olhos viram. Do lado brasileiro, ao chegar ao local, começa-se logo a avistá-las. Caminha-se ao longo delas, se assim se pode dizer, nas suas margens. Podem-se avistar do outro lado como se despejassem água de uma bacia larga que cai para o precipício. É possível ir até à boca e vê-las de frente ou lateralmente. De frente é a melhor maneira de tomar um banho de chuveiro. Apesar de ser inverno, passamos por pai e filho que, na desportiva, se apresentam de chinelo de dedo e fato de banho, no espírito de “Já que te vais molhar, aproveita para o fazer a sério!” A juntar à magnificência das cataratas há ainda os animais. Bem de perto vêm-se tucanos nas árvores, como se fossem os nossos melros ou popas- meios desconfiados mas fáceis de ver.
    A fronteira demorou mais tempo do que esperávamos e já só pudemos ver a imponente Garganta del Diablo do lado argentino. Para lá chegar caminha-se por cima do delta do rio sobre uns passadiços de rede forte de metal e madeira. É uma caminhada calma e silenciosa. Mergulhões, patos, tucanos, abutres e pássaros de pequeno porte e diversas cores, mantém-se ocupados, não dando importância à intrusão humana. Ao longe vê-se uma névoa, ou fumo, ou nuvem por trás da flora tropical que invade as pequenas ilhas ao longo do delta do rio. Ao chegar mais perto vê-se a água a desaparecer num sifão e, de repente, está-se em cima dela... a Garganta del Diablo. Se se fixar o olhar apenas na água que cai para o abismo parece impossível resistir-lhe. Dou por mim a pensar que antes de haver os passadiços e as guardas, seguindo o olhar mergulhava-se numa queda infinita para o abismo. Pois é assim que as vejo, ou melhor, não vejo. O fim não parece existir. Difícil de explicar este misto de emoções de respeito, loucura, beleza, fascínio e um certo calafrio. É do Diabo!
    À noite, o nosso primeiro bife argentino 👌👌!
    Les mer

  • Brasil, Rio de Janeiro 4

    3. august 2018, Brasil ⋅ ⛅ 23 °C

    Dia de arrumar bagagens e pôr os postais no correio. Diga-se que ainda há os frascos de cola para os selos como antigamente em Portugal. Uma última caminhada no calçadão e um nostálgico olhar para a praia de Copacabana que nos acolheu nestes três magníficos dias. Ficou por dar o mergulho nesta baía que nos terá que receber novamente, um dia...

    A baixa da cidade, com a imponente Igreja da Candelária, tem tantos edifícios coloniais que podia ser Lisboa! Outras praças parecem-se tanto com o Porto... e a par com isto a cidade transpira Rio de Janeiro. Estamos de saída para Iguaçu e o ónibus número 2018, que passa na Avenida Atlântica em frente a Copacabana, é direto ao aeroporto, mas dá-nos uma visão geral da cidade, passando pela baixa até ao Galeão, na Ilha do Governador. Já nos subúrbios da cidade a “zona industrial” é caótica e desconcertante. Há um viaduto por cima desta área que nos permite entrever pequenos focos de bonitas casas de antigos bairros coloniais, modestas, mas cuidadas e coloridas, lado a lado com garagens de mecânicos, sujas e encardidas, depósitos de todos os tipos de materiais recicláveis e fábricas de sabe-se lá o quê com telhados partidos por onde entra esta chuva extemporânea de agosto. Ao cruzar a ponte vêm-se pescadores à linha nas margens de uma baía onde tudo bóia e duvidosamente haverá peixes. É o contrário do que vimos nos dias anteriores em Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa Rodrigo de Freitas, Botafogo... o luxo e o lixo de uma das grandes metrópoles Sul Americanas.
    Les mer

  • Brasil, Rio de Janeiro 3

    2. august 2018, Brasil ⋅ 🌧 20 °C

    Este foi um dia em cheio! O Pão de Açúcar estava sem nuvens e pudemos ver toda a panorâmica desde Niterói a Copacabana. Só o Cristo Redentor se manteve tímido até ao último momento. Quando já descíamos surgiu suspenso por cima de uma nuvem, como se de uma aparição se tratasse!
    Após um breve almoço no Bibi, do outro lado da rua do hotel, embarcámos no tour Favela da Rocinha que tínhamos marcado novamente com Be a Local. Saímos de Copacabana com tempo seco e terminámos a tarde encharcados da chuva que não nos largou até virmos embora. O povo da favela, ao ver-nos entrar comentava: “Como é possível, meu irmão? Esses gringos são malucos! Tá caindo esse toró e eles tá vindo aqui prá favela!”
    Foi uma tarde frenética de descida acompanhada de uma enxurrada de água da chuva que lavou pés e calças de toda a gente, mas encheu corações. É fácil perceber que aqui vive gente comum que simplesmente não tem dinheiro para pagar a vida que a Europa considera normal. Isso não lhes rouba a dignidade ou identidade. Há mini mercados, pastelarias, galerias de arte, lojas de artesanato, restaurantes... Tudo o que se possa imaginar existe nesta favela gigante onde se estime que morem 1.2 milhões dos 10 milhões de habitantes do Rio de Janeiro. A Dona Maria tem o melhor brigadeiro que já comi, o Philipp vende a arte dos pintores da favela e o projeto educativo União de Mulheres para o Melhoramento de Roupa Suja enche as minhas medidas na sua simples complexidade e frágil sustentabilidade. Há o infantário, que só pode ser frequentado por crianças cujos pais trabalhem e as aulas de inglês para adolescentes para as tardes de estudo.
    No Brasil as escolas públicas só funcionam meio dia - turno da manhã ou da tarde. Como dizia Alexandre no dia anterior: “Não é nada de especial, mas é melhor do que nada!” A vista daqui para a outra “parede” da favela é “maravilhosa”.
    O dia culmina no estádio do Maracanã - imponente - num Fluminense-Defensivo do Uruguai que termina 2-0, resultado alcançado pouco antes do final da partida. Espetáculo maior o da alegria dos adeptos. O jogo em si, valeu pelo resultado.
    Les mer

  • Brasil, Rio de Janeiro 2

    1. august 2018, Brasil ⋅ ⛅ 20 °C

    O dia começou cheio de sol! Sete da manhã e a praia estava maravilhosa com a temperatura ideal. Um passeio pelo calçadão até ao forte de Copacabana, com um encontro com Carlos Drummond de Andrade e Dorival Caymmi pelo caminho, deu para perceber como é o Rio - a pulsar de vida e de agitação, mas com um movimento lento, parecido com o bater das ondas do mar. Sem pressa, com doçura.
    À tarde escolhemos ver a cidade na companhia de um carioca de gema com a companhia de tours Be a Local. Mas o tempo decidiu mudar e foi alterando as suas caras, passando do nublado ao nevoeiro que a seguir virou chuva. Ainda assim, o Rio visto do morro de Santa Teresa ao descer do Corcovado é magnífico! Dá para perceber porque é que os portugueses aqui se encantaram e por cá ficaram. Como dizia Alex, o nosso guia Carioca: “Água, fruta e tanta mulher descascada... que mais poderiam os marinheiros querer?” Subimos a escada decorada pelo artista Chileno Jorge Selaron que deve ter servido de inspiração às escadas em Águeda. Estas revestidas a mosaicos amarelos e verdes - cores do Brasil - e enriquecidas pelos azulejos que foram sendo dados por pessoas de todo o mundo. É um tributo a um amor que cedo terminou com a morte da morena por quem se enamorou e do filho que trazia no útero. Viveu no Rio até à sua própria morte, com o seu estilo bizarro lembrando um Dali de bigode mais farfalhudo de havaianas e calções vermelhos, referindo-se a si próprio como se fosse um Ferrari.
    A catedral do Rio de Janeiro, na Lapa, é desconcertante no seu exagero de dimensões e arquitetura. Parece um sino gigante que precisou, no entanto, de ter uma torre sineira externa! À sua volta encontram-se os edifícios principais das finanças do Rio de Janeiro e a circundar esta mini zona financeira estão os sobrados do Rio de Janeiro, que mais não são do que edifícios ao estilo lisboeta dos séculos XVIII-XIX. Alexandre lembra que na época se usavam os penicos e que, de manhã, se deveria gritar “Água vai!” ao lançar os dejetos pela janela... comum também em Portugal na mesma época. Acabámos por não visitar o Pão de Açúcar. Também este, à semelhança do Cristo Redentor, estava coberto de nuvens e nada daria para ver da panorâmica sobre a cidade. A chuva perdurou forte até ao fim do dia... desta vez, obrigou-nos a comer na cantina italiana ao lado do hotel.
    Les mer

  • Brasil - Rio de Janeiro 1

    31. juli 2018, Brasil ⋅ 🌧 21 °C

    À chegada ao terminal rodoviário temos logo uma percepção da parte menos maravilhosa da cidade . Temos que atravessar o rio para apanhar o ónibus para Copacabana e neste pequeno trajeto de 200 m, Wolfi é logo abordado por um junkie que, visivelmente drogado, lhe pede dinheiro. É a primeira vez no Brasil.
    A experiência do ónibus público é muito boa. Tínhamos feito pesquisa dos autocarros melhores para fazer o trajeto até ao hotel, mas acabamos por apanhar outro. O motorista e uma passageira foram muito prestáveis e o Maps.me é sempre uma garantia para não perder o rumo.
    Copacabana nada tem a ver com o terminal rodoviário. Ê um sítio bem descontraído com lojas que invadem o rés do chão dos prédios nas ruas principais - restaurantes, padarias e farmácias... muitas farmácias!
    A praia é maravilhosa! É inverno e, por isso, é quase toda para nós neste primeiro fim de dia. Há pessoas a caminhar, a fazer jogging ou simplesmente a contemplar o mar até ao fim do dia entrando pela noite dentro no areal iluminado por holofotes potentes. O calçadão está repleto de bares de praia com chopp Brahama, barraca sim barraca não. Estupidamente gelado! Que maravilha!
    Acabámos o dia na Tasca da Chiquita ao som de música nordestina a comer pastel de queijo e feijoada nordestina! Hmmmmm! Que maravilha!
    Les mer

  • Brasil - Paraty

    30. juli 2018, Brasil ⋅ ⛅ 25 °C

    Ao sair de autocarro de São Paulo vêem-se os subúrbios que me fazem lembrar África. Sem telhado, sem acabamento, algumas sem vidros ou janelas e todas com o tijolo à vista. Não são propriamente favelas porque há ruas para passagem de carros e os materiais são de construção normal, mas o ordenamento é na mesma caótico. É uma viagem de seis horas num confortável autocarro onde brasileiros e estrangeiros se misturam para visitar Paraty. A paisagem vai variando desde as pequenas cidades suburbanas ao campo, onde os morros de formigas são tão abundantes como cogumelos numa floresta de faias. A floresta autóctone é aqui abundante, mas também há grandes áreas de eucaliptal.

    Ao chegar a Paraty, chega-se a uma aldeia alentejana caiada de branco. As ruas de paralelo irregular, charretes de cavalos e burros a transportar turistas ou mercadorias e a maré que invade as ruas tornam a vila num dos sítios mais fotogénicos onde já estive. O espelho de água que se forma em muitas ruas cria reflexos perfeitos do colorido da povoação. Pássaros de todas as cores e feitios sobrevoam as águas e aterram nos parques num chilrear incessante. Ao fim do dia a chuva anunciada finalmente chega - é o toró. Vai e volta e finalmente pega até ao dia seguinte. De manhã, abro a janela para entrar o ar fresco e limpo da chuva, que entretanto parou, e há colibris a esvoaçar na vegetação em frente... Brasil 😍.
    Les mer

  • Brasil, São Paulo

    29. juli 2018, Brasil ⋅ ⛅ 26 °C

    São Paulo é uma cidade de muitos contrastes. Viajámos como sempre: transparentes nas nossas calças de ganga e t-shirts sem marca. Ninguém te incomoda quando viajas assim. Muito ouvimos falar sobre a segurança na cidade e a violência que nos podia esperar. Não sofremos dela, mas compadecemo-nos com ela. Ao caminhar pelas ruas laterais à belíssima Estação da Luz - projetada por um arquitecto inglês, construída na Escócia e expedida peça por peça para ser montada em São Paulo - vemos a degradação humana numa escala que nunca tinha visto. A pobreza extrema aliada à alienação que o álcool e as drogas trazem, a prostituição descarada com seios de fora e a transação a céu aberto dos pequenos furtos praticados por adolescentes que reportam a homens de ar suspeito, choca a nossa mentalidade europeia. Mas esta é uma visão de fim de tarde, em que o acabar do dia e do fim de semana revelam todos os excessos.
    De manhã bem cedo caminhámos pela Avenida Paulista, onde as famílias de São Paulo, de todas as classes sociais, se passeiam de forma alegre. A avenida fecha por completo a partir das nove até às quatro da tarde. Há muitas artérias da cidade que têm faixas exclusivas para ciclistas ao domingo. Mas aqui, na Paulista, tudo acontece. Desde pequenas manifestações contra testes a animais, a demonstrações de academias de kickboxing ou ginástica, passando por grupos de batuqueiros ou os famosos camelôs, vendendo todo o tipo de itens, tudo é possível. O MASP, com a sua presença forte, tem ao domingo uma feira de antiguidades por baixo da sua imponente plataforma e o moderno IMS, de entrada gratuita, alberga uma bonita biblioteca e várias exposições de fotografia. Vale a pena subir para ter uma visão panorâmica da Avenida no seu fervilhar de gente. Os ciclistas têm uma faixa só para eles neste dia e há várias companhias para alugar bicicletas. Patins em linha e skates são também muito populares por aqui.
    Ao fim do dia Vila Madalena abriu-nos os braços com a sua arte de rua de qualidade e os seus bares e restaurantes descontraídos, de uma decadência propositada e muito trendy. É um bairro jovem e animado com música na rua que pode saltar rapidamente da bossa nova ao pop europeu e americano, mas onde se sentem essencialmente os ritmos do Brasil.

    Caímos de cansaço às nove da noite depois de um dia longo e de 17h de voo que o anteciparam 😇.
    Les mer

  • Angola, Luanda

    28. juli 2018, Angola ⋅ ☀️ 25 °C

    Foi só um cheirinho de África entre a avião e o terminal, mas a humidade característica lá estava e o cheiro também. No terminal de partida para voos internacionais tudo está calmo e as lojas não estão muito recheadas de produtos para venda de duty free. Quando se entra, e se pergunta por preços, nota-se logo a tendência para as discrepâncias nos negócios... Tela pintada a óleo 11000 kuanzas (40€)... avental 7000 kuanzas 🤣🤣🤣. Esperamos quase 5h para entrar novamente num avião para São Paulo. Incrível como entre escritas e deambulanços pelas lojas de artesanato angolano, o tempo acabou por passar tão depressa.Les mer

  • São João

    24. juni 2018, Portugal ⋅ ☀️ 25 °C

    São João is celebrated both in catholic and pagan ways. The small chapel of Saint John located at the beginning of Avenida da Liberdade holds the catholic ceremonies, while on the eve of the 24th June the crowds go up and down the avenue banging plastic hammers on people’s heads or rubbing smelly garlic flowers on people’s noses... in this case, the favorites are young women!
    It is a crazy party that lasts for a whole week and ends in a loud session of fireworks at midnight of the 24th.
    Les mer

  • Passadiço do Sistelo

    23. juni 2018, Portugal ⋅ ☀️ 30 °C

    Passadiço do Sistelo is the most recent touristic attraction in Portugal and it is now a must among hikers and bikers. It is part of Ecovia do Vez and it goes through the village known as the Portuguese Tibete because of the green terraces that remind the paddy fields in this remote area of China. Sistelo is part of the Biosphere Reserve and it is candidate to UNESCO world heritage.

    For us, it was an extremely hot day - 34•. Nevertheless, there was plenty of shades and the natural pools along the way made it easier to endure the high temperatures. Next time we’ll start from Sistelo because the flattest part is towards the medieval bridge in Vilela. We did it the other way round, which means that the hardest part was for us the last one... I think Mini will not forget this hiking tour 🤪
    Les mer

  • Bye bye Prague...

    31. mai 2018, Tsjekkisk Republikk ⋅ ☀️ 25 °C

    Designed by Czech architect, Vlado Milunić, and the legendary Frank Gehry, Dancing House was inspired by film idol dance partners, Fred Astaire and Ginger Rogers. This was the morning start... Afterwards we strolled along the Wenceslas Square, where the entertainment and nightlife centre of Prague, and the main shopping and commercial district are.
    Ever since it has been a parade ground for all kinds of organisations and political parties. From anti-communist uprisings to celebrations of national sporting achievements, Wenceslas Square is where the Czechs gather to let off steam. The square can hold up to 400,000 people!

    At the top of Wenceslas Square is the monumental National Museum, and just off to the left is the Prague State Opera.

    In the neighbourhood we also passed by this franchising restaurant named after The Good Soldier Švejk - the main character of the most translated novel of Czech literature. The story begins in Prague with news of the assassination in Sarajevo that precipitates World War I. Švejk displays such enthusiasm about faithfully serving the Austrian Emperor in the battle that no one can decide whether he is merely an imbecile or is craftily undermining the war effort.

    Just before we left the city centre we crossed again Charles Bridge, for the last time, and a one-man band was there for the final farewell... Nice way to say "bye bye Prague"...
    Les mer

  • One more day in the Golden City

    30. mai 2018, Tsjekkisk Republikk ⋅ ⛅ 21 °C

    The city centre of Prague is not so big, so you can visit most interesting things on foot.
    St. Vitus Cathedral, Old Royal Palace, exhibition "The Story of Prague Castle", St. George's Basilica, Golden Lane with Daliborka Tower, Rosenberg Palace are all part of the visit to the Prague Castle. Legends say that Golden Lane’s trinket shops were once home to alchemists.
    It is a UNESCO monument with a tradition of more than 1000 years that was most likely founded in around 880 by Prince Bořivoj of the Premyslid Dynasty (Přemyslovci). According to the Guinness Book of World Records, Prague Castle is the largest coherent castle complex in the world, with an area of almost 70,000 m².

    But later on, when we headed to the Astronomical clock all of us were extremely disappointed because it was completely covered because of the cleaning and maintaining that was going on... Lucky the ones who go there in August... it will be done by then :(

    For the rest of the afternoon, we decided to use the 22 until the end station... It was really far away. Wolfi could "rest" a bit on the way there!!! But this was the chance to see a bit beyond the Golden city and see the Soviet presence on the outskirts of the city.
    Les mer

  • Prague

    29. mai 2018, Tsjekkisk Republikk ⋅ ⛅ 26 °C

    We arrived in Prague by the end of the afternoon. After checking in and figuring out how the tram system worked, we took the 22 to the city centre. This is a good way to see the city centre, just to position yourself in the city. But actually, we didn't do it on the first day.
    This time we headed towards Charles Bridge, full of tourists even though it was almost dusk. We came here at least two more times and we took numerous pictures of it from different angles. After studying the statues along the bridge, it was time to find a place to eat traditional Czech food, and that's what we did, directly in the city centre.

    Just a cultural tip about the bridge: Czech legend has it that construction began on Charles Bridge at 5:31am on 9 July 1357 with the first stone being laid by Charles IV himself.
    Les mer

  • Saxon Switzerland

    29. mai 2018, Tyskland ⋅ ☀️ 29 °C

    The National Park of Saxon Switzerland in eastern Germany, south-east of Dresden is a 93 km region between Pirna and the Czech border and one of the most beautiful landscapes in Europe. More than 700 summits are available to rock climbers, while for those who prefer to keep their feet on the ground, there are 400 km² of marked hiking trails, steep treks, paths and some cycle routes through the National Park.
    We went directly to the Bastei bridge, with its bizarre stone formations and spectacular views. From the Bastei rocks and the Bastei Bridge, you have a wonderful panoramic view over the mountains. It is surely one of the most beautiful landscape in Saxony.
    The name of Saxon Switzerland was given to the place by two Swiss painters Adrian Zingg and Anton Graff, who worked at the Academy in Dresden and painted the landscape along the Elbe in the 18th century. By the way, this painting is reproduced in this viewpoint...
    Anyway... it is worth it to make the detour from the national road to enjoy this stunning view!
    Les mer

  • Dresden by daylight...

    29. mai 2018, Tyskland ⋅ ☀️ 27 °C

    This was only the morning of the 29th because we were already leaving to Prague with a stop at the Saxonic Switzerland.
    But we still went along Brühl's Terrace (Brühlsche Terrasse) which is set between the river Elbe and the Old Town and it was amazing to feel the buzz of the city and walk again the city's streets, now with full daylight and the Chinese tourists all around... Near the Zwinger, there was the car from Back to the Future...
    After a coffee break and sending the postcards back home, it was time to say bye-bye Dresden...
    Les mer

  • Dresden

    28. mai 2018, Tyskland ⋅ ⛅ 17 °C

    Dresden, capital of the eastern German state of Saxony, is distinguished by the celebrated art museums and classic architecture of its reconstructed old town. Completed in 1743 and rebuilt after WWII, the baroque church Frauenkirche is famed for its grand dome. The Versailles-inspired Zwinger palace houses museums including Gemäldegalerie Alte Meister, exhibiting masterpieces of art like Raphael’s “Sistine Madonna.”

    We strolled around the city that is called the German Florence because of its general appearance. It is a magnificent city centre. Wherever you look all is beautiful! Despite the bombing of Dresden by the British and the American during World War II that destroyed over 6.5 km2 of the city centre, the Germans made a spectacular rebuilding of the area and made it a fairyland city.

    We were just in time to get into Frauenkirche. Actually, we were the last people inside.
    From the outside, it was also amazing to see the Semperoper and the Zwinger. We walked along the Procession of Princes (Fürstenzug) - the largest porcelain mural in the world, depicting a parade of Saxon princes and dukes to commemorate the 1000-year long reign of the Wettin dynasty. It is composed of 25,000 tiles from the porcelain manufacturer Meissen. The mural covers the exterior of the Royal Mews in Auguststrasse. It is a pitty that it lost its status of World Heritage by UNESCO.
    Les mer

  • On the way to Dresden...

    28. mai 2018, Tyskland ⋅ ⛅ 29 °C

    From Berlin to Dresden it was possible to stop in the Palaces and Parks of Potsdam. The city is beautiful, small and well kept and the Palace and its surroundings are astonishing.
    Sanssouci Palace was once the summer home of Frederick the Great, former King of Prussia. On the grounds of the complex, the Renaissance Orangery Palace overlooks Italian-style gardens with fountains. Historic Mill offers city views. English gardens surround neoclassical Charlottenhof Palace. The 19th-century Roman Baths were built in several architectural styles.
    The New Palace is situated on the western side of the Sanssouci Park. The building was begun in 1763, after the end of the Seven Years' War, under King Friedrich II and was completed in 1769, and although we didn't have time to get inside and explore it, it is definitely a place to explore if you are into this architectonical style.
    We also were in Moritzburgh, a castle 13km away from Dresden - the capital of Saxony. It lies on a symmetrical artificial island and is named after Duke Moritz of Saxony, who had a hunting lodge built there between 1542 and 1546. The surrounding woodlands and lakes have been a favourite hunting area of the electors and kings of Saxony.
    In 1972 Moritzburg Castle was one of the locations of the Czechoslovak-German film "Three Nuts for Cinderella", which became a popular fairy-tale movie in Central Europe.
    Les mer

  • Only Eastside Gallery

    27. mai 2018, Tyskland ⋅ ⛅ 21 °C

    In the 1.3 kilometres length of the East Side Gallery one can rediscover art and the history of the Berlin Wall.

    It is on the banks of the Spree in Friedrichshain and is the longest continuous section of the Berlin Wall still in existence. Immediately after the wall came down, 118 artists from 21 countries began painting the East Side Gallery, and it officially opened as an open-air gallery on 28 September 1990. Just over a year later, it was given protected memorial status.

    In more than a hundred paintings on what was the east side of the wall, the artists commented on the political changes in 1989/90. Some of the works at the East Side Gallery are particularly popular, such as Dmitri Vrubel’s Fraternal Kiss and Birgit Kinders’s Trabant breaking through the wall. They are not just a popular subject for postcards – you’re sure to want to photograph them yourself.
    Les mer

  • Still Berlin...

    27. mai 2018, Tyskland ⋅ ⛅ 24 °C

    On the second day in Berlin, we used the day card to go around the city and see the city from inside. Actually, this was the plan, but we ended up walking as much as the day before. The previous day there was a demonstration in Unter den Linden (about the lack of kindergartens in Germany - and Hitler's parade Avenue was closed. On the second day, the demonstrations went on (about racism and immigrants), this time in Tiergarten - the great city park - and we walked around the loud caravans to reach Reichstag building by the end of the day and see the panoramic view from its top. It is an amazing thing you can do in Berlin for free ;). Besides this, we visited the Olympic Stadium area, Charlottenburg Castle, passed by the Victory Column, Bellevue Palace - residence of the President -, the Philarmonic building with its tentlike roof and the Sony building with the breakfast room of the Esplanada Hotel - a memory of a luxury hotel before WW2 - within the glass walls that protects it from falling apart. Also "funny" is the way they left the Emperor William Memorial Church. It was severely damaged during WW2 and they only made sure that the ceiling of the ground floor was kept in a way that you can feel how splendorous it was, but they didn't rebuild the outside and you can have an idea of how the city looked like after the war. We had dinner on East Side gallery, not before taking a stroll along the remains of the Wall... We couldn't go to the hotel before visiting Checkpoint Charlie... It was our second and last day in Berlin...Les mer

  • Berlin

    26. mai 2018, Tyskland ⋅ 🌙 18 °C

    We arrived in Berlin the night before and took the S Bahn to the Warschau metro station just to get a dive into the area of East Side Gallery - we didn’t know about it at the time - and feel the decadent mood in the station and the surrounding area.
    The morning was wonderful. At the Brandenburg Gate we met Christina, who came from Hamburg, and went around the city for the most interesting spots alinda town. We had lunch in the Island of Museums and relaxed by the riverside across the museum of arts, drinking a german beer in Amplemann Biergarten. Another long stroll across the Berlin Dom and the City Hall area through Alexander Platz led us to Höffbräu house - a replica of the famous Biergarten in Munich.
    Les mer

  • Arrival in Berlin

    25. mai 2018, Tyskland ⋅ ☀️ 21 °C

    This was the day of our arrival in Berlin. We didn't have time to do a lot, because we already arrived in the evening. Started with traditional Italian food in the German capital city. After dinner, it was still possible to go on foot around the neighbourhood. It was quiet and there was not a lot of car on the streets...Les mer

  • Apúlia

    6. mai 2018, Portugal ⋅ ☀️ 21 °C

    In Apúlia we can walk along the ocean, either directly on the sand, or on the wooden paths prepared for people not to walk on the sand dunes. It is the perfect area for watching the sunset and go for a dinner of seafood or fish on the tiny fishermen restaurants in the area.

    There are old windmills that were used in the past for grinding flour and are now used as holiday lodging.

    The smell of the ocean is very intense on low tide because this is a rocky beach full of algae and you can even touch the black mussels that are attached to the rocks.
    Les mer

  • On the way home... Aveiro!

    30. april 2018, Portugal ⋅ ⛅ 13 °C

    Aveiro is the town near which I grew up! It is a special city by the seaside. Besides the beautiful beaches around, the city centre is crossed by canals - some call it the Portuguese Venice - and the salt fields are just 500m away from the city centre. You can go for a boat trip in a "moliceiro" or you can visit the Vista Alegre Museum and Factory shop in Ilhavo. This is also a fine example of Art Nova architecture.Les mer

  • Elvas

    29. april 2018, Portugal ⋅ ⛅ 13 °C

    This is another UNESCO town in the Alentejo. It has a star-shaped city wall that you can walk around and it is the biggest fortified city in Europe. There are two smaller forts facing each other on the surrounding hills and smaller ones scattered around. As it is directly on the border to Spain - around 20kms - it was quite easy to spot any activity coming from Spain and controlling the road from Madrid to Lisbon. It also has an impressive aqueduct that makes you feel like an ant next to an elephant. In Alentejo, try all the food they have to offer you! All is excellent!Les mer

Få din egen reiseprofil

Gratis

QR code

FindPenguins for iOSFindPenguins for Android