América do Sul

July - September 2018
A 36-day adventure by Maria & Wolfi Read more
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  • Angola, Luanda

    July 28, 2018 in Angola ⋅ ☀️ 25 °C

    Foi só um cheirinho de África entre a avião e o terminal, mas a humidade característica lá estava e o cheiro também. No terminal de partida para voos internacionais tudo está calmo e as lojas não estão muito recheadas de produtos para venda de duty free. Quando se entra, e se pergunta por preços, nota-se logo a tendência para as discrepâncias nos negócios... Tela pintada a óleo 11000 kuanzas (40€)... avental 7000 kuanzas 🤣🤣🤣. Esperamos quase 5h para entrar novamente num avião para São Paulo. Incrível como entre escritas e deambulanços pelas lojas de artesanato angolano, o tempo acabou por passar tão depressa.Read more

  • Day 1

    Brasil, São Paulo

    July 29, 2018 in Brazil ⋅ ⛅ 26 °C

    São Paulo é uma cidade de muitos contrastes. Viajámos como sempre: transparentes nas nossas calças de ganga e t-shirts sem marca. Ninguém te incomoda quando viajas assim. Muito ouvimos falar sobre a segurança na cidade e a violência que nos podia esperar. Não sofremos dela, mas compadecemo-nos com ela. Ao caminhar pelas ruas laterais à belíssima Estação da Luz - projetada por um arquitecto inglês, construída na Escócia e expedida peça por peça para ser montada em São Paulo - vemos a degradação humana numa escala que nunca tinha visto. A pobreza extrema aliada à alienação que o álcool e as drogas trazem, a prostituição descarada com seios de fora e a transação a céu aberto dos pequenos furtos praticados por adolescentes que reportam a homens de ar suspeito, choca a nossa mentalidade europeia. Mas esta é uma visão de fim de tarde, em que o acabar do dia e do fim de semana revelam todos os excessos.
    De manhã bem cedo caminhámos pela Avenida Paulista, onde as famílias de São Paulo, de todas as classes sociais, se passeiam de forma alegre. A avenida fecha por completo a partir das nove até às quatro da tarde. Há muitas artérias da cidade que têm faixas exclusivas para ciclistas ao domingo. Mas aqui, na Paulista, tudo acontece. Desde pequenas manifestações contra testes a animais, a demonstrações de academias de kickboxing ou ginástica, passando por grupos de batuqueiros ou os famosos camelôs, vendendo todo o tipo de itens, tudo é possível. O MASP, com a sua presença forte, tem ao domingo uma feira de antiguidades por baixo da sua imponente plataforma e o moderno IMS, de entrada gratuita, alberga uma bonita biblioteca e várias exposições de fotografia. Vale a pena subir para ter uma visão panorâmica da Avenida no seu fervilhar de gente. Os ciclistas têm uma faixa só para eles neste dia e há várias companhias para alugar bicicletas. Patins em linha e skates são também muito populares por aqui.
    Ao fim do dia Vila Madalena abriu-nos os braços com a sua arte de rua de qualidade e os seus bares e restaurantes descontraídos, de uma decadência propositada e muito trendy. É um bairro jovem e animado com música na rua que pode saltar rapidamente da bossa nova ao pop europeu e americano, mas onde se sentem essencialmente os ritmos do Brasil.

    Caímos de cansaço às nove da noite depois de um dia longo e de 17h de voo que o anteciparam 😇.
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  • Day 2

    Brasil - Paraty

    July 30, 2018 in Brazil ⋅ ⛅ 25 °C

    Ao sair de autocarro de São Paulo vêem-se os subúrbios que me fazem lembrar África. Sem telhado, sem acabamento, algumas sem vidros ou janelas e todas com o tijolo à vista. Não são propriamente favelas porque há ruas para passagem de carros e os materiais são de construção normal, mas o ordenamento é na mesma caótico. É uma viagem de seis horas num confortável autocarro onde brasileiros e estrangeiros se misturam para visitar Paraty. A paisagem vai variando desde as pequenas cidades suburbanas ao campo, onde os morros de formigas são tão abundantes como cogumelos numa floresta de faias. A floresta autóctone é aqui abundante, mas também há grandes áreas de eucaliptal.

    Ao chegar a Paraty, chega-se a uma aldeia alentejana caiada de branco. As ruas de paralelo irregular, charretes de cavalos e burros a transportar turistas ou mercadorias e a maré que invade as ruas tornam a vila num dos sítios mais fotogénicos onde já estive. O espelho de água que se forma em muitas ruas cria reflexos perfeitos do colorido da povoação. Pássaros de todas as cores e feitios sobrevoam as águas e aterram nos parques num chilrear incessante. Ao fim do dia a chuva anunciada finalmente chega - é o toró. Vai e volta e finalmente pega até ao dia seguinte. De manhã, abro a janela para entrar o ar fresco e limpo da chuva, que entretanto parou, e há colibris a esvoaçar na vegetação em frente... Brasil 😍.
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  • Day 3

    Brasil - Rio de Janeiro 1

    July 31, 2018 in Brazil ⋅ 🌧 21 °C

    À chegada ao terminal rodoviário temos logo uma percepção da parte menos maravilhosa da cidade . Temos que atravessar o rio para apanhar o ónibus para Copacabana e neste pequeno trajeto de 200 m, Wolfi é logo abordado por um junkie que, visivelmente drogado, lhe pede dinheiro. É a primeira vez no Brasil.
    A experiência do ónibus público é muito boa. Tínhamos feito pesquisa dos autocarros melhores para fazer o trajeto até ao hotel, mas acabamos por apanhar outro. O motorista e uma passageira foram muito prestáveis e o Maps.me é sempre uma garantia para não perder o rumo.
    Copacabana nada tem a ver com o terminal rodoviário. Ê um sítio bem descontraído com lojas que invadem o rés do chão dos prédios nas ruas principais - restaurantes, padarias e farmácias... muitas farmácias!
    A praia é maravilhosa! É inverno e, por isso, é quase toda para nós neste primeiro fim de dia. Há pessoas a caminhar, a fazer jogging ou simplesmente a contemplar o mar até ao fim do dia entrando pela noite dentro no areal iluminado por holofotes potentes. O calçadão está repleto de bares de praia com chopp Brahama, barraca sim barraca não. Estupidamente gelado! Que maravilha!
    Acabámos o dia na Tasca da Chiquita ao som de música nordestina a comer pastel de queijo e feijoada nordestina! Hmmmmm! Que maravilha!
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  • Day 4

    Brasil, Rio de Janeiro 2

    August 1, 2018 in Brazil ⋅ ⛅ 20 °C

    O dia começou cheio de sol! Sete da manhã e a praia estava maravilhosa com a temperatura ideal. Um passeio pelo calçadão até ao forte de Copacabana, com um encontro com Carlos Drummond de Andrade e Dorival Caymmi pelo caminho, deu para perceber como é o Rio - a pulsar de vida e de agitação, mas com um movimento lento, parecido com o bater das ondas do mar. Sem pressa, com doçura.
    À tarde escolhemos ver a cidade na companhia de um carioca de gema com a companhia de tours Be a Local. Mas o tempo decidiu mudar e foi alterando as suas caras, passando do nublado ao nevoeiro que a seguir virou chuva. Ainda assim, o Rio visto do morro de Santa Teresa ao descer do Corcovado é magnífico! Dá para perceber porque é que os portugueses aqui se encantaram e por cá ficaram. Como dizia Alex, o nosso guia Carioca: “Água, fruta e tanta mulher descascada... que mais poderiam os marinheiros querer?” Subimos a escada decorada pelo artista Chileno Jorge Selaron que deve ter servido de inspiração às escadas em Águeda. Estas revestidas a mosaicos amarelos e verdes - cores do Brasil - e enriquecidas pelos azulejos que foram sendo dados por pessoas de todo o mundo. É um tributo a um amor que cedo terminou com a morte da morena por quem se enamorou e do filho que trazia no útero. Viveu no Rio até à sua própria morte, com o seu estilo bizarro lembrando um Dali de bigode mais farfalhudo de havaianas e calções vermelhos, referindo-se a si próprio como se fosse um Ferrari.
    A catedral do Rio de Janeiro, na Lapa, é desconcertante no seu exagero de dimensões e arquitetura. Parece um sino gigante que precisou, no entanto, de ter uma torre sineira externa! À sua volta encontram-se os edifícios principais das finanças do Rio de Janeiro e a circundar esta mini zona financeira estão os sobrados do Rio de Janeiro, que mais não são do que edifícios ao estilo lisboeta dos séculos XVIII-XIX. Alexandre lembra que na época se usavam os penicos e que, de manhã, se deveria gritar “Água vai!” ao lançar os dejetos pela janela... comum também em Portugal na mesma época. Acabámos por não visitar o Pão de Açúcar. Também este, à semelhança do Cristo Redentor, estava coberto de nuvens e nada daria para ver da panorâmica sobre a cidade. A chuva perdurou forte até ao fim do dia... desta vez, obrigou-nos a comer na cantina italiana ao lado do hotel.
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  • Day 5

    Brasil, Rio de Janeiro 3

    August 2, 2018 in Brazil ⋅ 🌧 20 °C

    Este foi um dia em cheio! O Pão de Açúcar estava sem nuvens e pudemos ver toda a panorâmica desde Niterói a Copacabana. Só o Cristo Redentor se manteve tímido até ao último momento. Quando já descíamos surgiu suspenso por cima de uma nuvem, como se de uma aparição se tratasse!
    Após um breve almoço no Bibi, do outro lado da rua do hotel, embarcámos no tour Favela da Rocinha que tínhamos marcado novamente com Be a Local. Saímos de Copacabana com tempo seco e terminámos a tarde encharcados da chuva que não nos largou até virmos embora. O povo da favela, ao ver-nos entrar comentava: “Como é possível, meu irmão? Esses gringos são malucos! Tá caindo esse toró e eles tá vindo aqui prá favela!”
    Foi uma tarde frenética de descida acompanhada de uma enxurrada de água da chuva que lavou pés e calças de toda a gente, mas encheu corações. É fácil perceber que aqui vive gente comum que simplesmente não tem dinheiro para pagar a vida que a Europa considera normal. Isso não lhes rouba a dignidade ou identidade. Há mini mercados, pastelarias, galerias de arte, lojas de artesanato, restaurantes... Tudo o que se possa imaginar existe nesta favela gigante onde se estime que morem 1.2 milhões dos 10 milhões de habitantes do Rio de Janeiro. A Dona Maria tem o melhor brigadeiro que já comi, o Philipp vende a arte dos pintores da favela e o projeto educativo União de Mulheres para o Melhoramento de Roupa Suja enche as minhas medidas na sua simples complexidade e frágil sustentabilidade. Há o infantário, que só pode ser frequentado por crianças cujos pais trabalhem e as aulas de inglês para adolescentes para as tardes de estudo.
    No Brasil as escolas públicas só funcionam meio dia - turno da manhã ou da tarde. Como dizia Alexandre no dia anterior: “Não é nada de especial, mas é melhor do que nada!” A vista daqui para a outra “parede” da favela é “maravilhosa”.
    O dia culmina no estádio do Maracanã - imponente - num Fluminense-Defensivo do Uruguai que termina 2-0, resultado alcançado pouco antes do final da partida. Espetáculo maior o da alegria dos adeptos. O jogo em si, valeu pelo resultado.
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  • Day 6

    Brasil, Rio de Janeiro 4

    August 3, 2018 in Brazil ⋅ ⛅ 23 °C

    Dia de arrumar bagagens e pôr os postais no correio. Diga-se que ainda há os frascos de cola para os selos como antigamente em Portugal. Uma última caminhada no calçadão e um nostálgico olhar para a praia de Copacabana que nos acolheu nestes três magníficos dias. Ficou por dar o mergulho nesta baía que nos terá que receber novamente, um dia...

    A baixa da cidade, com a imponente Igreja da Candelária, tem tantos edifícios coloniais que podia ser Lisboa! Outras praças parecem-se tanto com o Porto... e a par com isto a cidade transpira Rio de Janeiro. Estamos de saída para Iguaçu e o ónibus número 2018, que passa na Avenida Atlântica em frente a Copacabana, é direto ao aeroporto, mas dá-nos uma visão geral da cidade, passando pela baixa até ao Galeão, na Ilha do Governador. Já nos subúrbios da cidade a “zona industrial” é caótica e desconcertante. Há um viaduto por cima desta área que nos permite entrever pequenos focos de bonitas casas de antigos bairros coloniais, modestas, mas cuidadas e coloridas, lado a lado com garagens de mecânicos, sujas e encardidas, depósitos de todos os tipos de materiais recicláveis e fábricas de sabe-se lá o quê com telhados partidos por onde entra esta chuva extemporânea de agosto. Ao cruzar a ponte vêm-se pescadores à linha nas margens de uma baía onde tudo bóia e duvidosamente haverá peixes. É o contrário do que vimos nos dias anteriores em Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa Rodrigo de Freitas, Botafogo... o luxo e o lixo de uma das grandes metrópoles Sul Americanas.
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  • Day 7

    Brasil - Argentina, Iguaçu - Iguazu

    August 4, 2018 in Argentina ⋅ ☁️ 18 °C

    Aterrámos na noite anterior em Iguaçu. Não vimos nada das Cataratas, mas o dia seguinte compensou. A natureza indomável. Não há palavras suficientes para descrever o que os olhos viram. Do lado brasileiro, ao chegar ao local, começa-se logo a avistá-las. Caminha-se ao longo delas, se assim se pode dizer, nas suas margens. Podem-se avistar do outro lado como se despejassem água de uma bacia larga que cai para o precipício. É possível ir até à boca e vê-las de frente ou lateralmente. De frente é a melhor maneira de tomar um banho de chuveiro. Apesar de ser inverno, passamos por pai e filho que, na desportiva, se apresentam de chinelo de dedo e fato de banho, no espírito de “Já que te vais molhar, aproveita para o fazer a sério!” A juntar à magnificência das cataratas há ainda os animais. Bem de perto vêm-se tucanos nas árvores, como se fossem os nossos melros ou popas- meios desconfiados mas fáceis de ver.
    A fronteira demorou mais tempo do que esperávamos e já só pudemos ver a imponente Garganta del Diablo do lado argentino. Para lá chegar caminha-se por cima do delta do rio sobre uns passadiços de rede forte de metal e madeira. É uma caminhada calma e silenciosa. Mergulhões, patos, tucanos, abutres e pássaros de pequeno porte e diversas cores, mantém-se ocupados, não dando importância à intrusão humana. Ao longe vê-se uma névoa, ou fumo, ou nuvem por trás da flora tropical que invade as pequenas ilhas ao longo do delta do rio. Ao chegar mais perto vê-se a água a desaparecer num sifão e, de repente, está-se em cima dela... a Garganta del Diablo. Se se fixar o olhar apenas na água que cai para o abismo parece impossível resistir-lhe. Dou por mim a pensar que antes de haver os passadiços e as guardas, seguindo o olhar mergulhava-se numa queda infinita para o abismo. Pois é assim que as vejo, ou melhor, não vejo. O fim não parece existir. Difícil de explicar este misto de emoções de respeito, loucura, beleza, fascínio e um certo calafrio. É do Diabo!
    À noite, o nosso primeiro bife argentino 👌👌!
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  • Day 8

    Argentina, Buenos Aires 1

    August 5, 2018 in Argentina ⋅ ☀️ 13 °C

    Buenos Aires é enorme vista do ar! Plana, com o Rio de la Plata que mais parece um mar com o seu estuário que se alarga por vinte quilómetros.
    À saída do aeroporto empunho o telemóvel para confirmar direções. Um velho careca roda o indicador na têmpora e chama-me “chica loca”. Manda-me guardá-lo. Porém, nos dois dias que aqui passamos, nunca senti que alguém quisesse ficar com ele. As pessoas caminham normalmente de telemóvel na mão a falar ou a ouvir música, e todas parecem ter um telemóvel melhor que o meu 😁.

    Ficamos no coração da cidade, numa perpendicular à Av. 9 de Julio, com as suas vinte faixas de rodagem e milhares de carros e autocarros que circulam constantemente. A rede de metro é insignificante comparada com os autocarros que inundam as ruas da capital. E é de autocarro - omnibus - que nos deslocamos normalmente. Nem sempre é fácil. O 33 tem um rota definida, mas nem todos os 33 chegam ao final da rota. Assim é com qualquer carreira. É preciso perguntar sempre e anunciar o nosso destino ao condutor que digita o código certo antes de colocarmos o cartão SUBE para descontar o valor certo. Após dois dias percebemos o funcionamento, mas penso que levaria meses a afinar até chegar à mestria da rede rodoviária de Buenos Aires.

    Domingo é dia de San Telmo. A rua está fechada ao trânsito e há tendas de comida mexicana e equatoriana dos dois lados. Ao fundo um palco com danças típicas a decorrer. Há também postos de recenseamento e apoio aos imigrantes do México e do Equador.
    Por trás do palco já conseguimos ver a Casa Rosada, de onde Evita Peron fez o seu famoso discurso. Maradona também a usou para agradecer aos seus fãs.
    Passeamos pela zona pedonal da Flórida e reservamos o nosso show de tango. Temos ainda tempo para descansar um pouco no apartamento de estilo descontraído onde ficamos. Gisela, a proprietária, conta-nos que era o apartamento dela, mas que optou por morar nos subúrbios, em Palermo, por ser mais sossegado. É um apartamento com alma. No primeiro andar, tem um pé direito enorme, uma sala e uma copa espaçosas, um terraço magnífico cheio de plantas, espreguiçadeiras e mesa para jantar e ainda dois jardins interiores que devem ser fresquinhos no verão. Os livros das viagens que fez e que os viajantes vão deixando tornam este espaço cheio de vida. É só nosso. É época baixa e, por isso, o outro quarto está vazio. Cláudia, é a nossa anfitriã durante o resto do tempo. Prepara-nos o pequeno almoço e o quarto de maneira zelosa, sempre com um sorriso pronto.
    Mas, estava a falar de tango. Ainda que se vejam competições de tango argentino na televisão, o tango aqui não é uma competição. É como ir ao teatro. O espetáculo conta uma história. As bailarinas não parecem ter ossos e atiram as pernas como se delas se quisessem ver livres. É até um pouco violento e dorido. Tem doçura também na voz dos cantores e nos rostos vincados dos homens que parecem ao mesmo tempo implorar a atenção das mulheres com quem dançam. Uma das danças é na primavera, um enamoramento... maravilhoso. Apesar de não haver cenário consegui imaginar a paisagem bucólica por trás do bailado. Era uma dança de homens que passou a acolher mulheres e é assim que o espetáculo começa... homem com homem.
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  • Day 9

    Argentina, Buenos Aires 2

    August 6, 2018 in Argentina ⋅ ⛅ 15 °C

    E depois, e depois há o dia seguinte com toda a cidade a pulsar vida e também morte, no Cemitério da Recoleta, onde descansa Evita. A livraria El Ateneo Gran Splendid faz justiça ao seu nome. É um teatro recuperado com salas de leitura nas coxias e um café chic no palco. Sento-me e fico virada para um escaparate onde está exposto um livro de nome Voces de la Saudade... e cá está ele: Pessoa também na Argentina. Á entrada há uma explicação sobre a classificação da livraria. Segundo o The Guardian, esta é a segunda livraria mais bonita do mundo. A primeira é em Maastrich. A terceira é a nossa Lello, no Porto.
    Vamos a Puerto Madero para confirmar a nossa saída para o Uruguai. É uma zona de docas que tem agora mais de cem lojas de marcas internacionais e restaurantes de aparência elegante.
    Temos ainda tempo para um par de horas em La Boca, a zona artística da cidade, onde cresceu Maradona. O Caminito é famoso pelo seu colorido e pelos pequenos atelieres de artesãos argentinos com os seus produtos de lã, couro ou ainda as suas pinturas cubistas coloridas. Crianças em ringues de cimento jogam futebol para serem os novos heróis e as ruas laterais ao centro colorido del Caminito mostram a degradação da América Latina a que já nos vamos habituando...
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