• Jour 4

    Ainda Casablanca

    13 avril 2019, Maroc ⋅ ☀️ 20 °C

    Depois de uma noite bem dormida e do pequeno-almoço tomado, uma caminhada até ao mercado revela-nos uma cidade preguiçosa, ainda a dormitar, com alguns lojistas a abrirem os seus estabelecimentos lentamente. É sábado e vamos ao Mercado Central. É mais pequeno do que o mercado em Braga. Tem outras coisas à venda, mas não é o que eu esperava de um mercado em Marrocos.
    Próxima estação é a Antiga Medina com a sua torre do relógio a assinalar a entrada. Estão a renovar as fachadas das lojas e todas terão em breve o mesmo aspecto, com umas portas simples de madeira de pinho. É uma Medina desorganizada e espalhada por uma área relativamente pequena. À saída entramos no Rick’s Café, icónica sala do filme Casablanca, para uma água e sumo de laranja. Diga-se que os preços são bastante caros, até para padrões europeus, porém o espaço valeu a pena o gasto. Mas o nosso destino final é a mesquita de Hassan II. Esta obra gigantesca, com um único minarete, demorou seis anos a ser construída. Moisés guia-nos pela Mesquita, explicando-nos o que nela se passa, de uma forma rápida, mas eficaz. Vai respondendo às perguntas dos visitantes sem hesitar e explica-me que a razão pela qual só existe um minarete e não quatro, como em outros lugares, tem a ver com influências das invasões espanholas, portuguesas e francesas que trouxeram as igrejas católicas com a sua única torre sineira. Noutros países, em que há quatro, a aproximação é com a igreja ortodoxa.
    Ainda há tempo para ir visitar a Nova Medina, uma mistura entre arquitetura francesa e marroquina que tem um efeito muito interessante. Um bom lugar para um lanche de pão com azeitonas e sumo de laranja natural e para nos espantarmos com os talhos de carne de camelo com as suas enormes cabeças em exibição. Para pena nossa o palácio Mahatma du Pacha não estava aberto e, por isso, furamos pela multidão do mercado de rua em direção ao elétrico para vermos o pôr-do-sol em Ain Diab - a zona moderna de Casablanca, com a sua Boulevard La Corniche a percorrer a costa.
    Apontamento importante acerca do elétrico - carregar o cartão com todos os bilhetes necessários. Comprar bilhetes pode acabar em insultos, apertos e empurrões se for ao fim do dia. O conceito de fila é absolutamente inexistente em Casablanca.
    Está é definitivamente uma cidade louca e desconcertante...
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  • Jour 3

    Casablanca

    12 avril 2019, Maroc ⋅ ⛅ 16 °C

    De Asilah para Casablanca são trezentos quilómetros que partilhamos a conduzir. Numa estação de serviço encontramos os Pandilha: um grupo de portugueses que irão fazer uma prova de Marraquexe até Saidia, passando pelo deserto.
    Já em Casablanca, saímos de imediato para conhecer a cidade e fazemos o passeio sugerido pelo guia Lonely Planet. Começamos por ir até à Ville des Arts, que para minha surpresa tem no jardim uma coleção de fotos biográficas de Carlos Paredes. Seguimos para a catedral Sacre Couer, que se encontra fechada para reabilitação e de seguida para o Parque Lá Ligne Arabe. Daqui em diante foi seguir o percurso sugerido: Place Mohamed V, com centenas de pessoas a passear ou apenas a desfrutar do bom tempo; a Wilaya - o antigo quartel da polícia, agora o Palácio do Governador; o tribunal de primeira instância; a estação principal dos correios e o Banco al-Maghrib, todos com fachadas impressionantes e monumentais. Os restantes têm um ar bastante decadente e desprezado. Deixa-me bastante desapontada e triste em especial o Petit Poucet, onde figuras como Antoine de Saint-Exupéry e Edit Piaf se sentaram a criar ou apenas a conviver. É agora um espaço escuro e cheio de fumo. O único sítio onde se pode estar confortavelmente é na esplanada.
    Por fim, depois de procurarmos um sítio para jantar, acabamos no al-Mounia, restaurante marroquino gerido por uma simpática senhora francesa, onde comemos tagine de frango e amêndoas com couscous de vegetais - delicioso a preços normais europeus.
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  • Jour 2

    Tânger e Assilah

    11 avril 2019, Maroc ⋅ ⛅ 17 °C

    Tânger é uma cidade enorme com uma Medina compacta e cheia de diversidade. É aqui que fazemos as nossas compras para o jantar e os nossos cartões de telefone com internet marroquina a 1€ por cada giga adquirido. Parece-nos bem!
    À tardinha Asilah acolhe-nos para passarmos a noite. É um vila piscatória em que a muralha foi construída por portugueses. É ainda esta muralha que contém a Medina e a cidade antiga. É um sítio muito bonito, com o encanto que têm os sítios com alma, onde os habitantes locais são os guias e controlam a movimentação na cidade. Somos estrangeiros e imediatamente notados. Há um guia local que estranhamente nos diz que explica a história da cidade de graça. Normalmente pedem sempre dinheiro. Diz que é um dos nove guias credenciados da cidade que o faz desta forma e protege os turistas de logros. Se é assim ou não... não sabemos.
    Um passeio pelo paredão rente ao mar dá para esticar as pernas dos quilómetros de carro e ver o pôr-do-sol. É divertido ver os pescadores passearem as suas carretas com peixe que vendem pela noite dentro. No passeio perto da velha Medina há também vendedores de sumos naturais e aqui voltam memórias de mais de quarenta anos com o sumo de cana de açúcar. A última vez que tinha mascado cana de açúcar tinha apenas quatro anos.
    Os legumes que compramos em Tânger resultaram num bom jantar preparado na caravana, acompanhado por um copo de vinho oferecido pelo Alex - o rapaz da agência que nos vendeu os bilhetes de ferry de Algeciras para Tânger-med.
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  • Jour 1

    Gibraltar

    10 avril 2019, Gibraltar ⋅ ☀️ 17 °C

    Gibraltar! É muito engraçado estar em Espanha e de repente, passa-se a fronteira e estamos numa rocha na ponta britânica mais a Sul da Europa onde se ouve falar inglês com um irrepreensível sotaque britânico. É uma pequena cidade inglesa com todas as suas características. Acabamos a jantar no Biancas, um simpático restaurante no porto, no complexo Ocean Village. Apontamento interessante: a cerveja Super Bock aparece na lista da cervejas especiais, pela módica quantia de 4£...En savoir plus

  • Jour 1

    Sevilha

    10 avril 2019, Espagne ⋅ ☀️ 16 °C

    Sevilha é uma cidade maravilhosa! Depois de um sumptuoso pequeno almoço no Flamenco B&B, lançámo-nos à cidade começando pela Plaza de España em direção à Real Fábrica de Tabaco, que é agora a Faculdade de Letras da Universidade de Sevilha. É um edifício magnífico que inspirou Bizet para a sua ópera “Carmem”.
    Como o centro histórico é bastante compacto, depressa chegámos à Giralda - o minarete espanhol renascentista com uma torre sineira de estilo gótico - e à gigantesca Catedral de Sevilha onde está o túmulo de Colombo. Bem perto é também a entrada para o palácio de estilo árabe - o Real Alcazar. A fila já ia grande e, como a nossa viagem é a Marrocos, deixamos Sevilha para explorar detalhadamente num próximo fim de semana prolongado. Continuamos, por isso, para Arquivo Geral das Índias, mesmo ao lado da catedral. Este é um monumento considerado património mundial da UNESCO. Contém todos os arquivos do império espanhol, nomeadamente o Tratado de Tordesilhas, que dividiu o mundo entre Portugal e Espanha. Daqui para Torre de Ouro - ano de 1220 - passando pela Torre de Prata, são menos de 10 minutos a pé.
    De regresso ao ponto de partida, tendo por companhia o rio Guadalquivir por uns tempos, atravessámos o Parque Maria Luísa , dedicado à monarca espanhola do reinado de Carlos III, para desembocarmos no palácio escarlate com aplicações cerâmicas e um fosso em volta que nos faz lembrar Veneza, com as suas pontes maravilhosas. Antes de partirmos para Marrocos ainda temos tempo para passar pela obra arquitetônica Metropol Parasol, que alberga o Museu de Arqueologia e tem o aspeto de guarda-sóis ou cogumelos gigantes!
    Definitivamente uma cidade a voltar!
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  • Jour 6

    ... Faial de carro!

    8 mars 2019, Portugal ⋅ ⛅ 17 °C

    Último dia nas ilhas açorianas. Desta vez fazemos o Faial de carro. Damos a volta completa à ilha começando na Horta, no sentido dos ponteiros do relógio. Varadouro, com as suas piscinas de águas cristalinas convidam a um mergulho que não se concretiza porque a época balnear não está aberta. Assim, seguimos para o vulcão dos Capelinhos onde a paisagem lunar é interrompida por um farol de beleza singular meio soterrado nas cinzas vulcânicas de 1957. Do topo do farol consegue-se ter uma visão magnífica das redondezas e é visível o monte vermelho que se pensa ser uma parte da cratera do vulcão que teve a sua erupção a partir do mar. Continuamos em direção a Cedros atentos aos estômagos que reclamam comida, mas dos Capelinhos até ao restaurante da Aldina, tudo se encontra fechado. Acabamos por nos encontrar neste espaço com os turistas alentejanos com quem já nos tínhamos cruzado no vulcão. Quase ocupam todo o restaurante, mas ainda conseguimos um cantinho para aplacar a fome com sopa, salada de polvo e mexilhões com alho!
    O tempo parecia cada vez melhor, mas acabamos por ver a Caldeira aos poucos e à medida do aparecer e desaparecer do nevoeiro que a enchia... a praia do Almoxarife com as suas areias negras e o Monte da Guia com vista para a Caldeira do Inferno, Porto Pim e a baía da Horta encerraram o fim do dia com um por do sol cheio de nuvens. Fim de dia e de viagem no Peter a comer sopa de peixe, bolo de chocolate e fofas do Faial!
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  • Jour 5

    Horta a pé

    7 mars 2019, Portugal ⋅ ⛅ 19 °C

    O Faial estava cheio de sol e o Pico a mostrar-se vaidoso com uma saia de nuvens.
    Palmilhámos a ilha de lés a lés. Até Porto Pim, a pé é um saltinho e o café com o mesmo nome tem uma tarte de maçã deliciosa. Continuando a rodear a baía passa-se pelo Portão do Porto e segue-se pelas Muralhas de São Sebastião. À tarde voltamos à Marina passando pelo Clube Naval em direção ao Terminal Marítimo onde não chegámos porque subimos ao miradouro da Vista Alegre, passando pela Torre do Relógio e a Universidade dos Açores. Do miradouro temos a cidade a nossos pés com o Pico mesmo em frente. Parece pavonear-se ao longo da tarde, descobrindo-se e cobrindo-se de nuvens até deixar de se ver ao fim do dia. Daqui a caminhada é longa de volta a casa onde decidimos passar o resto do serão em converseta de amigas que já não estavam juntas há uma eternidade.En savoir plus

  • Jour 4

    Ilha do Pico - São Roque e Madalena

    6 mars 2019, Portugal ⋅ ⛅ 15 °C

    O dia no Pico foi relaxado. Depois de uma travessia turbulenta a partir de São Jorge até à Madalena, seguida de uma corrida de táxi enlouquecida em direção a São Jorge, a acalmia foi necessária. Ficamos a saber mais tarde que as ondas atingiram os sete metros e os estômagos de Wolfi e Sónia não resistiram. À custa de muita meditação e controlo de respiração lá me aguentei mais uma vez. Grata por ser praticante de ioga e reiki!!!
    São Roque é uma vila encantadora batida pelo mar indomável! O azul das ondas que parece arrastar gelo na rebentação, tão característico de ilhas vulcânicas, hipnotiza-nos e faz-nos avançar lentamente, ao ritmo da ilha. Há um moinho que nos convida a uma sessão fotográfica combinada com o topo da montanha do Pico. Mais um vez as cores do Açores: o azul do mar, o negro vulcânico, o vermelho do moinho e o cinzento intenso do céu de hoje. Às 14:25 há um autocarro para a Madalena e é nele que seguimos. Fazemos uma espécie de visita guiada. Passamos pelo Cachorro, onde é possível ver a paisagem de vinha carimbada pela UNESCO. É realmente admirável a proteção que é feita com muros de basalto. Apenas dois ou três pés em cada espaço para garantir que o ar salgado não afeta as plantas. Já na Madalena passamos por uns apartamentos turísticos próximos do Terminal Marítimo João Quaresma que envergam, cada um, o nome de cada casta cultivada no Pico. Desta vez, a travessia da noite anterior não permite grandes aventuras vínicas e compromete-nos a um regresso para conhecer a ilha a fundo.
    O resto do tempo na Madalena passámo-lo a deambular pela vila que pouco tem a oferecer. Para além da biblioteca e do auditório praticamente novos, há um ar de abandono que deve ser diferente no verão.
    Regressamos ao Faial mais uma vez de barco, mas desta feita o mar está de feição e os vinte minutos de travessia são passados em amena cavaqueira.
    Pena irmos encontrar a Sónia ainda a sofrer da travessia do dia anterior.
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  • Jour 3

    São Jorge

    5 mars 2019, Portugal ⋅ ⛅ 16 °C

    São Jorge é um sítio maravilhoso neste arquipélago dos Açores. Neste primeiro dia na ilha passámos pela capital - Velas - e pela Calheta também. Na Calheta o Porto tem águas límpidas e consegue ver-se o fundo independentemente da profundidade. O almoço foi no Topo e a seguir pudemos entrar no farol com vista para o Ilhéu do Topo, na Pontinha. Mais tarde foi a vez de visitar a deslumbrante Fajã do Ouvidouro, seguida da Poça Simão Dias. Aqui a natureza é indomável e as ondas enchem a poça que serve piscina, que faz as delícias de quem a visita no Verão. À noite ainda demos um salto a Velas para ver o centro da cidade e beber uma cerveja. O dia acabou nas Manadas, onde o nosso anfitrião nos fez sentir em casa. Obrigada pela hospitalidade Paulo Pereira!En savoir plus

  • Jour 3

    ... mais São Jorge

    5 mars 2019, Portugal ⋅ 🌬 13 °C

    A manhã acordou soalheira e a motivação para fazer a caminhada até à Fajã da Caldeira de Santo Cristo estava em alta. Pena que a Sónia não pode ir connosco, mas o Paulo foi um guia perfeito. Passando pela Caldeira dos Cubres em direção à Caldeira de Santo Cristo é possível imaginar como terá sido a chegada dos portugueses a estas paragens. A vegetação é luxuriante e o mar é indomável. Consegue ouvir-se o som do mar a bater nos rochedos e ir entrevendo a aldeia abandonada na fajã aquando do terramoto que obrigou à evacuação aérea dos habitantes. A maior parte não quis regressar. Apenas uma família vive permanentemente na aldeia, desde então. Só os geradores põem a eletricidade a funcionar neste sítio remoto. Segundo Paulo, este é um sítio muito frequentado por famílias e turistas no verão. Só se pode chegar a pé - cerca de 45 minutos - ou de moto quatro. Ainda é possível ter o céu estrelado no firmamento, livre de poluição luminosa, fazer uma fogueira para aquecer e conversar longamente sobre a vida, ou simplesmente ficar em silêncio. Neste dia, em que o vento forte que nos atrasava os passos não teria permitido tal fogueira, apenas encontramos o funcionário da câmara que divide as suas tarefas de rotina com a sua paixão pelo surf. Este é um spot ideal, de acordo com Paulo. O caminho de volta foi fácil, em amena cavaqueira, apenas interrompido pela habitual queda das viagens, na versão “Maria, the professional faller”.
    Voltamos a Manadas apenas para apanhar Sónia que nos acompanha no resto dos passeios. Ponta de Rosais com o seu farol abandonado faz-me lembrar um pouco os edifícios do Tarrafal. É um farol desativado com um certo charme que vem de todo o verde que o envolve, da falésia abrupta em frente ao mar revolto e da vermelha estrada parecida com uma serpente acima e abaixo no relevo , mas sempre em frente em linha reta.
    De volta a Manadas passamos pela Igreja de Santa Bárbara, frente ao mar! É a única igreja na ilha com um interior barroco que só conhecemos por fora porque não está sempre aberta, ao contrário da igreja da Caldeira de Santo Cristo que tem sempre as portas abertas para a sua simplicidade e beleza que combina todas as cores dos Açores num só espaço.
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